Estudo retrospectivo das dermatofitoses diagnosticadas em cães e gatos em Porto Alegre, RS, Brasil, no período de 1979 a 2009
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/29541 |
Resumo: | As dermatofitoses causadas por um grupo de fungos filamentosos e queratinofílicos, na maioria cosmopolita, acometem um grande número de mamíferos. Os cães e gatos são os principais reservatórios e fontes de infecções de Microsporum canis aos humanos e a outros animais domésticos. Dados epidemiológicos sobre as infecções fúngicas são importantes para diagnóstico, tratamento e prevenção. Os objetivos do trabalho foram analisar a frequência, os fatores de risco e a tendência secular da dermatofitose em cães e gatos no período de 1979 a 2009 em Porto Alegre, RS, Brasil. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional retrospectivo, com os dados de 6695 amostras de animais com suspeita clínica de dermatofitose (5584 (83,4%) cães e 1111 (16,6%) gatos). A frequência encontrada foi de 16,6%, sendo o fungo Microsporum canis o mais isolado em cães (78,4%) e gatos (97%). Observou-se uma maior frequência de amostras positivas provenientes de gatos. A frequência também foi maior em cães e gatos com raça definida. Nos cães foi observada maior chance de dermatofitose em animais com idade entre 1 e 24 meses e com pelagem média a longa. Já nos gatos a chance foi maior em animais jovens, onde a probabilidade de isolamento diminui aproximadamente 2,3% a cada incremento de um mês na idade. Também uma maior chance de dermatofitose em gatos com pelagem média a longa. As análises mostraram um aumento médio da positividade com o aumento da umidade relativa do ar e período de tempo. O exame microscópico dos pelos apresentou 48% de sensibilidade e 97,4% de especificidade, enquanto o teste da lâmpada de Wood 64,52% de sensibilidade e 89,22% de especificidade quando comparados com o cultivo fúngico. A espécie fúngica com maior frequência de isolamentos nesta população foi o Microsporum canis, além disso, os gatos apresentaram maior risco de contrair dermatofitose por este agente do que os cães. Os fatores de risco encontrados nessa população estavam relacionados com idade (animais jovens), pelagem (média a longa) e umidade relativa do ar (maiores índices). A frequência de isolamentos aumentou ao longo do período (1979 – 2009) e o cultivo fúngico foi considerado como padrão-ouro para diagnosticar a dermatofitose. |
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Appelt, Carin ElisabeteFerreiro, LaerteCorbellini, Luis Gustavo2011-06-11T06:01:04Z2010http://hdl.handle.net/10183/29541000777793As dermatofitoses causadas por um grupo de fungos filamentosos e queratinofílicos, na maioria cosmopolita, acometem um grande número de mamíferos. Os cães e gatos são os principais reservatórios e fontes de infecções de Microsporum canis aos humanos e a outros animais domésticos. Dados epidemiológicos sobre as infecções fúngicas são importantes para diagnóstico, tratamento e prevenção. Os objetivos do trabalho foram analisar a frequência, os fatores de risco e a tendência secular da dermatofitose em cães e gatos no período de 1979 a 2009 em Porto Alegre, RS, Brasil. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional retrospectivo, com os dados de 6695 amostras de animais com suspeita clínica de dermatofitose (5584 (83,4%) cães e 1111 (16,6%) gatos). A frequência encontrada foi de 16,6%, sendo o fungo Microsporum canis o mais isolado em cães (78,4%) e gatos (97%). Observou-se uma maior frequência de amostras positivas provenientes de gatos. A frequência também foi maior em cães e gatos com raça definida. Nos cães foi observada maior chance de dermatofitose em animais com idade entre 1 e 24 meses e com pelagem média a longa. Já nos gatos a chance foi maior em animais jovens, onde a probabilidade de isolamento diminui aproximadamente 2,3% a cada incremento de um mês na idade. Também uma maior chance de dermatofitose em gatos com pelagem média a longa. As análises mostraram um aumento médio da positividade com o aumento da umidade relativa do ar e período de tempo. O exame microscópico dos pelos apresentou 48% de sensibilidade e 97,4% de especificidade, enquanto o teste da lâmpada de Wood 64,52% de sensibilidade e 89,22% de especificidade quando comparados com o cultivo fúngico. A espécie fúngica com maior frequência de isolamentos nesta população foi o Microsporum canis, além disso, os gatos apresentaram maior risco de contrair dermatofitose por este agente do que os cães. Os fatores de risco encontrados nessa população estavam relacionados com idade (animais jovens), pelagem (média a longa) e umidade relativa do ar (maiores índices). A frequência de isolamentos aumentou ao longo do período (1979 – 2009) e o cultivo fúngico foi considerado como padrão-ouro para diagnosticar a dermatofitose.Dermatophytoses are caused by a group of fungi with keratinophilic and keratinolytic properties. A wide variety of dermatophytes have been isolated from a large number of mammals. Dogs and cats are the main carriers and sources of infections of Microsporum canis to human as well as to other domestic animals. Epidemiological data about fungal infections are important for diagnosis, treatment and prevention. The objectives of the present study were to analyze the frequency, the risk factors, and the secular tendency of dermatophytoses in dogs and cats from 1979 to 2009 in Porto Alegre, RS, Brazil. A retrospective observational epidemiological study was performed based on data obtained from 6695 samples of animals with clinical suspicion of dermatophytoses [5584 (83.4%) dogs and 1111 (16.6%) cats]. The frequency found was 16.6%, being Microsporum canis the most isolated fungus in dogs (78.4%) and cats (97%). It was observed a higher frequency of positive samples originated from cats. The frequency was also higher in dogs and cats with a defined breed. In dogs, the probabilitie of dermatophytoses was greater in animals between 1 and 24 months, with medium to long coat. On the other hand, the chance observed in cats was higher in young animals, where the probability of isolation decreases around 2.3% for each additional month of age. There is a greater chance of dermatophytosis in cats with medium to long coats as well. The analyses had demonstrated a medium raise in positivity with the increasing of the relative air humidity and period of time. The microscopic examination of the coat revealed 48% of sensitivity and 97% of specificity, while with Wood’s lamp test, it was achieved 64.52% of sensitivity and 89.22% of specificity when compared to fungal culture. The fungal species with higher frequency of isolation in this population was Microsporum canis and cats were more likely to be infected by this agent than dogs. The risk factors found in this population were related to age (young animals), coat (medium to long), and relative air humidity (higher rates). The frequency of isolation increased throughout the period (1979 - 2009) and fungal culture was considered as the “gold standard” for diagnosing dermatophytoses.application/pdfporDermatofitoses : Animais domesticosDermatologia animal : CaesDermatologia animal : GatosMicrosporum canisEpidemiologiaDermatophytosisDogsCatsEpidemiologyTime seriesMicrosporum canisEstudo retrospectivo das dermatofitoses diagnosticadas em cães e gatos em Porto Alegre, RS, Brasil, no período de 1979 a 2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000777793.pdf.txt000777793.pdf.txtExtracted Texttext/plain79451http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29541/2/000777793.pdf.txtc605c620062682da81484537fb5f5e07MD52ORIGINAL000777793.pdf000777793.pdfTexto completoapplication/pdf551033http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29541/1/000777793.pdf1aba26df7cdfeab265557dbe27c68eadMD51THUMBNAIL000777793.pdf.jpg000777793.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1072http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29541/3/000777793.pdf.jpgbbeee661295813fcb6d6a41b85d4086aMD5310183/295412019-05-23 02:38:57.610227oai:www.lume.ufrgs.br:10183/29541Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-05-23T05:38:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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