Origens do Bairro Restinga, entre versões, a inversão do olhar sobre a memória : uma história autocentrada no discurso do sujeito subalterno sobre o processo de ocupação da comunidade entre 1967 – 1971
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/212730 |
Resumo: | Esta dissertação pretende perceber a origem do Bairro Restinga entre 1967 a 1971, sob a leitura das relações de poder nos discursos presentes no tempo dos acontecimentos, frente à outra narrativa discursiva a da memória de parte dos moradores que viveram a origem do bairro e o fim das “Vilas de Malocas” em Porto Alegre. Apresenta a narativa que sustentou a construção de um “Outro” inimigo para Estado, combatido em política sistemática de guerra – Necropolítica - levados compulsóriamente a um descampado distante 22km do centro, sem condições estruturais necessárias para o existir – Restinga. Para confinar esse sujeito, negado em seu direito à cidade sob controle local e de circulação, a Restinga figurou como um “campo de concentração”, em sua origem, produziu gueto de confinamento ocupado por sujeitos que carregam consigo a menor parcela de resistência - o existir - que em coletivo produziu a colaboração mutua necessária para consolidação do maior território periférico de maioria negra de Porto Alegre. Em uma complexa hitória de migração compulsória e de migração expontânea para compra da casa próproa o povo desse lugar compõe um coral de vozes que conta sua versão sobre os acontecimentos. As ações do poder que encontra as dinâmicas de resistência local com a apropiação da população de estratégias de luta para conquista de estruturas e melhorias para o Bairro que rendeu ampla cobertura de escolas, postos de saúde, saneamento básico, hospital, IFRS Campus Restinga e espaços culturais. Mais que uma comunidade periférica, essa população construiu um jeito próprio de proposição política de luta pela sua comunidade. A negação do sujeito “Restingueiro – Restinguense” produziu a reação de resistência e a ressignificação do espaço/território sob o sentimento de pertencimento coletivo. |
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Araujo, Neila Prestes deMacedo, José Rivair2020-08-07T03:37:05Z2019http://hdl.handle.net/10183/212730001114234Esta dissertação pretende perceber a origem do Bairro Restinga entre 1967 a 1971, sob a leitura das relações de poder nos discursos presentes no tempo dos acontecimentos, frente à outra narrativa discursiva a da memória de parte dos moradores que viveram a origem do bairro e o fim das “Vilas de Malocas” em Porto Alegre. Apresenta a narativa que sustentou a construção de um “Outro” inimigo para Estado, combatido em política sistemática de guerra – Necropolítica - levados compulsóriamente a um descampado distante 22km do centro, sem condições estruturais necessárias para o existir – Restinga. Para confinar esse sujeito, negado em seu direito à cidade sob controle local e de circulação, a Restinga figurou como um “campo de concentração”, em sua origem, produziu gueto de confinamento ocupado por sujeitos que carregam consigo a menor parcela de resistência - o existir - que em coletivo produziu a colaboração mutua necessária para consolidação do maior território periférico de maioria negra de Porto Alegre. Em uma complexa hitória de migração compulsória e de migração expontânea para compra da casa próproa o povo desse lugar compõe um coral de vozes que conta sua versão sobre os acontecimentos. As ações do poder que encontra as dinâmicas de resistência local com a apropiação da população de estratégias de luta para conquista de estruturas e melhorias para o Bairro que rendeu ampla cobertura de escolas, postos de saúde, saneamento básico, hospital, IFRS Campus Restinga e espaços culturais. Mais que uma comunidade periférica, essa população construiu um jeito próprio de proposição política de luta pela sua comunidade. A negação do sujeito “Restingueiro – Restinguense” produziu a reação de resistência e a ressignificação do espaço/território sob o sentimento de pertencimento coletivo.This dissertation intends to understand the origin of the Restinga Neighborhood from 1967 to 1971, under the reading of the power relations in the discourses present at the time of the events, in front of another discursive narrative that of the memory of part of the residents who lived the origin of the neighborhood and the end. “Villas de Malocas” in Porto Alegre. It presents the narrative that sustained the construction of an “Other” enemy for the state, fought in a systematic war politics - Necropolitics - compulsorily driven to a deserted distant 22km from the center, without structural conditions necessary to exist - Restinga. To confine this subject, denied in his right to the city under local and circulation control, Restinga figured as a “concentration camp” in its origin, produced a confinement ghetto occupied by subjects who carry the least amount of resistance - the existence - which collectively produced the mutual collaboration needed to consolidate the largest black majority peripheral territory of Porto Alegre. In a complex story of compulsory migration and spontaneous migration to buy their own house, the people of this place compose a choir of voices that tells their version of the events. The actions of the power that meets the dynamics of local resistance with the population's appropriation of fight strategies to conquer structures and improvements for the neighborhood that yielded wide coverage of schools, health posts, basic sanitation, hospital, IFRS Restinga Campus and spaces. cultural More than a peripheral community, this population builds its own form of political proposition to fight for its community. The denial of the subject “Restingueiro - Restinguense” produced the reaction of resistance and the resignification of space / territory under the feeling of collective belonging.application/pdfporHistória urbanaPeriferiaResistênciaRelações de poderPorto Alegre (RS)Restinga (Porto Alegre, RS)Urban historyPeriphery and resistanceSocial hygienePower relationsOrigens do Bairro Restinga, entre versões, a inversão do olhar sobre a memória : uma história autocentrada no discurso do sujeito subalterno sobre o processo de ocupação da comunidade entre 1967 – 1971info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001114234.pdf.txt001114234.pdf.txtExtracted Texttext/plain697503http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212730/2/001114234.pdf.txtf439f64d0a1b5b7572ec26540956358fMD52ORIGINAL001114234.pdfTexto completoapplication/pdf19791232http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212730/1/001114234.pdf440000678f90fa27a629d4caa1fc3e20MD5110183/2127302024-01-18 04:22:36.054448oai:www.lume.ufrgs.br:10183/212730Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-01-18T06:22:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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