Determinantes estruturais do nível de interação entre universidades e empresas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132313 |
Resumo: | A interação universidade-empresa (IUE) é uma das ferramentas fundamentais para estimular o desenvolvimento social e econômico de um país. De um lado, a possibilidade de interação depende, em primeira instância, da oferta de conhecimento científico e tecnológico existente no contexto da relação. De outro lado, para haver interação de fato, não basta existir uma malha de instituições de ciência e tecnologia (C&T), mas é fundamental que haja, acima de tudo, a necessidade de interação por parte das empresas. É justamente o tamanho das demandas das empresas por conhecimento e tecnologia que irá desenhar os contornos da interação universidade-empresa. Isso posto, este estudo tem como objetivo analisar os elementos estruturais, exógenos e endógenos às firmas, que determinam o nível de interação entre universidades e empresas. Dependendo do setor, do tamanho da firma, dos investimentos em P&D e das capacidades de inovação, isto é, dos determinantes estruturais, espera-se identificar os diferentes níveis de interação entre universidades e empresas. Para alcançar esse objetivo, utilizou dados secundários coletados em uma pesquisa survey, coordenada pelo NITEC (UFRGS), que abrangeu 1.331 empresas dos mais diversos setores industriais, as quais foram classificadas de acordo com o nível de interação: baixo nível de interação e alto nível de interação. Os principais resultados obtidos indicam que, primeiramente, a intensidade tecnológica setorial não é determinante do nível de interação das empresas com as universidades. Em compensação, os determinantes endógenos, como o tamanho da firma, os investimentos em P&D e as capacidades de inovação confirmaram-se como variáveis previsoras significantes do nível de interação. Entre os elementos endógenos, as capacidades de inovação se destacam como variáveis com poder explicativo superior aos outros determinantes que já são amplamente investigados na literatura. Já em relação ao desempenho da firma, somente o registro de patentes e o desempenho econômico encontramse determinados pelo nível de interação. Por fim, essas descobertas em relação aos determinantes do nível de interação e do desempenho da firma comprovam o pressuposto teórico defendido nesse trabalho: o nível tecnológico das empresas é determinante do nível de interação das firmas com as universidades; contudo, são as variáveis internas às firmas, e não as externas, que ditam esse nível. |
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Schaeffer, Paola RückerZawislak, Paulo Antonio2016-01-27T02:49:12Z2015http://hdl.handle.net/10183/132313000983748A interação universidade-empresa (IUE) é uma das ferramentas fundamentais para estimular o desenvolvimento social e econômico de um país. De um lado, a possibilidade de interação depende, em primeira instância, da oferta de conhecimento científico e tecnológico existente no contexto da relação. De outro lado, para haver interação de fato, não basta existir uma malha de instituições de ciência e tecnologia (C&T), mas é fundamental que haja, acima de tudo, a necessidade de interação por parte das empresas. É justamente o tamanho das demandas das empresas por conhecimento e tecnologia que irá desenhar os contornos da interação universidade-empresa. Isso posto, este estudo tem como objetivo analisar os elementos estruturais, exógenos e endógenos às firmas, que determinam o nível de interação entre universidades e empresas. Dependendo do setor, do tamanho da firma, dos investimentos em P&D e das capacidades de inovação, isto é, dos determinantes estruturais, espera-se identificar os diferentes níveis de interação entre universidades e empresas. Para alcançar esse objetivo, utilizou dados secundários coletados em uma pesquisa survey, coordenada pelo NITEC (UFRGS), que abrangeu 1.331 empresas dos mais diversos setores industriais, as quais foram classificadas de acordo com o nível de interação: baixo nível de interação e alto nível de interação. Os principais resultados obtidos indicam que, primeiramente, a intensidade tecnológica setorial não é determinante do nível de interação das empresas com as universidades. Em compensação, os determinantes endógenos, como o tamanho da firma, os investimentos em P&D e as capacidades de inovação confirmaram-se como variáveis previsoras significantes do nível de interação. Entre os elementos endógenos, as capacidades de inovação se destacam como variáveis com poder explicativo superior aos outros determinantes que já são amplamente investigados na literatura. Já em relação ao desempenho da firma, somente o registro de patentes e o desempenho econômico encontramse determinados pelo nível de interação. Por fim, essas descobertas em relação aos determinantes do nível de interação e do desempenho da firma comprovam o pressuposto teórico defendido nesse trabalho: o nível tecnológico das empresas é determinante do nível de interação das firmas com as universidades; contudo, são as variáveis internas às firmas, e não as externas, que ditam esse nível.The university-industry interaction is one of the key tools to stimulate social and economic development of a country. On one side, the possibility of interaction depends, in the first instance, on the offer of scientific and technological knowledge existing in the context of the relationship. On the other hand, to really have interaction, is not enough to just exist a network of science and technology institutions, but it is fundamental to have, above all, the need for interaction by firms. It is precisely the size of the demands of companies by knowledge and technology that will draw the contours of university-industry interaction. That said, this study aims to identify and analyze the structural elements, exogenous and endogenous to firms, that determine the level of interaction between universities and firms. Depending on the sector, firm size, investment in R&D and innovation capabilities, that is, structural determinants, it is expected to identify the different levels of interaction between universities and firms. To achieve this goal, it was used secondary data collected in a survey research coordinated by NITEC (UFRGS), which covered 1,331 companies from various industrial sectors, which were classified according to the level of interaction: low level of interaction and high level of interaction. The main results indicate that, first, the sectoral technological intensity is not determinant of the level of interaction with universities. On the other hand, the endogenous determinants, such as firm size, investment in R&D and innovation capabilities were confirmed as significant predictor variables of the level of interaction. Among the endogenous elements, innovative capabilities stand out as variables with greater explanatory power than other determinants that already are widely investigated in literature. In relation to the firm's performance, only the registration of patents and economic performance are determined by the level of interaction. Finally, these findings about the determinants of the level of interaction and firm performance confirm the theoretical assumption defended in this work: the technological level of the companies is determining of the level of interaction of firms with universities. However, the internal variables of the firms, and not external, are which dictate this level.application/pdfporInteração universidade-empresaInovação tecnológicaUniversity-industry interactionStructural determinantsEmerging countriesDeterminantes estruturais do nível de interação entre universidades e empresasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000983748.pdf000983748.pdfTexto completoapplication/pdf1406299http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132313/1/000983748.pdfd83d9697c0ec8d896c62d9949d167fd2MD51TEXT000983748.pdf.txt000983748.pdf.txtExtracted Texttext/plain250881http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132313/2/000983748.pdf.txtd5b1ed5239af456459b745e8604f09e6MD52THUMBNAIL000983748.pdf.jpg000983748.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1025http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132313/3/000983748.pdf.jpgd57b56dc073f7fc327c805fe503da465MD5310183/1323132018-10-26 09:38:16.828oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132313Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T12:38:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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