Comportamento de fundações superficiais em solos cimentados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spinelli, Leandro de Freitas
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/220366
Resumo: O presente trabalho consiste no estudo do comportamento de fundações superficiais assentes sobre uma camada de solo arenoso artificialmente cimentado. Em particular, investigou-se o caso de carregamento estático, vertical, concêntrico, em modelo reduzido, visando o entendimento dos fenômenos de interação solo-estrutura. A interpretação dos resultados é feita através de simulações numéricas utilizando a teoria de Mecânica de Fraturas. Na parte experimental, com sapatas apoiadas diretamente sobre areia, observou-se a repetibilidade dos ensaios em câmara de calibração e deformações inelásticas durante a fase do descarregamento nos ciclos. Nos ensaios com solos cimentados sem geossintéticos, notou-se a importância do grau de cirnentação no comportamento da sapata, da densidade da areia subjacente e, de forma menos significativa, do grau de compactação baseado em Proctor Normal e Intermediário. As primeiras trincas foram observadas a pequenos valores de deformações, iniciando sempre por uma fissura de tração no centro da placa. Nos ensaios com geotêxteis, constatouse que o material simplesmente não era solicitado anteriormente à ruptura. Quando o geossintético entrava em carga, o padrão de fissuras se tornava aleatório. Nas simulações numéricas ficou demonstrado que a propagação de fissuras é o fator que controla o comportamento do elemento de fundação. O modelo numérico utilizado e aperfeiçoado no presente trabalho reproduz corretamente efeitos de escala e permite simular os fenômenos de fratura típicos do material. A eficácia de cada parâmetro constitutivo do solo pode ser analisada numericamente, destacando-se a densidade relativa do material de sub-base e do material cimentado, o módulo de elasticidade, a deformação crítica de ruptura e a energia específica de fratura.
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