Evolução paleoambiental da Planície Costeira sulcatarinense (Lagoa do Sombrio) durante o Holoceno, com base em dados palinológicos.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/70405 |
Resumo: | As análises palinológicas constituem uma das ferramentas mais importantes para o estudo de depósitos quaternários, como resultado do excepcional grau de preservação e da relativa abundância dos palinomorfos registrados nos sedimentos e rochas sedimentares, documentando informações regionais e locais a respeito das floras e das condições climáticas passadas. Este trabalho apresenta interpretações dos paleoambientes relacionados à evolução da Lagoa do Sombrio, Planície Costeira Sul do Estado de Santa Catarina, bem a sucessão da vegetacional associada, como reflexos das oscilações do nível do mar. Os dados palinológicos são oriundos de dois testemunhos de sondagem perfurados nas localidades de Santa Rosa do Sul (PCSC-01, 570 cm de profundidade) e São João do Sul (PCSC- 02, 260 cm). Análises complementares foram realizadas, incluindo determinação granulométrica, altimetria, datações radiocarbônicas, reconhecimento de associações fossilíferas calcárias e estudo palinológico de amostras superficiais. Um total de 116 palinomorfos foi reconhecido nos poços, relacionados a esporos e hifas de fungos (21), algas zigmatáceas (5), acritarcos (1), insertae sedis (1), briófitos (2), pteridófitos (15), gimnospermas (2), angiospermas (62), palinoforaminíferos (2), além de outros palinomorfos e fragmentos de invertebrados (5). A análise dos dados apontam três fases paleoambientais distintas. A Fase I - lagunar (7.900 anos AP a 4.200 - 3.800, idades estimadas) representa a influência marinha sob o continente, com posterior rebaixamento do nível do marinho. A Fase II - pântano (3.800 - 2.500 anos AP, idades estimadas) é interpretada como transicional, passando de um ambiente tipicamente lagunar para um pântano salobro, com posterior expansão da floresta. A Fase III- consolidação da floresta (2.500 - presente) representa o desenvolvimento e diversificação da floresta. |
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Cancelli, Rodrigo RodriguesSouza, Paulo Alves de2013-04-19T01:43:07Z2012http://hdl.handle.net/10183/70405000877327As análises palinológicas constituem uma das ferramentas mais importantes para o estudo de depósitos quaternários, como resultado do excepcional grau de preservação e da relativa abundância dos palinomorfos registrados nos sedimentos e rochas sedimentares, documentando informações regionais e locais a respeito das floras e das condições climáticas passadas. Este trabalho apresenta interpretações dos paleoambientes relacionados à evolução da Lagoa do Sombrio, Planície Costeira Sul do Estado de Santa Catarina, bem a sucessão da vegetacional associada, como reflexos das oscilações do nível do mar. Os dados palinológicos são oriundos de dois testemunhos de sondagem perfurados nas localidades de Santa Rosa do Sul (PCSC-01, 570 cm de profundidade) e São João do Sul (PCSC- 02, 260 cm). Análises complementares foram realizadas, incluindo determinação granulométrica, altimetria, datações radiocarbônicas, reconhecimento de associações fossilíferas calcárias e estudo palinológico de amostras superficiais. Um total de 116 palinomorfos foi reconhecido nos poços, relacionados a esporos e hifas de fungos (21), algas zigmatáceas (5), acritarcos (1), insertae sedis (1), briófitos (2), pteridófitos (15), gimnospermas (2), angiospermas (62), palinoforaminíferos (2), além de outros palinomorfos e fragmentos de invertebrados (5). A análise dos dados apontam três fases paleoambientais distintas. A Fase I - lagunar (7.900 anos AP a 4.200 - 3.800, idades estimadas) representa a influência marinha sob o continente, com posterior rebaixamento do nível do marinho. A Fase II - pântano (3.800 - 2.500 anos AP, idades estimadas) é interpretada como transicional, passando de um ambiente tipicamente lagunar para um pântano salobro, com posterior expansão da floresta. A Fase III- consolidação da floresta (2.500 - presente) representa o desenvolvimento e diversificação da floresta.Pollen analysis constitutes one of the most important tool for the study of Quaternary deposits, as a result of the exceptional preservation and relative abundance of palynomorphs recorded in sediments and sedimentary rocks, documenting local and regional information about the flora and climatic changes. This paper presents interpretations of paleoenvironments related to the evolution of the Sombrio Lake, southern Coastal Plain of the Santa Catarina state, as well as the associated vegetation succession, as consequence of fluctuations in sea level. Palynological data are derived from two cores drilled in Santa Rosa do Sul (PCSC-01, 570 cm of depth) and São João do Sul (PCSC-02, 260 cm). Complementary analyzes include granulometry determination, altimetry, radiocarbonic datings, recognition of calcareous fossil associations, and study of palynomorphs from surface samples. A total of 116 palynomorphs was recognized, related to spores and hyphae of fungi (21), zignematacean algae (5), acritarchs (1), insertae sedis elements (1), bryophytes (2) and pteridophytes (15) spores, gymnosperms (2) and angiosperms (62) pollen grains, palinoforaminifer linings (2), and other palynomorphs and invertebrate fragments (5). Analysis of the data showed three distinct palaeoenvironmental phases. Phase I- lagoonal (7,900 yrs BP to 4,200-3,800, estimated ages) represents the marine influence on the continent, with subsequent decrease of the sea level. Phase II- swamp (3,800-2,500 yrs BP, estimated ages) is interpreted as transitional, from an environment typically brackish lagoon to a swamp, with subsequent expansion of the forest. Phase III- consolidation of the forest (2,500 - present) represents the evolution and diversification of the forest.application/pdfporHolocenoPlanície costeiraPalinologiaSombrio, Lagoa do (SC)HoloceneCoastal plainPalynologySombrio lakeEvolução paleoambiental da Planície Costeira sulcatarinense (Lagoa do Sombrio) durante o Holoceno, com base em dados palinológicos.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2012doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000877327.pdf000877327.pdfTexto completoapplication/pdf9254479http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70405/1/000877327.pdfa2afc8208d207839e60c88e8c37f7366MD51TEXT000877327.pdf.txt000877327.pdf.txtExtracted Texttext/plain383057http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70405/2/000877327.pdf.txtaad5713fb8c3c0f4d126dc41a37f3b5bMD52THUMBNAIL000877327.pdf.jpg000877327.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1147http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70405/3/000877327.pdf.jpg1a0d71bebe1a7703bca9f24668d250ddMD5310183/704052018-10-15 09:20:27.164oai:www.lume.ufrgs.br:10183/70405Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T12:20:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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