Homens idosos aposentados e suas redes sociais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/10018 |
Resumo: | Parte-se da intersecção entre as questões do trabalho e da aposentadoria para contextualizar a relevância das Redes Sociais antes e depois da aposentadoria. A partir do entendimento de que o aposentado está inserido em redes sociais, constitui e se constitui através destas, busca-se compreender se a lógica do mundo do trabalho atua no universo social de homens aposentados, como esta interfere no uso do seu tempo livre e nas redes sociais, na passagem para a vida do não trabalho. Estudou-se então como se constituíam e se constituem hoje as redes sociais dos participantes da pesquisa, composta pelos seguintes grupos: família, parentes, colegas de trabalho, amigos e vizinhos e outros contatos. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dez (10) homens aposentados, membros da Associação Gaúcha dos Aposentados dos Correios e Telégrafos. Além de informações demográficas e sobre o trabalho utilizou-se o Mapa dos Cinco Campos de Samuelsson para investigar as redes sociais. As informações foram processadas através da Análise de Conteúdo segundo Bardin, utilizando-se do software Qualitative Solutions Research Nvivo 2.0 (Q.S.R. Nvivo 2.0) para categorização. Nos resultados destacam-se: o trabalho como algo positivo, promovendo o amadurecimento da pessoa e mesmo que tomasse tempo não era percebido de modo negativo. A aposentadoria provocou uma adaptação no dia-a-dia, principalmente em função do tempo que era ocupado pelo trabalho O tempo liberado da aposentadoria era muito significativo na manutenção das redes sociais dos participantes da pesquisa. Não há, como mostrado pela teoria do desengajamento, um distanciamento dos grupos dos quais o idoso faz parte e conseqüente isolamento social. Com a aposentadoria o idoso se aproxima dos filhos e netos. Com relação aos parentes ocorre um distanciamento pela posição central que os idosos assumem nas suas famílias, e pela morte dos sogros, irmãos e primos. Com a aposentadoria o contato com os ex-colegas aumenta em número, mas diminui em proximidade, ocorrendo principalmente nas associações de classe. Inversamente, a relação com os amigos se intensifica e aumenta a intimidade. A relação com os vizinhos mantém-se muito semelhante à antes da aposentadoria. Nos outros contatos inseriram-se principalmente contatos com profissionais da área de saúde. Estes dados nos levam a concluir que: os laços dos idosos continuam a se modificar, inclusive aumentando em algumas áreas, que a aposentadoria facilita a aproximação voluntária dos idosos, e que os contatos sociais são afetados particularmente pelas dificuldades físicas que tendem a ocorrer no envelhecimento, e não pelo envelhecimento propriamente dito. |
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Marques, Priscila ZazykiCarlos, Sergio Antonio2007-07-09T15:05:38Z2006http://hdl.handle.net/10183/10018000592494Parte-se da intersecção entre as questões do trabalho e da aposentadoria para contextualizar a relevância das Redes Sociais antes e depois da aposentadoria. A partir do entendimento de que o aposentado está inserido em redes sociais, constitui e se constitui através destas, busca-se compreender se a lógica do mundo do trabalho atua no universo social de homens aposentados, como esta interfere no uso do seu tempo livre e nas redes sociais, na passagem para a vida do não trabalho. Estudou-se então como se constituíam e se constituem hoje as redes sociais dos participantes da pesquisa, composta pelos seguintes grupos: família, parentes, colegas de trabalho, amigos e vizinhos e outros contatos. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dez (10) homens aposentados, membros da Associação Gaúcha dos Aposentados dos Correios e Telégrafos. Além de informações demográficas e sobre o trabalho utilizou-se o Mapa dos Cinco Campos de Samuelsson para investigar as redes sociais. As informações foram processadas através da Análise de Conteúdo segundo Bardin, utilizando-se do software Qualitative Solutions Research Nvivo 2.0 (Q.S.R. Nvivo 2.0) para categorização. Nos resultados destacam-se: o trabalho como algo positivo, promovendo o amadurecimento da pessoa e mesmo que tomasse tempo não era percebido de modo negativo. A aposentadoria provocou uma adaptação no dia-a-dia, principalmente em função do tempo que era ocupado pelo trabalho O tempo liberado da aposentadoria era muito significativo na manutenção das redes sociais dos participantes da pesquisa. Não há, como mostrado pela teoria do desengajamento, um distanciamento dos grupos dos quais o idoso faz parte e conseqüente isolamento social. Com a aposentadoria o idoso se aproxima dos filhos e netos. Com relação aos parentes ocorre um distanciamento pela posição central que os idosos assumem nas suas famílias, e pela morte dos sogros, irmãos e primos. Com a aposentadoria o contato com os ex-colegas aumenta em número, mas diminui em proximidade, ocorrendo principalmente nas associações de classe. Inversamente, a relação com os amigos se intensifica e aumenta a intimidade. A relação com os vizinhos mantém-se muito semelhante à antes da aposentadoria. Nos outros contatos inseriram-se principalmente contatos com profissionais da área de saúde. Estes dados nos levam a concluir que: os laços dos idosos continuam a se modificar, inclusive aumentando em algumas áreas, que a aposentadoria facilita a aproximação voluntária dos idosos, e que os contatos sociais são afetados particularmente pelas dificuldades físicas que tendem a ocorrer no envelhecimento, e não pelo envelhecimento propriamente dito.In this research, the intersection of work and retirement matters is taken to contextualize the relevance of social networks before and after retirement. It is assumed that a retired person participates of social networks, impacts them and is constituted through them. We aim to understand whether the logic of the world of work is valid within the universe of social universe of retired males and how such logic interferes in the use of free time and the organization of social networks in the passage to a life off work. We studied how the social networks – composed of family, relatives, co-workers, friends, neighbors and other contacts – of the subjects of this research had been constituted before and presently. Data collection involved semi-structured interviews with ten (10) retired males, members of the Associação Gaúcha dos Aposentados dos Correios e Telégrafos (a state association of post office retired workers). Besides demographic and work information, the Map of Five Fields by Samuelsson was used to inquire social networks. Information was processed through Content Analysis according to Bardin with the software Q.S.R. Nvivo 2.0 (Qualitative Solutions Research Nvivo 2.0) for categorization. Results pointed out that work was regarded as positive because it promoted maturity; even though it took much of one’s time, it was not perceived as negative. Retirement led to adaptations in daily routine. Free time resulting from retirement proved to be rather significant for the maintenance of social networks of the subjects of this research. There was no distancing from the groups the retirees already joined or consequent social isolation, as described in the Theory of Disengagement. Upon retirement, the elderly came closer to their children and grandchildren. As for relatives, there was some distancing owe to the central role taken up by retirees after the death of parents-in-law, siblings and cousins. After retirement, contacts with former coworkers increased in number but decreased in proximity with labor unions. Inversely, relations with friends were intensified as well as intimacy. Relations with neighbors remained quite the same as before retirement. As for other contacts, those with health care professionals were established. Such data led us to conclude that bonds continue to change and are even strengthened in some areas. Retirement facilitates voluntary proximity of the elderly; and social contacts are affected particularly by physical difficulties (which tend to arise as retirees get old) rather than the aging event itself.application/pdfporHomemEnvelhecimentoAposentadoriaRedes sociaisTrabalhoWorkAgingRetirementSocial networksHomens idosos aposentados e suas redes sociaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000592494.pdf000592494.pdfTexto completoapplication/pdf1382689http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10018/1/000592494.pdf54f7e4e441d2558990bd98468d39304bMD51TEXT000592494.pdf.txt000592494.pdf.txtExtracted Texttext/plain165570http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10018/2/000592494.pdf.txt405117fb138d96ce42fb4af1457c91f1MD52THUMBNAIL000592494.pdf.jpg000592494.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1083http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10018/3/000592494.pdf.jpgad28169ab2a4b3ca44a27daccbbe318aMD5310183/100182018-10-17 09:09:39.483oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10018Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T12:09:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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