Avaliação da qualidade de vida das mulheres com câncer de mama e a percepção de seus parceiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/8465 |
Resumo: | Objetivos: Avaliar a concordância da percepção da qualidade de vida (QV) entre mulheres com câncer de mama e seus parceiros, e investigar os fatores demográficos e clínicos que interferem na QV destas mulheres. Método: Realizou-se um estudo transversal em mulheres com câncer de mama nos estágios I, II, III, na faixa etária de 18 a 65 anos, com parceiro há pelo menos um ano, coabitando e em condições de compreender os instrumentos, que são autopreenchíveis. As participantes foram selecionadas no Ambulatório do Serviço de Mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram incluídas 73 mulheres e seus respectivos parceiros. O tamanho da amostra foi calculado para comparação entre dois grupos, com nível de significância de 0,05 e poder de 80%. A QV das mulheres foi avaliada através do questionário do World Health Organization Quality of Life, versão Bref (WHOQOL-Bref); a percepção dos parceiros sobre a QV delas, foi medida através do WHOQOL-bref adaptado à terceira pessoa, os sintomas depressivos das pacientes foram avaliados através do Beck Depression Inventory (BDI) e as características demográficas e clínicas, através da ficha demográfica. Análise estatística: Foi utilizado o Programa SPSS, versão 12.0. o teste T de Student para as variáveis independentes, a correlação de Pearson e o modelo de regressão linear múltipla hierárquica. Resultados: A média de idade das mulheres com câncer de mama foi de 47,8 (7,8) anos e o tempo de doença de 3,08(3,2) anos. As variáveis do estudo foram agrupadas em blocos temporalmente relacionadas e realizada regressão linear múltipla hierárquica: bloco 1 (idade e grau de instrução), bloco 2 (estadiamento, tempo de doença, mastectomia e quimioterapia) e bloco 3 (BDI). O ponto de corte do BDI é 10, sendo consideradas deprimidas as mulheres com escore acima. Não houve diferença entre as percepções dos pares em todos os domínios. Entretanto, quando as mulheres estavam deprimidas, os parceiros pontuaram mais alto do que elas os domínios psicológicos e de relações sociais. Conclusões: Os parceiros das mulheres com câncer de mama percebem de forma acurada a QV delas, porém, quando elas estão deprimidas, a percepção difere nos domínios psicológico e de relações sociais. O parceiro pode ser útil como um substituto confiável quando a paciente não puder responder por si. A pior QV esteve associada à presença de mastectomia nos domínios físico e psicológico, e os sintomas depressivos em todos os domínios do WHOQOLBref. A avaliação da QV tem utilidade potencial na prática clínica e parece fundamental que os profissionais da saúde estejam alertas aos sintomas de depressão de suas pacientes, inclusive muitos anos após o diagnóstico de câncer. |
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Rabin, Eliane GoldbergFleck, Marcelo Pio de Almeida2007-06-06T19:16:09Z2006http://hdl.handle.net/10183/8465000576433Objetivos: Avaliar a concordância da percepção da qualidade de vida (QV) entre mulheres com câncer de mama e seus parceiros, e investigar os fatores demográficos e clínicos que interferem na QV destas mulheres. Método: Realizou-se um estudo transversal em mulheres com câncer de mama nos estágios I, II, III, na faixa etária de 18 a 65 anos, com parceiro há pelo menos um ano, coabitando e em condições de compreender os instrumentos, que são autopreenchíveis. As participantes foram selecionadas no Ambulatório do Serviço de Mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram incluídas 73 mulheres e seus respectivos parceiros. O tamanho da amostra foi calculado para comparação entre dois grupos, com nível de significância de 0,05 e poder de 80%. A QV das mulheres foi avaliada através do questionário do World Health Organization Quality of Life, versão Bref (WHOQOL-Bref); a percepção dos parceiros sobre a QV delas, foi medida através do WHOQOL-bref adaptado à terceira pessoa, os sintomas depressivos das pacientes foram avaliados através do Beck Depression Inventory (BDI) e as características demográficas e clínicas, através da ficha demográfica. Análise estatística: Foi utilizado o Programa SPSS, versão 12.0. o teste T de Student para as variáveis independentes, a correlação de Pearson e o modelo de regressão linear múltipla hierárquica. Resultados: A média de idade das mulheres com câncer de mama foi de 47,8 (7,8) anos e o tempo de doença de 3,08(3,2) anos. As variáveis do estudo foram agrupadas em blocos temporalmente relacionadas e realizada regressão linear múltipla hierárquica: bloco 1 (idade e grau de instrução), bloco 2 (estadiamento, tempo de doença, mastectomia e quimioterapia) e bloco 3 (BDI). O ponto de corte do BDI é 10, sendo consideradas deprimidas as mulheres com escore acima. Não houve diferença entre as percepções dos pares em todos os domínios. Entretanto, quando as mulheres estavam deprimidas, os parceiros pontuaram mais alto do que elas os domínios psicológicos e de relações sociais. Conclusões: Os parceiros das mulheres com câncer de mama percebem de forma acurada a QV delas, porém, quando elas estão deprimidas, a percepção difere nos domínios psicológico e de relações sociais. O parceiro pode ser útil como um substituto confiável quando a paciente não puder responder por si. A pior QV esteve associada à presença de mastectomia nos domínios físico e psicológico, e os sintomas depressivos em todos os domínios do WHOQOLBref. A avaliação da QV tem utilidade potencial na prática clínica e parece fundamental que os profissionais da saúde estejam alertas aos sintomas de depressão de suas pacientes, inclusive muitos anos após o diagnóstico de câncer.Objectives: To assess the concurrence in perception of quality of life (QOL) between women with breast cancer and their mates and to invetigate the demografhic and clinical factors interfering in the QOL of these women. Method: A cross-sectional study in women with breast cancer of stages I, II and III, age bracket 18 to 65, with the same mate for at least a year, living together and capable of understanding the self-reporting instruments. Participants were selected at the outpatient breast cancer unit of Hospital de Clínicas de Porto Alegre and comprised 73 women and their respective mates. Sample size was calculated for comparison between two groups, with 0.5 level of significance and 80% power. QOL of these women was evaluated using the World Health Organization Quality of Life Questionnaire, version Bref (WHOQOL-Bref); mate’s perception of their QOL was measured by WHOQOL-Bref adapted to a third person; the depressive symptoms of the patients having been assessed by the Beck Depression Inventory (BDI) and the demographic and clinical characteristics by the demographic record. Statistical analysis: Instruments used were the 12.0, SPSS program, Student’s T test for the independent variables, the Pearson correlation and multiple hierarchic linear regression model. Results: The mean age of women with breast cancer was 47.8 (7.8) years and time of disease 3.08 (3.2) years. Study variables were grouped in time related blocks and muliple hierarchic linear regression carried out: block 1 (age and level of education), block 2 (staging, time of disease, mastectomy and chemotherapy) and block 3 (BDI). BDI’s cutting point is 10, women with a higher score being considered depressed.There was no difference in the partner’s perception in all domains. However, when the women were depressed the mates got higher points in the psychological and social relationship domains. The partner can be usefull as a reliable surrogate whenever the patient is unable to give her own answers. The worst QOL was associated to the presence of mastectomy in the physical and psychological domains, and the depressive symptoms in all domains of the WHOQOL-Bref. The assessment of QOL has a potential use in clinical practice and it seems fundamental that all health professionals be allert to depression symptoms of their patients, even many years after cancer diagnosis.application/pdfporQualidade de vidaNeoplasias da mamaCônjugesQuality of lifeBreast cancerDepressionPartnersAvaliação da qualidade de vida das mulheres com câncer de mama e a percepção de seus parceirosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: PsiquiatriaPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000576433.pdf000576433.pdfTexto completoapplication/pdf276839http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8465/1/000576433.pdfce7c7fb54ad53ffc9ef392826bc819aaMD51TEXT000576433.pdf.txt000576433.pdf.txtExtracted Texttext/plain176971http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8465/2/000576433.pdf.txt3e1fa95fd861fc148e0566f166ed26dbMD52THUMBNAIL000576433.pdf.jpg000576433.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1307http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8465/3/000576433.pdf.jpg4fb51173b93e40c64974d3598afef510MD5310183/84652018-10-05 08:59:49.151oai:www.lume.ufrgs.br:10183/8465Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T11:59:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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