Fisiomecânica das corridas intervalada e contínua em velocidade associada ao VO2máx

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Masiero, Marcos Paulo Bienert
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202184
Resumo: Introdução: A locomoção tem grande importância na evolução da nossa espécie, o que pode ser notado através da presença de mecanismos de minimização energética. Atualmente muito se estuda o exercício com foco no treinamento esportivo, porém há a necessidade de investigar o comportamento desses mecanismos minimizadores durantes sessões típicas de treinamento. Objetivos: Analizar as respostas metabólicas, mecânicas, fisiomecânicas e do sistema massa-mola durante o exercício intervalado e contínuo até a exaustão. Métodos: Foram recrutados 12 corredores de 20 a 50 anos, que tinham tempo em provas de 5km entre 15 e 19 minutos. Os sujeitos realizaram em ordem randomizada os dois seguintes protocolos de exaustão em velocidade associada ao consumo máximo de oxigênio: (a) em modo contínuo e (b) em modo intervalado com repetições de 400 m associados a intervalos de 50% do tempo de cada repetição. Foi realizada uma GEE para comparação dos modos (contínuo x intervalado) e estágios (0% x 25% x 50% x 75% x 100%) com post-hoc de Bonferroni. Resultados e Discussão: Os sujeitos percorreram uma distância 2,4x maior durante o teste intervalado, implicando em maior tempo de exaustão e maior dispêndio energético, permitindo assim um maior estímulo de treinamento. Do ponto de vista mecânico e metabólico os sujeitos apresentaram o mesmo comportamento ao decorrer dos testes, sem diferença entre os protocolos, com aumento de Tce e Tprop, aliado a diminuição de FS e Kvert. Do ponto de vista integrativo, o custo aeróbio foi significativamente maior para o teste intervalado (tamanho de efeito 3,1; p<0,001). Esse aumento do custo aeróbio parece estar associado à constante produção e metabolização do lactato e possíveis ineficiências das respectivas trocas energéticas. Conclusão: No presente estudo foi possível verificar que os dois protocolos se comportam da mesma forma com o passar do tempo, e a utilização do treinamento intervalado não interfere na minimização de gasto energético, possibilitando um maior estímulo de treinamento. Além disso, o treinamento intervalado pode auxiliar na melhora do metabolismo anaeróbio uma vez que coloca o corpo sob maior demanda de produção e remoção de lactato.
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Os sujeitos realizaram em ordem randomizada os dois seguintes protocolos de exaustão em velocidade associada ao consumo máximo de oxigênio: (a) em modo contínuo e (b) em modo intervalado com repetições de 400 m associados a intervalos de 50% do tempo de cada repetição. Foi realizada uma GEE para comparação dos modos (contínuo x intervalado) e estágios (0% x 25% x 50% x 75% x 100%) com post-hoc de Bonferroni. Resultados e Discussão: Os sujeitos percorreram uma distância 2,4x maior durante o teste intervalado, implicando em maior tempo de exaustão e maior dispêndio energético, permitindo assim um maior estímulo de treinamento. Do ponto de vista mecânico e metabólico os sujeitos apresentaram o mesmo comportamento ao decorrer dos testes, sem diferença entre os protocolos, com aumento de Tce e Tprop, aliado a diminuição de FS e Kvert. Do ponto de vista integrativo, o custo aeróbio foi significativamente maior para o teste intervalado (tamanho de efeito 3,1; p<0,001). Esse aumento do custo aeróbio parece estar associado à constante produção e metabolização do lactato e possíveis ineficiências das respectivas trocas energéticas. Conclusão: No presente estudo foi possível verificar que os dois protocolos se comportam da mesma forma com o passar do tempo, e a utilização do treinamento intervalado não interfere na minimização de gasto energético, possibilitando um maior estímulo de treinamento. Além disso, o treinamento intervalado pode auxiliar na melhora do metabolismo anaeróbio uma vez que coloca o corpo sob maior demanda de produção e remoção de lactato.Introduction: Locomotion plays a critical role on our human evolution which can be observed through the presence of energetic minimization mechanisms. Objectives: To analyze the metabolic, mechanical, physiomechanical and springmass responses during continuous and interval exercise until exhaustion. Methods: Twelve runners from 20 to 50 years old with 5km time between 15 and 19 minutes. The subjects performed in random order the following two exhaustion protocols at the speed associated with maximum oxygen consumption: (a) in continuous mode and (b) in interval mode with 400 m bouts and intervals of 50% of the time of each repetition. The descriptive statistics was performed according to the data distribution indicated by the Shapiro-Wilk test. A GEE was performed to compare the modes (continuous x interval) and stages (0% x 25% x 50% x 75% x post-test) with Bonferroni post-hoc. Results and Discussion: The subjects ran a distance 2.4x greater on the interval protocol, implying in greater time to exhaustion and greater energy expenditure, allowing for greater training effects. From the metabolic and mechanic point of view the subjects had the same behavior over time and between the protocols, with increase in Tce and Tprop, and a decrease in FS and Kvert. From the integrative point of view, the aerobic cost was significantly greater for the interval test (effect size 3.1; p<0.001). This increased aerobic cost seems to be related to the constant lactate production and metabolization and possible inefficiencies of the respective energetic exchanges. Conclusion: In this study was possible to verify that both protocols had the same behavior over time, and the use of interval training does not interfere at the energy consumption minimization, allowing for a higher training stimulus. Moreover, interval training can assist to improve the anaerobic metabolism, once that it puts the body under a greater lactate production and metabolization demand.application/pdfporCorridaTreinamento esportivoMetabolismo energéticoTrainingEnergetic minimizationSpring-massEnduranceFisiomecânica das corridas intervalada e contínua em velocidade associada ao VO2máxinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2019.mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107319.pdf.txt001107319.pdf.txtExtracted Texttext/plain132118http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202184/2/001107319.pdf.txtebabcc822f3d406815ae6d648a960e1aMD52ORIGINAL001107319.pdfTexto completoapplication/pdf1712630http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202184/1/001107319.pdfbc26e66448368a8de453a68ab17ec435MD5110183/2021842019-12-05 05:01:07.118433oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202184Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-12-05T07:01:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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