O Jornalismo ambiental: três perspectivas em cinco décadas de especialização no Brasil megadiverso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/214035 |
Resumo: | Esta tese objetiva identificar as perspectivas dominantes na cobertura especializada dos temas ambientais no Brasil nas últimas cinco décadas. O jornalismo ambiental é compreendido como um campo (BORDIEU, 2004) formado por sujeitos ecológicos (CARVALHO, 2002) que surge no processo de ambientalização (LOPES J., 2006; ACSELRAD, 2010) de uma sociedade de risco (BECK, 2011) no país com a maior megadiversidade do planeta (MITTERMEIER, 1997). A coleta de dados foi feita em bibliografia, documentos e entrevistas por questionário enviado por e-mail para oito jornalistas de referência no país; já a metodologia de tratamento dos dados foi a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016; HERSCOVITZ, 2010) orientada pela Teoria do Enquadramento (GOFFMAN, 2012; ENTMAN, 1993; SÁDABA, 2007). O corpus de análise é composto pelas autodescrições de 33 serviços jornalísticos em atividade, as respostas do questionário com dez perguntas abertas sobre aspectos da profissão e o conteúdo de cinco reportagens indicadas pelos participantes da pesquisa. Após discussão teórica sobre o Jornalismo em geral e o jornalismo ambiental (BUENO, 2007; GIRARDI, 2012; GAVIRATI, 2013; FERNÁNDEZ-REIS, 2003) em particular, e análise dos materiais coletados, uma periodização e uma tipologia são propostas. A pesquisa sugere que o jornalismo ambiental brasileiro já passou por três períodos: o da conquista da credibilidade (anos 1970 e 1980), o das soluções sustentáveis (anos 1990 e 2000) e o do engajamento multimídia (anos 2010 em diante). Nesses três momentos históricos demarcados pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e por um processo de mudança estrutural da profissão (PEREIRA; ADGHIRNI, 2011), três tipos de perspectivas foram identificados: um jornalismo ambiental de perspectiva científica, um jornalismo ambiental de perspectiva econômica e um jornalismo ambiental de perspectiva cidadã. |
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Belmonte, Roberto VillarGirardi, Ilza Maria Tourinho2020-10-08T04:01:42Z2020http://hdl.handle.net/10183/214035001118487Esta tese objetiva identificar as perspectivas dominantes na cobertura especializada dos temas ambientais no Brasil nas últimas cinco décadas. O jornalismo ambiental é compreendido como um campo (BORDIEU, 2004) formado por sujeitos ecológicos (CARVALHO, 2002) que surge no processo de ambientalização (LOPES J., 2006; ACSELRAD, 2010) de uma sociedade de risco (BECK, 2011) no país com a maior megadiversidade do planeta (MITTERMEIER, 1997). A coleta de dados foi feita em bibliografia, documentos e entrevistas por questionário enviado por e-mail para oito jornalistas de referência no país; já a metodologia de tratamento dos dados foi a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016; HERSCOVITZ, 2010) orientada pela Teoria do Enquadramento (GOFFMAN, 2012; ENTMAN, 1993; SÁDABA, 2007). O corpus de análise é composto pelas autodescrições de 33 serviços jornalísticos em atividade, as respostas do questionário com dez perguntas abertas sobre aspectos da profissão e o conteúdo de cinco reportagens indicadas pelos participantes da pesquisa. Após discussão teórica sobre o Jornalismo em geral e o jornalismo ambiental (BUENO, 2007; GIRARDI, 2012; GAVIRATI, 2013; FERNÁNDEZ-REIS, 2003) em particular, e análise dos materiais coletados, uma periodização e uma tipologia são propostas. A pesquisa sugere que o jornalismo ambiental brasileiro já passou por três períodos: o da conquista da credibilidade (anos 1970 e 1980), o das soluções sustentáveis (anos 1990 e 2000) e o do engajamento multimídia (anos 2010 em diante). Nesses três momentos históricos demarcados pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e por um processo de mudança estrutural da profissão (PEREIRA; ADGHIRNI, 2011), três tipos de perspectivas foram identificados: um jornalismo ambiental de perspectiva científica, um jornalismo ambiental de perspectiva econômica e um jornalismo ambiental de perspectiva cidadã.This doctoral research aims to identify the dominant perspectives in the specialized coverage of environmental issues in Brazil in the last five decades. Environmental journalism is understood as a field (BORDIEU, 2004) formed by ecological subjects (CARVALHO, 2002) that appears in the process of environmentalization (LOPES J., 2006; ACSELRAD, 2010) of a risk society (BECK, 2011) in the country with the largest megadiversity on the planet (MITTERMEIER, 1997). Data collection was carried out in bibliography, documents and interviews through a questionnaire sent by e-mail to eight leading journalists in the country; the data treatment methodology was Content Analysis (BARDIN, 2016; HERSCOVITZ, 2010) guided by the Framing Theory (GOFFMAN, 2012; ENTMAN, 1993; SÁDABA, 2007). The analysis corpus consists of the self-descriptions of 33 active journalistic services, the answers to the questionnaire with ten open questions about aspects of the profession and the content of five reports indicated by the research participants. A periodization and typology are proposed after theoretical discussion on Journalism in general and environmental journalism (BUENO, 2007; GIRARDI, 2012; GAVIRATI, 2013; FERNÁNDEZ-REIS, 2003) in particular, and analysis of the collected materials. The research suggests that there are three historical periods in Brazilian environmental journalism.: gaining credibility (1970s and 1980s), sustainable solutions (1990s and 2000s) and multimedia engagement (since 2010s). In these three historical moments marked by the United Nations Conference on Environment and Development and by a process of structural change in the profession (PEREIRA; ADGHIRNI, 2011), three types of perspectives were identified: environmental journalism from a scientific perspective, environmental journalism from economic perspective and environmental journalism from a citizen perspective.application/pdfporJornalismo ambientalTeoria da comunicaçãoSociologia ambientalEnvironmental journalismSpecialized journalismEnvironmental sociologyMegadiversityFrame analysisO Jornalismo ambiental: três perspectivas em cinco décadas de especialização no Brasil megadiversoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001118487.pdf.txt001118487.pdf.txtExtracted Texttext/plain726557http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/214035/2/001118487.pdf.txtb37e288e557afccda839a70eb0eb6719MD52ORIGINAL001118487.pdfTexto completoapplication/pdf3395026http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/214035/1/001118487.pdfe02a1ebc9f9a063cec5f7605e39f1b7eMD5110183/2140352022-02-22 05:11:37.793604oai:www.lume.ufrgs.br:10183/214035Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T08:11:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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