Qualidade de vida e mecanismos de defesa em pacientes femininas com fibromialgia com ou sem depressão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/14063 |
Resumo: | OBJETIVOS Este estudo tem dois objetivos: 1) verificar a freqüência de depressão em pacientes femininas com fibromialgia; 2) comparar as pacientes com fibromialgia com ou sem depressão para verificar se diferem no uso de seus mecanismos de defesa e qualidade de vida. MÉTODOS Oitenta e seis pacientes femininas com fibromialgia foram avaliadas psiquiatricamente. O diagnóstico psiquiátrico foi feito por meio de entrevistas clínicas e confirmado pelo MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview), uma entrevista psiquiátrica estruturada. O uso dos mecanismos de defesa foi avaliado pelo DSQ-40 (Defense Style Questionnaire), um questionário autoaplicável com 40 questões. A qualidade de vida foi avaliada pelo WHOQOL – Bref (World Health Organization Quality of Life Instrument – Short Version), também auto-aplicável, composto por 26 questões, dividido em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e ambiental. A gravidade da depressão foi verificada pelo BDI (Beck Depression Inventory), um teste com 21 itens de múltipla escolha. Todos os instrumentos utilizados já se encontram validados para o português brasileiro. RESULTADOS Sessenta e duas pacientes (72,1%) tinham depressão atual (Depressão Maior ou Distimia), com qualidade de vida pior do que aquelas sem depressão (p<0,008). Quanto mais grave foi a depressão, avaliada pelo BDI, pior foi avaliada a qualidade de vida em todos os domínios (p<0,001). As pacientes com depressão usaram mais mecanismos de defesa imaturos, menos mecanismos maduros (p<0,001) e eram mais jovens, quando comparadas com aquelas sem depressão (46,06 anos, DP ± 10,03 vs. 52,29 ± 11,23, t= 2,09, p= 0,039). Entretanto, na regressão logística controlada para a idade, todos os domínios da qualidade de vida e os escores de defesas maduras e imaturas permaneceram associados à presença de depressão. CONCLUSÕES Neste estudo, a alta freqüência de depressão em pacientes com fibromialgia corrobora os dados da literatura científica internacional, em seus limites superiores. A presença de depressão está associada a pior qualidade de vida e maior uso de mecanismos de defesa mal-adaptativos. Esses resultados sugerem que a depressão, quando presente, deve ser tratada vigorosamente para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia. |
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Aguiar, Rogerio Wolf deManfro, Gisele Gus2008-09-26T04:13:20Z2008http://hdl.handle.net/10183/14063000657787OBJETIVOS Este estudo tem dois objetivos: 1) verificar a freqüência de depressão em pacientes femininas com fibromialgia; 2) comparar as pacientes com fibromialgia com ou sem depressão para verificar se diferem no uso de seus mecanismos de defesa e qualidade de vida. MÉTODOS Oitenta e seis pacientes femininas com fibromialgia foram avaliadas psiquiatricamente. O diagnóstico psiquiátrico foi feito por meio de entrevistas clínicas e confirmado pelo MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview), uma entrevista psiquiátrica estruturada. O uso dos mecanismos de defesa foi avaliado pelo DSQ-40 (Defense Style Questionnaire), um questionário autoaplicável com 40 questões. A qualidade de vida foi avaliada pelo WHOQOL – Bref (World Health Organization Quality of Life Instrument – Short Version), também auto-aplicável, composto por 26 questões, dividido em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e ambiental. A gravidade da depressão foi verificada pelo BDI (Beck Depression Inventory), um teste com 21 itens de múltipla escolha. Todos os instrumentos utilizados já se encontram validados para o português brasileiro. RESULTADOS Sessenta e duas pacientes (72,1%) tinham depressão atual (Depressão Maior ou Distimia), com qualidade de vida pior do que aquelas sem depressão (p<0,008). Quanto mais grave foi a depressão, avaliada pelo BDI, pior foi avaliada a qualidade de vida em todos os domínios (p<0,001). As pacientes com depressão usaram mais mecanismos de defesa imaturos, menos mecanismos maduros (p<0,001) e eram mais jovens, quando comparadas com aquelas sem depressão (46,06 anos, DP ± 10,03 vs. 52,29 ± 11,23, t= 2,09, p= 0,039). Entretanto, na regressão logística controlada para a idade, todos os domínios da qualidade de vida e os escores de defesas maduras e imaturas permaneceram associados à presença de depressão. CONCLUSÕES Neste estudo, a alta freqüência de depressão em pacientes com fibromialgia corrobora os dados da literatura científica internacional, em seus limites superiores. A presença de depressão está associada a pior qualidade de vida e maior uso de mecanismos de defesa mal-adaptativos. Esses resultados sugerem que a depressão, quando presente, deve ser tratada vigorosamente para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia.OBJECTIVE This study has two aims: 1) to verify how frequent depression among female patients with fibromyalgia is; 2) to compare the female patients with fibromyalgia with and without depression in order to verify whether their defense mechanisms and quality of life differ. METHODS Eighty-six female patients with fibromyalgia were assessed. The psychiatric diagnosis was conducted through clinical interviews and confirmed by MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview), a structured psychiatric interview. The use of defense mechanisms was evaluated through the self-applied means DSQ- 40 (Defense Style Questionnaire). Quality of life was evaluated by WHOQOL – Brief (World Health Organization Quality of Life Instrument – Short Version), also self-applied, composed by 26 questions, divided in four domains: physical, psychological, social relations and environment. The level of depression was attained through BDI (Beck Depression Inventory), a 21-multiple choice test. All instruments employed have been previously validated to Brazilian Portuguese. RESULTS Sixty-two patients (72.1%) presented current depression (Major Depression or Dysthymia). The quality of life of these patients was worse than of the patients without current depression (p<0.008). The graver the depression, which was evaluated by BDI, the worse the quality of life was in all domains (p<0.001). The depressed patients employed more immature defense mechanisms and a lesser number of mature mechanisms (p<0.001), and they were younger when compared to the ones who were not depressed (46.06 years old, DP ± 10.03 vs. 52.29 ± 11.23, t = 2.09, p = 0.039). The controlled logistic regression for age was used in this study and all domains of the quality of life and the scores of mature and immature defenses remained associated to the presence of depression. CONCLUSIONS In this study, the high occurrence of depression in patients with fibromyalgia corroborates the data available in international scientific literature, though, in its higher limits. The presence of depression is associated to a worse quality of life and to a greater use of defense mechanisms which are maladapted. These results suggest that depression should be treated vigorously in order to improve the quality of life of patients with fibromyalgia.application/pdfporQualidade de vidaDepressãoFibromialgiaFibromyalgiaQuality of lifeDefense mechanismsChronic painQualidade de vida e mecanismos de defesa em pacientes femininas com fibromialgia com ou sem depressãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: PsiquiatriaPorto Alegre, BR-RS2008mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000657787.pdf000657787.pdfTexto completoapplication/pdf612396http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14063/1/000657787.pdf60b87e35835483be51fb7126670af3b9MD51TEXT000657787.pdf.txt000657787.pdf.txtExtracted Texttext/plain136217http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14063/2/000657787.pdf.txt781ec3002247878cb84f2ad9edd20456MD52THUMBNAIL000657787.pdf.jpg000657787.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1256http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14063/3/000657787.pdf.jpge6d725fed64278dbf1d28b074fa6feb1MD5310183/140632018-10-17 09:26:40.125oai:www.lume.ufrgs.br:10183/14063Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T12:26:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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