Análise da morfologia original do Arroio Dilúvio, município de Porto Alegre - RS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197402 |
Resumo: | A presente pesquisa destina-se a identificar a morfologia original e antropogênica da planície fluvial do Arroio Dilúvio. O arroio possui maior parte de seu curso fluvial no município de Porto Alegre e as áreas de nascentes estão no município vizinho Viamão. Para realizar esta análise foram fundamentais as abordagens oriundas da metodologia da Geomorfologia Antropogênica e da Cartografia Geomorfológica Retrospectiva. A abordagem feita a partir dessas duas linhas de pesquisa foi fundamental, pois parte de pressupostos em que a atuação antrópica sobre os ambientes físicos interfere diretamente nas formas, processos e materiais do relevo terrestre e essas alterações são passíveis de serem representadas e quantificadas com auxílio da cartografia geomorfológica retrospectiva. Entende-se assim morfologia original como aquela que possui poucas alterações significativas em sua estrutura e morfologia antropogênica como a que possui alterações significativas nas suas formas, sem possibilidade de reversão. É possível identificar as morfologias originais e antropogênicas com conhecimento da geologia e geomorfologia da área estudada. A caracterização física da área foi feita com referenciais bibliográficos que ajudaram a compor o cenário ambiental original. Nesta pesquisa, materiais dos tipos cartográficos, topográficos, iconográficos, além de bibliografia específica e ajudaram na composição destes cenários ambientais. Assim, foi possível contextualizar e identificar a história cumulativa das intervenções. Para melhor representar estas alterações foram elaborados três mapas com escala de detalhe, com vistas a mapear a planície fluvial do arroio Dilúvio a partir de três estágios de perturbação seguindo metodologia da Geomorfologia Antropogênica. Os estágios de perturbação são: préperturbação (morfologia original), perturbação ativa e pós perturbação. Foi escolhido o ano de 1772 como ano inicial para as análises. O mapeamento da morfologia original (préperturbação) de 1772, foi possível com o apoio da carta topográfica de 1939, planta da Porto Alegre de 1772 e de bibliografias específicas. A identificação do estágio de perturbação ativa foi representada para o ano de 1956, constando a morfologia da planície fluvial como também as intervenções antrópicas identificadas em fotografias aéreas de 1956. O mapa das intervenções antrópicas na planície fluvial representa o estágio de pós perturbação, tendo sido elaborado a partir de fotografias aéreas do ano de 2010 e do mapa dos padrões e tipos de formas de relevo das autoras Moura e Dias (2009). Foi possível a identificação de feições fluviais típicas do canal fluvial, mesmo esse já sendo canalizado na maior parte de sua extensão. De 1956 a 2010, as intervenções antrópicas foram sendo justificadas ao longo do tempo sob os mais diversos discursos e alterando a configuração da planície fluvial do Arroio Dilúvio. Relatar esta história cumulativa de intervenções e alteração da planície fluvial constitui a base desta pesquisa. |
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Silva, Kátia Maria Pires daMoura, Nina Simone Vilaverde2019-07-26T02:31:12Z2019http://hdl.handle.net/10183/197402001098241A presente pesquisa destina-se a identificar a morfologia original e antropogênica da planície fluvial do Arroio Dilúvio. O arroio possui maior parte de seu curso fluvial no município de Porto Alegre e as áreas de nascentes estão no município vizinho Viamão. Para realizar esta análise foram fundamentais as abordagens oriundas da metodologia da Geomorfologia Antropogênica e da Cartografia Geomorfológica Retrospectiva. A abordagem feita a partir dessas duas linhas de pesquisa foi fundamental, pois parte de pressupostos em que a atuação antrópica sobre os ambientes físicos interfere diretamente nas formas, processos e materiais do relevo terrestre e essas alterações são passíveis de serem representadas e quantificadas com auxílio da cartografia geomorfológica retrospectiva. Entende-se assim morfologia original como aquela que possui poucas alterações significativas em sua estrutura e morfologia antropogênica como a que possui alterações significativas nas suas formas, sem possibilidade de reversão. É possível identificar as morfologias originais e antropogênicas com conhecimento da geologia e geomorfologia da área estudada. A caracterização física da área foi feita com referenciais bibliográficos que ajudaram a compor o cenário ambiental original. Nesta pesquisa, materiais dos tipos cartográficos, topográficos, iconográficos, além de bibliografia específica e ajudaram na composição destes cenários ambientais. Assim, foi possível contextualizar e identificar a história cumulativa das intervenções. Para melhor representar estas alterações foram elaborados três mapas com escala de detalhe, com vistas a mapear a planície fluvial do arroio Dilúvio a partir de três estágios de perturbação seguindo metodologia da Geomorfologia Antropogênica. Os estágios de perturbação são: préperturbação (morfologia original), perturbação ativa e pós perturbação. Foi escolhido o ano de 1772 como ano inicial para as análises. O mapeamento da morfologia original (préperturbação) de 1772, foi possível com o apoio da carta topográfica de 1939, planta da Porto Alegre de 1772 e de bibliografias específicas. A identificação do estágio de perturbação ativa foi representada para o ano de 1956, constando a morfologia da planície fluvial como também as intervenções antrópicas identificadas em fotografias aéreas de 1956. O mapa das intervenções antrópicas na planície fluvial representa o estágio de pós perturbação, tendo sido elaborado a partir de fotografias aéreas do ano de 2010 e do mapa dos padrões e tipos de formas de relevo das autoras Moura e Dias (2009). Foi possível a identificação de feições fluviais típicas do canal fluvial, mesmo esse já sendo canalizado na maior parte de sua extensão. De 1956 a 2010, as intervenções antrópicas foram sendo justificadas ao longo do tempo sob os mais diversos discursos e alterando a configuração da planície fluvial do Arroio Dilúvio. Relatar esta história cumulativa de intervenções e alteração da planície fluvial constitui a base desta pesquisa.The present survey is intended to identify the original and anthropogenic morphology of the fluvial plain of the Dilúvio stream. The stream has most of its river course in the city of Porto Alegre and the areas of springs are in the municipality of Viamão. To perform this analysis it was fundamental the approaches derived from the methodology of Anthropogenic Geomorphology and Retrospective Geomorphological Cartography. The approach perform from these two lines of research was fundamental, because it starts from assumptions where the anthropic action under the physical environments interferes directly in the forms, processes and materials of the terrestrial relief and these alterations can be represented and quantified with the support of the retrospective geomorphological cartography. It is understood, therefore, original morphology as one that has few significant alterations in its structure, and anthropogenic morphology as the one that has significant alterations in its forms and without possibility to revert the forms that they had. It is possible to identify the original and anthropogenic morphologies with knowledge of the geology and geomorphology of the studied area. The physical characterization of the area was done with bibliographical references that assist to compose the original environmental scenario. In this research, cartographic, topographic, specific bibliography and iconographic materials helped in the composition of these environmental scenarios. Thus, it was possible to contextualize and identify the cumulative history of the interventions. To better represent these changes, three maps with detailed scale were elaborated, with a view to map the fluvial plain of the Dilúvio stream from three stages of perturbation following the methodology of Anthropogenic Geomorphology. The stages of disturbance are: the pre-disturbance stage (original morphology), active disturbance and post-disturbance. The year 1772 was chosen as the initial year for the analyzes. The mapping of the original morphology (pre - disturbance) of 1772 was possible with the support of the topographic chart of 1939, the Porto Alegre plant of 1772, and specific bibliographies. The identification of the active disturbance stage was represented for the year 1956, both the fluvial plain morphology and the anthropic interventions identified in aerial photographs of 1956. The map of anthropic interventions in the fluvial plain represents the post-disturbance stage, was elaborated from aerial photographs of the year 2010 and the map of the patterns and types of relief forms of the authors Moura and Dias (2009). It was possible to identify typical fluvial features of the fluvial canal, even this one being channeled for most of its extension. From 1956 to 2010 the anthropic interventions were justified over time under the most diverse discourses and altering the configuration of the fluvial plain of Dilúvio stream. Reporting this cumulative history of interventions and changes in the fluvial plain forms the basis of this research.application/pdfporGeomorfologiaGeografia ambientalCartografia geomorfológicaDilúvio, Arroio (RS)Anthropogenic GeomorphologyRetrospective Geomorphological CartographyAnálise da morfologia original do Arroio Dilúvio, município de Porto Alegre - RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001098241.pdf.txt001098241.pdf.txtExtracted Texttext/plain258668http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197402/2/001098241.pdf.txtcc56907ab30a8a73fa8962ad3cd32ccbMD52ORIGINAL001098241.pdfTexto completoapplication/pdf8579373http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197402/1/001098241.pdf02127ab8af68b4c2cf1d457e42292ad3MD5110183/1974022019-07-27 02:32:10.758916oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197402Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-27T05:32:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A presente pesquisa destina-se a identificar a morfologia original e antropogênica da planície fluvial do Arroio Dilúvio. O arroio possui maior parte de seu curso fluvial no município de Porto Alegre e as áreas de nascentes estão no município vizinho Viamão. Para realizar esta análise foram fundamentais as abordagens oriundas da metodologia da Geomorfologia Antropogênica e da Cartografia Geomorfológica Retrospectiva. A abordagem feita a partir dessas duas linhas de pesquisa foi fundamental, pois parte de pressupostos em que a atuação antrópica sobre os ambientes físicos interfere diretamente nas formas, processos e materiais do relevo terrestre e essas alterações são passíveis de serem representadas e quantificadas com auxílio da cartografia geomorfológica retrospectiva. Entende-se assim morfologia original como aquela que possui poucas alterações significativas em sua estrutura e morfologia antropogênica como a que possui alterações significativas nas suas formas, sem possibilidade de reversão. É possível identificar as morfologias originais e antropogênicas com conhecimento da geologia e geomorfologia da área estudada. A caracterização física da área foi feita com referenciais bibliográficos que ajudaram a compor o cenário ambiental original. Nesta pesquisa, materiais dos tipos cartográficos, topográficos, iconográficos, além de bibliografia específica e ajudaram na composição destes cenários ambientais. Assim, foi possível contextualizar e identificar a história cumulativa das intervenções. Para melhor representar estas alterações foram elaborados três mapas com escala de detalhe, com vistas a mapear a planície fluvial do arroio Dilúvio a partir de três estágios de perturbação seguindo metodologia da Geomorfologia Antropogênica. Os estágios de perturbação são: préperturbação (morfologia original), perturbação ativa e pós perturbação. Foi escolhido o ano de 1772 como ano inicial para as análises. O mapeamento da morfologia original (préperturbação) de 1772, foi possível com o apoio da carta topográfica de 1939, planta da Porto Alegre de 1772 e de bibliografias específicas. A identificação do estágio de perturbação ativa foi representada para o ano de 1956, constando a morfologia da planície fluvial como também as intervenções antrópicas identificadas em fotografias aéreas de 1956. O mapa das intervenções antrópicas na planície fluvial representa o estágio de pós perturbação, tendo sido elaborado a partir de fotografias aéreas do ano de 2010 e do mapa dos padrões e tipos de formas de relevo das autoras Moura e Dias (2009). Foi possível a identificação de feições fluviais típicas do canal fluvial, mesmo esse já sendo canalizado na maior parte de sua extensão. De 1956 a 2010, as intervenções antrópicas foram sendo justificadas ao longo do tempo sob os mais diversos discursos e alterando a configuração da planície fluvial do Arroio Dilúvio. Relatar esta história cumulativa de intervenções e alteração da planície fluvial constitui a base desta pesquisa. |
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