Mazurca para dos muertos, la mutilación del universo de España cela contra la guerra sediciosa

• Autor(a) principal: Baladan, Miguel Salvador Lemos
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: spa
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/200654
• topic: Cela, Camilo José, 1916-2002; Materialismo filosófico; Teoria da literatura; Guerra; Lei; Suicídio; Espanha; Materialismo Filosófico; Teoría de la Literatura; Guerra; Guerra Civil; Ley; Suicídio; Sedición

Este trabalho propõe uma análise do romance Mazurca para dois mortos, do escritor espanhol Camilo José Cela, publicado em 1984. Dito estudo está fundamentado sob os pressupostos da Crítica da Razão Literária (2017) de autoria de Jesus G. Maestro, na qual apresenta uma teoria da literatura baseada no Materialismo Filosófico de Gustavo Bueno. Trata-se também de interpretar como a Guerra Civil espanhola se condensa na narrativa e, para tanto, realiza-se um breve cotejo histórico da Espanha no período que envolve o final do século XIX e início do século XX. O texto está organizado em três capítulos. O primeiro, denominado "Apresentação do Materialismo Filosófico como uma teoria literária contemporânea", sintetiza, em linhas gerais, a obra de Jesus G. Maestro e procura familiarizar o leitor com essa teoria. O segundo capítulo, intitulado "O romance, um gênero em fermentação", desenvolve uma análise da narrativa baseado na teoria acima mencionada. Nesta seção é possível apreciar como Mazurca para dois mortos se apresenta dentro do espaço antropológico, ontológico, gnoseológico e estético da literatura. Finalmente, o terceiro "Das mais sangrentas crueldades, as realidades" procura expor, com base em historiadores como Moradiellos (2016) e Vilar (1987), o contexto da Espanha durante a Guerra Civil, contrastando, simultaneamente, alguns fatos históricos com os acontecimentos ficcionais ocorridos no romance. Posteriormente, a partir de pressupostos filosóficos, incursiona-se à procura de conceitos sobre a ideia de guerra, de lei e de suicídio, tentando construir relações de sentido entre a guerra sediciosa e a automutilação sofrida pela Espanha como nação política. Para cumprir estes últimos objetivos, alguns pensadores que guiam a reflexão são Agustín de Hipona (2019), Francisco de Vitoria (1946), Santo Tomás de Aquino (2019), Gustavo Bueno (1999), Platón (2019), Clausewitz (2014), Fernández Tresguerres (2002), Perednik (2005), Florence Gautier (2019), Juan de Mariana (2019), entre outros.