Caracterização fenotípica e genotípica de Enterococcus spp. isolados de amostras fecais de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrados no litoral norte do Rio Grande do Sul, Brasil
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/126839 |
Resumo: | Os Enterococcus spp. apresentam uma natureza ubiquitária que lhes permite sobreviver em diversos nichos ecológicos. Estudos envolvendo enterococos isolados de animais marinhos são escassos. Em razão disso, este trabalho teve como objetivo isolar, identificar, avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos, a presença de fatores de virulência e a diversidade genética de enterococos isolados de amostras fecais de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrados no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Brasil. No total, 172 enterococos foram isolados e identificados como E. faecalis (43%), E. faecium (33,7%), E. hirae (12,8%) e E. mundtii (10,5%). Cento e quatorze isolados foram sensíveis aos dez antimicrobianos testados. Fenótipos de resistência foram encontrados para ciprofloxacina (28,5%), eritromicina (25%), norfloxacina (14,5%) e tetraciclina (4,6%). Todos os isolados resistentes à tetracilina apresentavam o gene tet(M) e apenas dois não apresentaram o tet(L). O gene erm(B) não foi detectado nos resistentes à eritromicina. Genes de virulência, gelE e ace (43%) e asa (35,5%) foram detectados nos E. faecalis. A atividade de gelatinase foi verificada em 64 isolados. A maioria dos enterococos foi fraco formador de biofilme. A análise dos perfis gerados por PFGE revelou um grande número de clones. Em conclusão, os enterococos compõem a microbiota do trato gastrintestinal dos pinguins-de-magalhães e a detecção de determinantes de resistência e virulência indica que os enterococos podem constituir um reservatório de tais características e, sendo o ambiente marinho um meio de disseminação, é importante considerar o potencial deste gênero em ocasionar riscos à saúde desses animais e à do ecossistema marinho. |
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Prichula, JaniraFrazzon, Ana Paula Guedes2015-09-16T01:57:10Z2015http://hdl.handle.net/10183/126839000972994Os Enterococcus spp. apresentam uma natureza ubiquitária que lhes permite sobreviver em diversos nichos ecológicos. Estudos envolvendo enterococos isolados de animais marinhos são escassos. Em razão disso, este trabalho teve como objetivo isolar, identificar, avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos, a presença de fatores de virulência e a diversidade genética de enterococos isolados de amostras fecais de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrados no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Brasil. No total, 172 enterococos foram isolados e identificados como E. faecalis (43%), E. faecium (33,7%), E. hirae (12,8%) e E. mundtii (10,5%). Cento e quatorze isolados foram sensíveis aos dez antimicrobianos testados. Fenótipos de resistência foram encontrados para ciprofloxacina (28,5%), eritromicina (25%), norfloxacina (14,5%) e tetraciclina (4,6%). Todos os isolados resistentes à tetracilina apresentavam o gene tet(M) e apenas dois não apresentaram o tet(L). O gene erm(B) não foi detectado nos resistentes à eritromicina. Genes de virulência, gelE e ace (43%) e asa (35,5%) foram detectados nos E. faecalis. A atividade de gelatinase foi verificada em 64 isolados. A maioria dos enterococos foi fraco formador de biofilme. A análise dos perfis gerados por PFGE revelou um grande número de clones. Em conclusão, os enterococos compõem a microbiota do trato gastrintestinal dos pinguins-de-magalhães e a detecção de determinantes de resistência e virulência indica que os enterococos podem constituir um reservatório de tais características e, sendo o ambiente marinho um meio de disseminação, é importante considerar o potencial deste gênero em ocasionar riscos à saúde desses animais e à do ecossistema marinho.Enterococcus spp. shows a ubiquitous nature that enables survival in different ecological niches. Studies involving enterococci isolated from marine animals are scarce. For this reason, this study aimed to isolate, identify, evaluate the antimicrobial susceptibility profile, the presence of virulence factors and the genetic diversity of enterococci isolated from fecal samples of magellanic penguins (Spheniscus magellanicus) found in the North coast of Rio Grande do Sul, Brazil. Overall, 172 enterococci were isolated and identified as E. faecalis (43%) E. faecium (33.7%), E. hirae (12.8 %) and E. mundtii (10.5%). One hundred and fourteen isolates were susceptible to the ten tested antimicrobials. Resistance phenotypes were found for ciprofloxacin (28.5%), erythromycin (25%), norfloxacin (14.5%) and tetracycline (4.6%). The tetracycline resistant isolates showed the tet(M) gene and only two isolates didn’t present tet(L). The erm(B) gene wasn’t detected in erythromycin resistant isolates. Virulence genes, gelE/ ace genes (43%) and asa (35.5%) were found only in E. faecalis. The gelatinase activity was observed in 64 strains. The majority of enterococci were weak biofilm formers. The analysis of the profiles generated by PFGE has revealed a large number of clones. In conclusion, enterococci compose the microbiota of magellanic penguins and the detection of resistance and virulence determinants indicates that enterococci may constitute a reservoir of such characteristics and, as the marine environment is a way of dissemination, it is important to consider the potential of this genus in cause health risks of these animals and the marine ecosystem.application/pdfporEnterococcusPinguinsAmbiente marinhoFatores de virulênciaAntimicrobianosCaracterização fenotípica e genotípica de Enterococcus spp. isolados de amostras fecais de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrados no litoral norte do Rio Grande do Sul, BrasilPhenotypic and genotypic characterization of Enterococcus spp. from fecal samples of magellanic penguins (Spheniscus magellanicus) from the North coast of Rio Grande do Sul, Brazil info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola e do AmbientePorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000972994.pdf000972994.pdfTexto completoapplication/pdf4848802http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/126839/1/000972994.pdff8ba925921709a5065fb5eaddf1d4df6MD51TEXT000972994.pdf.txt000972994.pdf.txtExtracted Texttext/plain249053http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/126839/2/000972994.pdf.txt347d09e6d63d0c4a069a7cc33871d3afMD52THUMBNAIL000972994.pdf.jpg000972994.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1034http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/126839/3/000972994.pdf.jpg8e8918e3976f90c26dbecac3fa175d95MD5310183/1268392018-10-23 09:04:00.371oai:www.lume.ufrgs.br:10183/126839Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-23T12:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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