A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/25195 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo analisar as abordagens interpretativa e processual dos Estudos Organizacionais, expressas nas obras de seus principais autores – Karl Weick e Robert Cooper, discutindo sua relação com a filosofia do processo de Henri Bergson. Esta análise é executada no intuito de que, em se verificando uma aproximação entre estas abordagens e a filosofia bergsoniana – seus conceitos pilares e o método intuitivo – seja possível vislumbrar uma teoria do conhecimento em base processual, uma “epistemologia do processo”. A motivação para realização deste estudo deu-se por duas principais razões. A primeira é decorrente do meu próprio estranhamento e interesse, seguido de questionamentos que me levaram ao aprofundamento nas propostas destas abordagens e nas leituras dos seus principais autores. A segunda é que, em executando esta aproximação com a filosofia de Bergson e vislumbrando uma teoria do conhecimento em base processual, a negligência com que estas abordagens são tratadas dentro da área dos Estudos Organizacionais dominantes (mainstream) seja diminuída. A referência utilizada para a execução do trabalho dirigiu-se, em função da sua própria natureza, para a hermenêutica – mais especificamente para a hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer, que permite uma interpretação geradora de conhecimento político-moral engajado e preocupado. Por fim, o trabalho apresenta as considerações e os resultados da análise das abordagens processuais à luz da filosofia de Bergson, verificando que, embora estas abordagens entendam a realidade como processual, elas carecem de alinhamento ontológico e epistemológico com a filosofia do processo bergsoniana. Entretanto, ao entender e compreender a realidade sob a ótica do processo, denotando uma axiologia processual, ambas as abordagens abrem possibilidades interessantes para o reposicionamento das Teorias Organizacionais. Estas possibilidades permitirão discutir a falácia da centralidade, armadilha positiva e funcional que os Estudos Organizacionais são tentados a assumir quando entendem o processo e o movimento não como algo natural e constante, mas como exceção e hiato. |
id |
URGS_f243045dad8158cb81311912573b12b1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25195 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Horbach, Gustavo BastideMisoczky, Maria Ceci Araujo2010-08-24T04:18:24Z2010http://hdl.handle.net/10183/25195000752586O presente estudo tem como objetivo analisar as abordagens interpretativa e processual dos Estudos Organizacionais, expressas nas obras de seus principais autores – Karl Weick e Robert Cooper, discutindo sua relação com a filosofia do processo de Henri Bergson. Esta análise é executada no intuito de que, em se verificando uma aproximação entre estas abordagens e a filosofia bergsoniana – seus conceitos pilares e o método intuitivo – seja possível vislumbrar uma teoria do conhecimento em base processual, uma “epistemologia do processo”. A motivação para realização deste estudo deu-se por duas principais razões. A primeira é decorrente do meu próprio estranhamento e interesse, seguido de questionamentos que me levaram ao aprofundamento nas propostas destas abordagens e nas leituras dos seus principais autores. A segunda é que, em executando esta aproximação com a filosofia de Bergson e vislumbrando uma teoria do conhecimento em base processual, a negligência com que estas abordagens são tratadas dentro da área dos Estudos Organizacionais dominantes (mainstream) seja diminuída. A referência utilizada para a execução do trabalho dirigiu-se, em função da sua própria natureza, para a hermenêutica – mais especificamente para a hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer, que permite uma interpretação geradora de conhecimento político-moral engajado e preocupado. Por fim, o trabalho apresenta as considerações e os resultados da análise das abordagens processuais à luz da filosofia de Bergson, verificando que, embora estas abordagens entendam a realidade como processual, elas carecem de alinhamento ontológico e epistemológico com a filosofia do processo bergsoniana. Entretanto, ao entender e compreender a realidade sob a ótica do processo, denotando uma axiologia processual, ambas as abordagens abrem possibilidades interessantes para o reposicionamento das Teorias Organizacionais. Estas possibilidades permitirão discutir a falácia da centralidade, armadilha positiva e funcional que os Estudos Organizacionais são tentados a assumir quando entendem o processo e o movimento não como algo natural e constante, mas como exceção e hiato.This study aims to analyze the processual and interpretative approach of Organisational Studies, expressed in the writings of its main authors - Karl Weick and Robert Cooper, discussing its relationship to the process philosophy of Henri Bergson. This analysis is performed in order that, in noting a connection between these approaches and Bergson’s philosophy - his core concepts and the intuitive method - it is possible to envision a theory of knowledge on a processual basis, an "epistemology of the process." The motivation for this study had two main reasons. The first is due to my own amazement, followed by questions that led me to go deeper on the proposals of these approaches and readings of its main authors. The second is that in executing this approach with the philosophy of Bergson, and overlooking a theory of knowledge on a processual basis, the neglect that these approaches are treated within the area of Organisational Studies (mainstream) could be decreased. The reference used for the execution of the study was, on according to its own nature, the hermeneutics – specifically the hermeneutical philosophy of Hans-Georg Gadamer, which allows the generation of a moral-political knowledge, engaged and positioned (Schwandt , 2003). Finally, the study presents the findings of the analysis of the processual approach to the philosophy of Bergson, noting that although these approaches understand reality as process, they lack ontological and epistemological alignment with the process philosophy of Bergson. However, in understanding and comprehending the reality from a process perspective, denoting an axiology of process, both approaches open up exciting and interesting possibilities for the repositioning of Organisational Theories. These possibilities will discuss the fallacy of centrality, the positive and functional trap that Organisational Studies are tempted to fall when understanding the process and the movement as something not natural and not constant, but as exception and hiatus.application/pdfporEstudos organizacionaisAbordagem processualOrganisational studiesProcessual approachKarl WeickRobert CooperProcess philosophyHenri BergsonA evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000752586.pdf000752586.pdfTexto completoapplication/pdf710640http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25195/1/000752586.pdf56cec24559e6fa429a400dd0cb141bc7MD51TEXT000752586.pdf.txt000752586.pdf.txtExtracted Texttext/plain260363http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25195/2/000752586.pdf.txt55f5315511738355797a320735a25658MD52THUMBNAIL000752586.pdf.jpg000752586.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1048http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25195/3/000752586.pdf.jpge13bfb443935a723464393dfb44bc443MD5310183/251952018-10-18 07:34:53.101oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25195Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:34:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
title |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
spellingShingle |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? Horbach, Gustavo Bastide Estudos organizacionais Abordagem processual Organisational studies Processual approach Karl Weick Robert Cooper Process philosophy Henri Bergson |
title_short |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
title_full |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
title_fullStr |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
title_full_unstemmed |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
title_sort |
A evolução criadora de Bergson : fundamentos da abordagem processual das organizações? |
author |
Horbach, Gustavo Bastide |
author_facet |
Horbach, Gustavo Bastide |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Horbach, Gustavo Bastide |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Misoczky, Maria Ceci Araujo |
contributor_str_mv |
Misoczky, Maria Ceci Araujo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estudos organizacionais Abordagem processual |
topic |
Estudos organizacionais Abordagem processual Organisational studies Processual approach Karl Weick Robert Cooper Process philosophy Henri Bergson |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Organisational studies Processual approach Karl Weick Robert Cooper Process philosophy Henri Bergson |
description |
O presente estudo tem como objetivo analisar as abordagens interpretativa e processual dos Estudos Organizacionais, expressas nas obras de seus principais autores – Karl Weick e Robert Cooper, discutindo sua relação com a filosofia do processo de Henri Bergson. Esta análise é executada no intuito de que, em se verificando uma aproximação entre estas abordagens e a filosofia bergsoniana – seus conceitos pilares e o método intuitivo – seja possível vislumbrar uma teoria do conhecimento em base processual, uma “epistemologia do processo”. A motivação para realização deste estudo deu-se por duas principais razões. A primeira é decorrente do meu próprio estranhamento e interesse, seguido de questionamentos que me levaram ao aprofundamento nas propostas destas abordagens e nas leituras dos seus principais autores. A segunda é que, em executando esta aproximação com a filosofia de Bergson e vislumbrando uma teoria do conhecimento em base processual, a negligência com que estas abordagens são tratadas dentro da área dos Estudos Organizacionais dominantes (mainstream) seja diminuída. A referência utilizada para a execução do trabalho dirigiu-se, em função da sua própria natureza, para a hermenêutica – mais especificamente para a hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer, que permite uma interpretação geradora de conhecimento político-moral engajado e preocupado. Por fim, o trabalho apresenta as considerações e os resultados da análise das abordagens processuais à luz da filosofia de Bergson, verificando que, embora estas abordagens entendam a realidade como processual, elas carecem de alinhamento ontológico e epistemológico com a filosofia do processo bergsoniana. Entretanto, ao entender e compreender a realidade sob a ótica do processo, denotando uma axiologia processual, ambas as abordagens abrem possibilidades interessantes para o reposicionamento das Teorias Organizacionais. Estas possibilidades permitirão discutir a falácia da centralidade, armadilha positiva e funcional que os Estudos Organizacionais são tentados a assumir quando entendem o processo e o movimento não como algo natural e constante, mas como exceção e hiato. |
publishDate |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2010-08-24T04:18:24Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/25195 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000752586 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/25195 |
identifier_str_mv |
000752586 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25195/1/000752586.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25195/2/000752586.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25195/3/000752586.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
56cec24559e6fa429a400dd0cb141bc7 55f5315511738355797a320735a25658 e13bfb443935a723464393dfb44bc443 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085180600221696 |