Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Thais de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181013
Resumo: A produção de alimentos inócuos, aptos ao consumo humano, é de extrema importância tanto à saúde pública quanto para atividade econômica. O queijo colonial é tipicamente consumido pela população do Rio Grande do Sul, porém ainda há poucos dados sobre a qualidade microbiológica desse produto. Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram: (i) avaliar a qualidade microbiológica de queijos coloniais comercializados em feiras modelo e mercado público de Porto Alegre; (ii) caracterizar as cepas de Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes presentes neste produto quanto a alguns fatores de patogenicidade, resistência e tipificação genotípica. Para tanto, no período de novembro de 2014 a maio de 2015, foram analisadas 205 amostras de queijo colonial inspecionado, compreendendo 17 marcas distintas comercializadas em feiras modelos e no Mercado Público de Porto Alegre. As análises microbiológicas evidenciaram que 47,31% dos queijos estavam não conformes com pelo menos um dos parâmetros microbiológicos estabelecidos na RDC nº12, portanto impróprios ao consumo humano. Com relação à quantificação de coliformes termotolerantes e Staphylococcus coagulase positiva, 10,73% e 40,48% das amostras apresentaram contagens superiores ao limite máximo estabelecido na legislação, respectivamente. Valores acima do padrão aceitável foram observados em 5,85% dos queijos amostrados para ambos os parâmetros. No que diz respeito à pesquisa de Salmonella sp., todas as amostras apresentaram-se em conformidade. Listeria sp. foi detectado em 12,19% dos queijos, dos quais 24% foram classificados como L. monocytogenes, 52% L. inoccua, 16% L. welshimeri/L. seeligeri e 8% L. grayi.
id URGS_e34c11be4354d73a92599999890bae6c
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181013
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Campos, Thais deCardoso, Marisa Ribeiro de Itapema2018-08-08T02:33:17Z2018http://hdl.handle.net/10183/181013001072997A produção de alimentos inócuos, aptos ao consumo humano, é de extrema importância tanto à saúde pública quanto para atividade econômica. O queijo colonial é tipicamente consumido pela população do Rio Grande do Sul, porém ainda há poucos dados sobre a qualidade microbiológica desse produto. Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram: (i) avaliar a qualidade microbiológica de queijos coloniais comercializados em feiras modelo e mercado público de Porto Alegre; (ii) caracterizar as cepas de Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes presentes neste produto quanto a alguns fatores de patogenicidade, resistência e tipificação genotípica. Para tanto, no período de novembro de 2014 a maio de 2015, foram analisadas 205 amostras de queijo colonial inspecionado, compreendendo 17 marcas distintas comercializadas em feiras modelos e no Mercado Público de Porto Alegre. As análises microbiológicas evidenciaram que 47,31% dos queijos estavam não conformes com pelo menos um dos parâmetros microbiológicos estabelecidos na RDC nº12, portanto impróprios ao consumo humano. Com relação à quantificação de coliformes termotolerantes e Staphylococcus coagulase positiva, 10,73% e 40,48% das amostras apresentaram contagens superiores ao limite máximo estabelecido na legislação, respectivamente. Valores acima do padrão aceitável foram observados em 5,85% dos queijos amostrados para ambos os parâmetros. No que diz respeito à pesquisa de Salmonella sp., todas as amostras apresentaram-se em conformidade. Listeria sp. foi detectado em 12,19% dos queijos, dos quais 24% foram classificados como L. monocytogenes, 52% L. inoccua, 16% L. welshimeri/L. seeligeri e 8% L. grayi.The production of innocuous food, fit for human consumption, is of extreme importance to both public health and economic activity. Colonial cheese is typically consumed by the population of Rio Grande do Sul, but there is still limited data on the microbiological quality of this product. Thus, the objectives of the present study were: (i) to evaluate the microbiological quality of colonial cheeses marketed in model fairs and central market in Porto Alegre; (ii) to characterize Staphylococcus aureus and Listeria monocytogenes strains present in these products according to some pathogenicity and resistance factors as well as to their genotype. Thus, from November 2014 to May 2015, we analyzed 205 samples of colonial cheese, comprising 17 different brands marketed in model fairs and in the Public Market of Porto Alegre. Microbiological analyzes showed that 47.31% of the samples were not compliant with at least one of the microbiological parameters established in RDC nº12, therefore unfit for human consumption. Regarding the quantification of thermotolerant coliforms and Staphylococcus coagulase positive, 10.73% and 40.48% of the samples presented counts higher than the maximum limit established in the legislation, respectively. Values above the acceptable standard were observed in 5.85% of the samples for both parameters. With regard to Salmonella sp., all samples were negative. Listeria sp. was detected in 12.19% of the samples, of which 24% were classified as L. monocytogenes, 52% L. inoccua, 16% L. welshimeri / L. seeligeri and 8% L. grayi. Concomitant isolation of L. monocytogenes and L. inoccua species was observed in one sample. Two samples presented counts of 3.6 NMP.g-1 and 11 NMP.g-1 of Listeria sp.,; in the others, the population found was <3.0 NMP.g-1. Serotyping of L. monocytogenes indicated the presence of serovars 1 / 2a, 1 / 2b and 1 / 2c and the PFGE profile showed five pulse types. The amplification of the nuc gene, confirmed the 83 isolates of Staphylococcus coagulase positive as S. aureus. Regarding the antimicrobial susceptibility profile, all strains were susceptible to cefoxetin, oxacillin and vancomycin. Strains resistant to: penicillin (26.5%) were detected, all of them confirmed as beta-lactamase producers; ciprofloxacin and erythromycin (9.63%); tetracycline (7.22%) and gentamicin (4.81%). Of the total strains, 66.26% were susceptible to all antimicrobials tested, while 6.02% were considered multiresistant. The gene blaZ was detected in 31.32% of the strains. All strains were negative for mecA and lukS-F genes. As for the presence of genes coding for classical SEs, 16.86% amplified some gene being sea and sec the most frequent. From the molecular typing of the 83 strains of S. aureus it was possible to detect 19 different spa types among the 11 brands of cheeses commercialized; the t127 and t002 genotypes were predominant. Three different types of sequences were detected in the four strains of S. aureus selected for typing by the MLST technique performed in silico: ST-133, ST-5 and ST-1. The colonial cheese marketed in model fairs and in the public market of Porto Alegre, was confirmed as a possible carrier of microorganisms that cause DTA. Among these pathogens, the frequency of isolation of L. monocytogenes and, especially, of S. aureus is noteworthy.application/pdfporQueijo colonialQualidade microbiológicaStaphylococcus aureusListeria monocytogenesPatogenicidadeResistência a antimicrobianosTipagem molecularColonial cheeseSpa typeResistanceEnterotoxinsStaphylococcus aureusQualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001072997.pdfTexto completoapplication/pdf1855948http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181013/1/001072997.pdfb31854115a79ece7f364e52b6012795dMD51TEXT001072997.pdf.txt001072997.pdf.txtExtracted Texttext/plain403462http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181013/2/001072997.pdf.txt002d759f7b0ca93125bbe109fe876f22MD52THUMBNAIL001072997.pdf.jpg001072997.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1157http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181013/3/001072997.pdf.jpg6a24129ec5655406c71c6390efb78961MD5310183/1810132019-07-05 02:33:42.961311oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181013Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-05T05:33:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
title Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
spellingShingle Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
Campos, Thais de
Queijo colonial
Qualidade microbiológica
Staphylococcus aureus
Listeria monocytogenes
Patogenicidade
Resistência a antimicrobianos
Tipagem molecular
Colonial cheese
Spa type
Resistance
Enterotoxins
Staphylococcus aureus
title_short Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
title_full Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
title_fullStr Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
title_full_unstemmed Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
title_sort Qualidade microbiológica de queijos coloniais sob inspeção higiênico-sanitária comercializados em Porto Alegre
author Campos, Thais de
author_facet Campos, Thais de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Campos, Thais de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cardoso, Marisa Ribeiro de Itapema
contributor_str_mv Cardoso, Marisa Ribeiro de Itapema
dc.subject.por.fl_str_mv Queijo colonial
Qualidade microbiológica
Staphylococcus aureus
Listeria monocytogenes
Patogenicidade
Resistência a antimicrobianos
Tipagem molecular
topic Queijo colonial
Qualidade microbiológica
Staphylococcus aureus
Listeria monocytogenes
Patogenicidade
Resistência a antimicrobianos
Tipagem molecular
Colonial cheese
Spa type
Resistance
Enterotoxins
Staphylococcus aureus
dc.subject.eng.fl_str_mv Colonial cheese
Spa type
Resistance
Enterotoxins
Staphylococcus aureus
description A produção de alimentos inócuos, aptos ao consumo humano, é de extrema importância tanto à saúde pública quanto para atividade econômica. O queijo colonial é tipicamente consumido pela população do Rio Grande do Sul, porém ainda há poucos dados sobre a qualidade microbiológica desse produto. Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram: (i) avaliar a qualidade microbiológica de queijos coloniais comercializados em feiras modelo e mercado público de Porto Alegre; (ii) caracterizar as cepas de Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes presentes neste produto quanto a alguns fatores de patogenicidade, resistência e tipificação genotípica. Para tanto, no período de novembro de 2014 a maio de 2015, foram analisadas 205 amostras de queijo colonial inspecionado, compreendendo 17 marcas distintas comercializadas em feiras modelos e no Mercado Público de Porto Alegre. As análises microbiológicas evidenciaram que 47,31% dos queijos estavam não conformes com pelo menos um dos parâmetros microbiológicos estabelecidos na RDC nº12, portanto impróprios ao consumo humano. Com relação à quantificação de coliformes termotolerantes e Staphylococcus coagulase positiva, 10,73% e 40,48% das amostras apresentaram contagens superiores ao limite máximo estabelecido na legislação, respectivamente. Valores acima do padrão aceitável foram observados em 5,85% dos queijos amostrados para ambos os parâmetros. No que diz respeito à pesquisa de Salmonella sp., todas as amostras apresentaram-se em conformidade. Listeria sp. foi detectado em 12,19% dos queijos, dos quais 24% foram classificados como L. monocytogenes, 52% L. inoccua, 16% L. welshimeri/L. seeligeri e 8% L. grayi.
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-08T02:33:17Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/181013
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001072997
url http://hdl.handle.net/10183/181013
identifier_str_mv 001072997
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181013/1/001072997.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181013/2/001072997.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181013/3/001072997.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv b31854115a79ece7f364e52b6012795d
002d759f7b0ca93125bbe109fe876f22
6a24129ec5655406c71c6390efb78961
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085451903533056