Avaliação da ação tópica da testosterona sobre o tecido ósseo e sua relação com estimulação da neoformação óssea : estudo em ratos machos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/17379 |
Resumo: | Os esteróides sexuais (andrógenos e estrógenos) são importantes reguladores do metabolismo ósseo em machos e fêmeas, respectivamente. A Testosterona, o hormônio andrógeno natural, predominante no sexo masculino, tem papel fundamental em relação à manutenção da massa óssea, pela sua ação sistêmica. O objetivo deste trabalho foi avaliar histologicamente a ação do Propionato de Testosterona (PT) sobre o tecido ósseo, aplicado de forma tópica na tíbia de ratos machos, observando a regeneração óssea e, se ele promove aceleração nesta regeneração. Defeitos ósseos de 1,5mm de diâmetro, foram realizados nas duas tíbias de 30 ratos, sendo que 15 haviam sido castrados previamente e os outros 15 não. Após randomização, numa das tíbias do grupo experimental foi aplicado esponja de colágeno (Gelfoan®(G))+PT e na outra G+Óleo Mineral (OM). No grupo controle, uma das tíbias recebeu apenas Gelfoan e na outra foi realizado apenas o defeito ósseo. Os animais dos grupos experimentais foram sacrificados aos 15 e 30 dias pósoperatórios, e os dos grupos controle, foram sacrificados aos 15 dias pós-operatórios. Os ratos que foram sacrificados aos 30 dias receberam duas aplicações das substâncias em avaliação. Realizou-se análise macroscópica das peças, além das análises histológicas descritiva/comparativa e descritiva semi-quantitativa. Com relação a formação de osso entre as corticais (cicatrização do defeito ósseo criado), tanto G isolado como G+PT ou G + OM, apresentaram diferentes graus de cicatrização óssea entre os diferentes grupos: castrados e não castrados, sacrificados aos 15 dias pós-operatórios e aos 30 dias. Foi achado que o grupo castrado sacrificado aos 15 dias que recebeu G+PT teve cicatrização óssea, contrariamente ao grupo não castrado que não cicatrizou. Também no grupo castrado sacrificado aos 30 dias pós-operatórios observou-se formação de osso lamelar, estruturado nos animais tratados com G+PT. Pode-se dizer que o PT tópico nestes grupos contribuiu para neoformação óssea. Concluiu-se que: 1°) em dois grupos experimentais o PT teve melhores resultados, mas os dados obtidos não permitem uma conclusão definitiva; 2°) a Testosterona empregada de forma tópica mostrou-se promissora quanto a ativação da regeneração óssea; 3°) o Propionato de Testosterona não parece ser a forma farmacêutica mais apropriada, devido a sua forma de liberação muito lenta do hormônio e conseqüente pouca eficiência, devendose utilizar como alternativas para aplicação da Testosterona, a mesma diluída em outro veículo e introduzida nos defeitos através de cápsulas de lisina tricalcio fosfato calcinado ou através de implantes combinando a Testosterona com partículas de poly(D,L-(lactide-co-glycolide)) conforme verificado na literatura. Estes resultados obtidos merecem ser aprofundados e aperfeiçoados, utilizando curvas dose-resposta, outros preparados de Testosterona e tempos distintos. |
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