Desenvolvimento de elementos modulares do tipo cobogó em basalto via beneficiamento por jato d’água abrasiva

• Autor(a) principal: Vieria, Ardalla Ziembovicz
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/268367
• topic: Design de superfície; Corte por jato de água; Surface design; Modular elements; Cobogó; Abrasive waterjet cutting; Basalto

As rochas vulcânicas da Formação da Serra Geral, de ocorrência abrangente no Rio Grande do Sul, são costumeiramente comercializadas para aplicações da construção civil, como em pisos e paredes, mas pouco conhecidas e usadas como rocha para ornamentação. No Brasil, o ramo de rochas ornamentais tem crescido significativamente e isto requer o implemento de inovação em processos e produtos. Por isto, cada vez mais as empresas de beneficiamento têm de investir no aprimoramento da manufatura, explorando o uso de novas tecnologias, como o corte por jato d’água abrasiva. Contudo, o aumento da demanda produz um excedente de resíduos considerável e que pouco é utilizado para o desenvolvimento de novos produtos com maior valor agregado. O objetivo principal desta pesquisa é viabilizar a produção de elementos modulares do tipo cobogó, com material residual da manufatura do basalto, por meio do corte por jato d’água abrasiva, agregando valor estético e comercial à rocha. Artefato muito utilizado pela arquitetura, o cobogó – elemento vazado que constitui superfícies – tem papel importante na iluminação e circulação de ar do ambiente, podendo ser utilizado tanto em áreas internas quanto externas. Desta forma, foram desenvolvidas duas proposições formais de elementos modulares do tipo cobogó para a realização dos ensaios. Visando a identificar o parâmetro de corte via jato d’água abrasiva adequado para essa rocha, foram realizadas leituras de rugosidade. Os resultados indicam que o parâmetro satisfatório para a elaboração do artefato foi Pressão: 340 MPa, Velocidade de avanço: 70 mm/min e Vazão mássica de abrasivo: 8 mm. Após a elaboração dos protótipos, de acordo com os parâmetros averiguados, foram realizados ensaios que remetem à resistência da matéria-prima pós beneficiamento. Foi realizada a conferência da Massa Específica Aparente e Velocidade de Propagação de Ondas Ultrassônicas. Os índices demonstram uma leve queda na qualidade do material, se comparadas aos Relatórios de Ensaios feitos pelo Instituto de Geociências da UFRGS (BSC 01/2017, BSC 02/2017 e BSC 01/2018), mas compatíveis com a finalidade proposta. Para tanto, após os ensaios de compressão uniaxial, observou-se que a resistência do material ficou relativamente menor do que os índices propostos pela ABNT (NBR 15844) e ASTM C – 615, que apontam a resistência para rochas ornamentais para revestimentos. Contudo, no tocante à resistência dos artefatos cobogós, o estudo indica que o produto confeccionado com os resíduos dessa rocha possui uma resistência significativamente superior aos dados preconizados pelas normas regulamentadoras de peças similares.