Ecologia de cochonilhas e de parasitoides associados a oliveiras (Olea europaea Linnaeus, 1753)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Gabriela Chesim de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/152939
Resumo: A olivicultura é uma atividade recente no Rio Grande do Sul, com poucos registros sobre insetos associados. Neste estudo buscou-se inventariar e identificar o complexo de cochonilhas e seus parasitoides, descrever a estrutura das assembleias e quantificar o parasitismo, em oliveiras. O experimento foi realizado em pomar de Olea europaea L., cultivar Arbequina, mantidos sob manejo convencional, situado em Caçapava do Sul (30º33’29,79” S e 53º24’09,48” O), RS, Brasil. As amostragens foram realizadas mensalmente, de abril de 2012 a março de 2013. Em cada ocasião foram sorteadas 20 plantas, e destas, em cada um dos quadrantes da copa (norte, sul, leste e oeste) foram retirados três ramos, dois aleatoriamente, para a avaliação das cochonilhas, e um escolhido, por estar densamente infestado por Coccoidea, para a avaliação dos parasitoides. Os ramos tinham entre 20 e 30 cm de comprimento e continham, no mínimo, 20 folhas. As cochonilhas dos ramos aleatórios foram identificadas e contabilizadas, e as dos ramos escolhidos foram separadas por espécie e acondicionadas em tubos, que permaneceram em câmara climatizada (25 ± 1 ºC; 12 h de fotofase), por até 60 dias, para observar a emergência de parasitoides, sendo estes mortos e identificados. Constatou-se um complexo de cochonilhas constituído por um Coccidae, Saissetia oleae, a mais abundante, e cinco Diaspididae, Aonidiella aurantii, Abgrallaspis cyanophylli, Acutaspis paulista, Aspidiotus nerii e Melanaspis sp.. Os microhimenópteros associados foram Aphytis sp., Coccophagus sp., Encarsia citrina, Encarsia lounsburyi e Marietta caridei (Aphelinidae); Ammonoencyrtus sp., Cheiloneurus sp., Metaphycus ismara, Metaphycus sp. e um possível novo gênero (Encyrtidae); Aprostocetus sp. 1, Aprostocetus sp. 2, e Tetrastichus sp. (Eulophidae); Eupelmus sp. e Lecaniobius sp. (Eupelmidae); Eurytoma sp. (Eurytomidae); Tomocerodes americanus (Pteromalidae) e Signiphora sp. (Signiphoridae). Indivíduos de todas as espécies de cochonilhas foram parasitados e S. oleae foi a que apresentou maior diversidade de parasitoides associados, porém com a menor taxa de parasitismo.
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Em cada ocasião foram sorteadas 20 plantas, e destas, em cada um dos quadrantes da copa (norte, sul, leste e oeste) foram retirados três ramos, dois aleatoriamente, para a avaliação das cochonilhas, e um escolhido, por estar densamente infestado por Coccoidea, para a avaliação dos parasitoides. Os ramos tinham entre 20 e 30 cm de comprimento e continham, no mínimo, 20 folhas. As cochonilhas dos ramos aleatórios foram identificadas e contabilizadas, e as dos ramos escolhidos foram separadas por espécie e acondicionadas em tubos, que permaneceram em câmara climatizada (25 ± 1 ºC; 12 h de fotofase), por até 60 dias, para observar a emergência de parasitoides, sendo estes mortos e identificados. Constatou-se um complexo de cochonilhas constituído por um Coccidae, Saissetia oleae, a mais abundante, e cinco Diaspididae, Aonidiella aurantii, Abgrallaspis cyanophylli, Acutaspis paulista, Aspidiotus nerii e Melanaspis sp.. Os microhimenópteros associados foram Aphytis sp., Coccophagus sp., Encarsia citrina, Encarsia lounsburyi e Marietta caridei (Aphelinidae); Ammonoencyrtus sp., Cheiloneurus sp., Metaphycus ismara, Metaphycus sp. e um possível novo gênero (Encyrtidae); Aprostocetus sp. 1, Aprostocetus sp. 2, e Tetrastichus sp. (Eulophidae); Eupelmus sp. e Lecaniobius sp. (Eupelmidae); Eurytoma sp. (Eurytomidae); Tomocerodes americanus (Pteromalidae) e Signiphora sp. (Signiphoridae). Indivíduos de todas as espécies de cochonilhas foram parasitados e S. oleae foi a que apresentou maior diversidade de parasitoides associados, porém com a menor taxa de parasitismo.Oliviculture is a recent activity in Rio Grande do Sul with few records on associated insects. In this study we aimed to inventory and identify the complex of scale insects and their parasitoids, describe the structure of communities and quantify parasitism in olive trees. The experiment was conducted in olive orchard, Olea europaea L., cultivar Arbequina, kept under traditional management, situated in Caçapava do Sul (30°33'29,79"S and 53º24'09,48"W), RS, Brazil. Samples were monthly collected from April 2012 to March 2013. At each occasion 20 trees were randomly selected and, from each quadrant of their canopies (northern, southern, eastern and western) three branches were removed, two randomly for the scale insects evaluation and one chosen to be heavily infested with Coccoidea for the parasitoids evaluation. The branches were between 20 and 30 cm in length and contained at least 20 leaves. At the laboratory scale insects of random branches were identified and counted, while the ones from the chosen branches were separated by species and stored in tubes that were in climate chamber (25 ± 1 ºC, 12 h photoperiod) for up to 60 days to observe the emergence of parasitoids, these dead and identified. It was found a scale insects complex comprising a Coccidae, Saissetia oleae, the most abundant and five Diaspididae, Aonidiella aurantii, Abgrallaspis cyanophylli, Acutaspis paulista, Aspidiotus nerii and Melanaspis sp. The microhymenopterans associated were Aphytis sp., Coccophagus sp., Encarsia citrina, Encarsia lounsburyi and Marietta caridei (Aphelinidae); Ammonoencyrtus sp., Cheiloneurus sp., Metaphycus Ismara, Metaphycus sp. and a possible new genus (Encyrtidae); Aprostocetus sp.1, Aprostocetus sp. 2 and Tetrastichus sp. (Eulophidae); Eupelmus sp. and Lecaniobius sp. (Eupelmidae); Eurytoma sp. (Eurytomidae); Tomocerodes americanus (Pteromalidae) and Signiphora sp. (Signiphoridae). Individuals of all species of scale insect were parasitized and S. oleae had the greatest parasitoids diversity associated, however, it had the lowest rate of parasitism.application/pdfporAzeitonaCochonilhaPraga de plantaParasito de plantaEcologia de cochonilhas e de parasitoides associados a oliveiras (Olea europaea Linnaeus, 1753)Ecology of scale insects and parasitoids associated with olive trees (Olea europaea Linnaeus, 1753) info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000922673.pdf000922673.pdfTexto completoapplication/pdf2382344http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/152939/1/000922673.pdf1f6b8c7aa6d4be0849443321d9fff165MD51TEXT000922673.pdf.txt000922673.pdf.txtExtracted Texttext/plain126611http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/152939/2/000922673.pdf.txt454b3628e5c4d20344cd9cd0f8fb85a8MD5210183/1529392017-02-23 02:26:01.985509oai:www.lume.ufrgs.br:10183/152939Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532017-02-23T05:26:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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