Manejo da adubação nitrogenada no arroz irrigado em sucessão ao azevém

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Vladirene Macedo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/24878
Resumo: O uso do azevém como cobertura de solo pode ser importante na reciclagem de nutrientes para o arroz irrigado cultivado em sucessão. No entanto, altas quantidades de resíduos de azevém sobre o solo podem afetar o desenvolvimento inicial do arroz em sucessão e a sua resposta à adubação nitrogenada. Os objetivos do trabalho foram: 1) avaliar o potencial do azevém em reciclar nutrientes para o arroz em sucessão; 2) determinar o efeito de duas quantidades de resíduos de azevém na densidade inicial de plântulas de arroz e na concentração de ácidos orgânicos na solução do solo após o alagamento; e 3) estabelecer sistemas de manejo da adubação nitrogenada na semeadura e em cobertura no arroz que otimizem o desenvolvimento da planta e o rendimento de grãos em sucessão ao azevém e ao pousio. O experimento foi conduzido em dois anos agrícolas (2008/09 e 2009/10) em Cachoeirinha, RS. Os tratamentos constaram de duas quantidades de resíduos de azevém (1,87 e 4,42 t ha-1, no primeiro ano, e 2,94 e 4,30 t ha-1, no segundo ano), de um tratamento com a área em pousio no inverno e de nove sistemas de manejo da adubação nitrogenada no arroz em sucessão, obtidos pela combinação de duas doses totais de nitrogênio (N) (90 e 150 kg N ha-1), quatro doses de N na semeadura (0, 10, 20 e 40 kg ha-1) e de uma testemunha sem aplicação de N. Devido ao histórico da área experimental e à elevada adubação de fósforo e potássio na semeadura, não é possível evidenciar, na avaliação realizada no estádio V3, a reciclagem de nutrientes do azevém para o arroz em sucessão em relação ao pousio. A presença de até 4,42 t ha-1 de resíduos de azevém, dessecado no mínimo 34 dias antes da semeadura do arroz, não interfere no estabelecimento inicial do arroz. A solução do solo no primeiro ano, no período de três a 23 dias após o alagamento, apresenta apenas acetato, ou seja, ácido acético na forma totalmente dissociada, o qual não é considerado fitotóxico. Os dados obtidos no primeiro ano indicam a resposta do rendimento de grãos de arroz ao manejo da adubação nitrogenada não depende dos sistemas de cobertura do solo no inverno testados. Com aplicação da menor dose total de N no arroz (90 kg ha-1), o incremento da dose de N na semeadura, com consequente redução da dose de N aplicada em cobertura, resulta em menor rendimento de grãos.
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O experimento foi conduzido em dois anos agrícolas (2008/09 e 2009/10) em Cachoeirinha, RS. Os tratamentos constaram de duas quantidades de resíduos de azevém (1,87 e 4,42 t ha-1, no primeiro ano, e 2,94 e 4,30 t ha-1, no segundo ano), de um tratamento com a área em pousio no inverno e de nove sistemas de manejo da adubação nitrogenada no arroz em sucessão, obtidos pela combinação de duas doses totais de nitrogênio (N) (90 e 150 kg N ha-1), quatro doses de N na semeadura (0, 10, 20 e 40 kg ha-1) e de uma testemunha sem aplicação de N. Devido ao histórico da área experimental e à elevada adubação de fósforo e potássio na semeadura, não é possível evidenciar, na avaliação realizada no estádio V3, a reciclagem de nutrientes do azevém para o arroz em sucessão em relação ao pousio. A presença de até 4,42 t ha-1 de resíduos de azevém, dessecado no mínimo 34 dias antes da semeadura do arroz, não interfere no estabelecimento inicial do arroz. A solução do solo no primeiro ano, no período de três a 23 dias após o alagamento, apresenta apenas acetato, ou seja, ácido acético na forma totalmente dissociada, o qual não é considerado fitotóxico. Os dados obtidos no primeiro ano indicam a resposta do rendimento de grãos de arroz ao manejo da adubação nitrogenada não depende dos sistemas de cobertura do solo no inverno testados. Com aplicação da menor dose total de N no arroz (90 kg ha-1), o incremento da dose de N na semeadura, com consequente redução da dose de N aplicada em cobertura, resulta em menor rendimento de grãos.The use of ryegrass as a cover crop can be important in nutrient recycling to lowland rice cultivated in succession. However, the high amount of ryegrass residues on the soil can affect both rice initial development and rice response to nitrogen (N) fertilization. The aims of this study were to: 1) evaluate the ryegrass potential in recycling nutrients to rice cultivated in succession; 2) determine the effect of two amounts of ryegrass residues on plant density and on concentration of organic acids in soil solution after flooding; and 3) establish N management systems at sowing and at topdressing to optimize the development and yield of rice cultivated in succession. The experiment was carried out in two growing seasons (2008/09 and 2009/10), in the same experimental area, at Cachoeirinha, in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Treatments consisted of two ryegrass residues amounts (1,87 e 4,42 t ha-1, in the first year, and 2,94 e 4,30 t ha-1, in the second year), one treatment with the fallow in the winter and nine rice N management systems obtained by combination of two total doses of N (90 e 150 kg N ha-1), four sowing N rates (0, 10, 20 e 40 kg ha-1) and a treatment without nitrogen. Due to the history of experimental area and the high phosphorus and potassium fertilization rates used at rice sowing, it is not possible to show, at V3 stage, nutrient recycling from ryegrass to rice cultivated in succession in relation to fallow. Ryegrass cultivation, with dry matter yield up to 4,42 t ha-1, desiccated within the minimum period of 34 days before rice sowing, does not affect rice plant establishment. The soil solution in the first year, in the period of three to 23 days after the flooding, show only acetate, or acetic acid in a fully dissociated form, which is not considered phytotoxic. The first year results indicate that the response of rice grain yield to N management systems does not depend on cover crop systems in the winter tested. With the application of the lower N total rate (90 kg ha-1), the increment of the sowing N rate, with consequent reduction of N topdressing rate, results in lower grain yield.application/pdfporArroz irrigadoAdubação nitrogenadaAzevémManejo da adubação nitrogenada no arroz irrigado em sucessão ao azevémNitrogen management in flooded rice in succession to ryegrass info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000749898.pdf000749898.pdfTexto completoapplication/pdf683203http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24878/1/000749898.pdf382f0b13163c758175cb09311d4824f7MD51TEXT000749898.pdf.txt000749898.pdf.txtExtracted Texttext/plain212937http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24878/2/000749898.pdf.txt3b5e79c52cadd997eabdca3dfc40f2a9MD52THUMBNAIL000749898.pdf.jpg000749898.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1220http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24878/3/000749898.pdf.jpg6e9c2ce3fa40700f58f1acf20a9b94fdMD5310183/248782018-10-18 07:33:11.667oai:www.lume.ufrgs.br:10183/24878Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:33:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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