Análise de folgas na infraestrutura de unidades de terapia intensiva : estudo no contexto da pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marczyk, Carlos Emílio Stigler
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254233
Resumo: Hospitais são edificações de grande interesse social. Neles trabalham inúmeros profissionais, das mais diversas áreas do conhecimento, apoiados por muitos equipamentos, inclusive de suporte à vida humana. Nesse sentido, podem ser definidos como sistemas sociotécnicos complexos, na medida em que reúnem a interação entre seres humanos, tecnologias/equipamentos e rotinas organizacionais, sujeitos à influência do ambiente externo. A presente dissertação explora as adaptações necessárias na infraestrutura física das UTIs durante a pandemia da COVID-19, sob a perspectiva do conceito de folga (slack). A questão geral de pesquisa é: como analisar as folgas na infraestrutura de UTIs durante a pandemia de COVID-19? São duas as questões específicas: como as folgas na infraestrutura das UTIs impactaram na resposta à crise sanitária da COVID-19? Quais são as lições aprendidas para o projeto (ou reprojeto) de infraestrutura das UTIs, com base na experiência durante o período da COVID-19? Trata-se de um estudo de caso que analisou as folgas na infraestrutura de quatro dimensões previamente delimitadas (espaço físico, energia elétrica, oxigênio e tratamento do ar), em UTIs adulto que atenderam pacientes críticos com COVID-19 em um hospital privado de excelência na região sul do Brasil, de março de 2020 a dezembro de 2021. Os resultados são apresentados com relação às folgas nas infraestruturas das áreas projetadas como UTI e também nas áreas adaptadas, a partir de 11 entrevistas com profissionais que trabalharam nessas UTIs e com base nos requisitos das normas brasileiras. Nas UTIs COVID-19, projetadas e adaptadas, foram identificadas 46 folgas. A maioria das folgas (18) foi associada à dimensão espaço físico e a menor quantidade (8) à dimensão do tratamento do ar. As UTIs adaptadas nem sempre proporcionaram folgas equivalentes às das UTIs projetadas. Por sua vez, houve 5 lições aprendidas, com destaque para a necessidade de pensar as folgas na infraestrutura de UTIs em cascata ou em cadeia, com folgas primárias associadas a folgas secundárias e terciárias, e que as infraestruturas físicas de suporte aos serviços hospitalares são indissociáveis das pessoas.
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spelling Marczyk, Carlos Emílio StiglerSaurin, Tarcísio AbreuBulhões, Iamara Rossi2023-02-07T05:02:06Z2022http://hdl.handle.net/10183/254233001159724Hospitais são edificações de grande interesse social. Neles trabalham inúmeros profissionais, das mais diversas áreas do conhecimento, apoiados por muitos equipamentos, inclusive de suporte à vida humana. Nesse sentido, podem ser definidos como sistemas sociotécnicos complexos, na medida em que reúnem a interação entre seres humanos, tecnologias/equipamentos e rotinas organizacionais, sujeitos à influência do ambiente externo. A presente dissertação explora as adaptações necessárias na infraestrutura física das UTIs durante a pandemia da COVID-19, sob a perspectiva do conceito de folga (slack). A questão geral de pesquisa é: como analisar as folgas na infraestrutura de UTIs durante a pandemia de COVID-19? São duas as questões específicas: como as folgas na infraestrutura das UTIs impactaram na resposta à crise sanitária da COVID-19? Quais são as lições aprendidas para o projeto (ou reprojeto) de infraestrutura das UTIs, com base na experiência durante o período da COVID-19? Trata-se de um estudo de caso que analisou as folgas na infraestrutura de quatro dimensões previamente delimitadas (espaço físico, energia elétrica, oxigênio e tratamento do ar), em UTIs adulto que atenderam pacientes críticos com COVID-19 em um hospital privado de excelência na região sul do Brasil, de março de 2020 a dezembro de 2021. Os resultados são apresentados com relação às folgas nas infraestruturas das áreas projetadas como UTI e também nas áreas adaptadas, a partir de 11 entrevistas com profissionais que trabalharam nessas UTIs e com base nos requisitos das normas brasileiras. Nas UTIs COVID-19, projetadas e adaptadas, foram identificadas 46 folgas. A maioria das folgas (18) foi associada à dimensão espaço físico e a menor quantidade (8) à dimensão do tratamento do ar. As UTIs adaptadas nem sempre proporcionaram folgas equivalentes às das UTIs projetadas. Por sua vez, houve 5 lições aprendidas, com destaque para a necessidade de pensar as folgas na infraestrutura de UTIs em cascata ou em cadeia, com folgas primárias associadas a folgas secundárias e terciárias, e que as infraestruturas físicas de suporte aos serviços hospitalares são indissociáveis das pessoas.Hospitals are buildings of great social interest, where countless professionals, from the most diverse areas of knowledge, work on a regular basis, employing a broad range of medical equipment, including those providing life support. In this sense, they can be defined as complex socio-technical systems, insofar as they bring together the interaction between human beings, technology/equipment, and organizational routines, subject to the influence of the external environment. The present study explores the necessary adaptations in the physical infrastructure of ICUs during the COVID-19 pandemic, from the perspective of the slack concept. The general research question is how to analyze slacks in an ICU infrastructure during the COVID-19 pandemic. There are two specific questions: firstly, to determine how the slack in the ICU infrastructure impacted the response to the COVID-19 health crisis, and, secondly, to explore the lessons learned for the design (or redesign) of the ICU infrastructure, based on the experience during the COVID-19 period. This is a case study that analyzed the slacks in the infrastructure of four previously defined dimensions (physical space, electricity, oxygen, and air treatment), in an adult ICUs that treated critical patients with COVID-19 in a private hospital in the southern region of Brazil, from March 2020 to December 2021. We present the results regarding the slacks in the infrastructure for areas originally designed as ICUs and for those areas adapted to work as ICUs, based on 11 interviews conducted with personnel from these areas, and based on the requirements of Brazilian standards. We identified 46 slacks within COVID-19 ICUs. Most slacks (18) were associated with the physical space dimension, and only 8 slacks were associated the air treatment dimension. Adapted ICUs did not always provide slacks equivalent to those of designed ICUs. There were 5 lessons learned, which highlight the need to think about slacks in the infrastructure of ICUs in cascade or in a chain, with primary slacks associated with secondary and tertiary slacks, and to consider that the physical infrastructure supporting hospital services is inseparable of people.application/pdfporUnidades de terapia intensivaAmbiente construídoInfraestruturaEngenharia de resiliênciaSlackInfrastructureIntensive care unitICUPandemicCOVID-19Análise de folgas na infraestrutura de unidades de terapia intensiva : estudo no contexto da pandemia da COVID-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Civil: construção e infraestruturaPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001159724.pdf.txt001159724.pdf.txtExtracted Texttext/plain326190http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254233/2/001159724.pdf.txtc63684b74ebae0c45d5ec839b1c6d8d8MD52ORIGINAL001159724.pdfTexto completoapplication/pdf2348279http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254233/1/001159724.pdf80ffe0183583ff0c176748fc8d8f1f7aMD5110183/2542332023-02-08 06:02:27.044251oai:www.lume.ufrgs.br:10183/254233Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-02-08T08:02:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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