Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/139211 |
Resumo: | Introdução: Pacientes com doença renal crônica terminal (DRCT) em hemodiálise (HD) apresentam alterações na estrutura e função musculares, tendo redução da capacidade física e funcional. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento muscular respiratório (TMR) e periférico (TMP) intradialítico sobre parâmetros funcionais, eficiência da HD, estado inflamatório e qualidade de vida (QV) de pacientes com DRCT. Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado que incluiu 39 pacientes com DRCT em HD, divididos em três grupos: treinamento muscular respiratório (TMR, n= 11), periférico (TMP, n=14) e controle sem treinamento (C, n=14). Foram aplicados treinamentos de força durante a sessão de HD, por um período de 10 semanas, e feitas medidas no período basal e 70 dias de pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão expiratória máxima (PEmáx), capacidade vital forçada (CVF), teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), Kt/Vsp, parâmetros bioquímicos e estado inflamatório (PCRus). A variação (delta, Δ) das variáveis medidas foi calculada por Análise de Covariância (ANCOVA). Resultados: A média de idade foi 48,3±12 anos, e as medianas de tempo em HD foram 60 meses no grupo TMR e 54 meses nos grupo TMP e C (p=0,757). O ΔPImáx e o ΔPEmáx foram significativamente maiores nos grupos TMR (22,5±3,2 e 10,8±6,6 cmH2O) e TMP (9,1±2,9 e 9±3 cmH2O) em relação aos controles (-4,9±2,8 e -15,6±5,9 cmH2O); ΔPImáx: TMR e TMP vs. C, p<0,001 e ΔPEmáx: TMR vs. C, p=0,014 e TMP vs. C, p=0,09. O Δ da distância percorrida no TC6M também foi significativamente maior nos grupos TMR e TMP (65,5±9 e 30,8±8 metros) comparado ao C (-0,5±8,1 metros), p<0,001. Apesar das taxas de remoção de uréia, creatinina, fósforo e potássio terem aumentado após os treinamentos, os valores de 9 Kt/V não se modificaram. A PCR reduziu somente nos grupos TMR e TMP. Houve um aumento significativo dos escores de qualidade de vida nos grupos de treinamento (vs. C) nos domínios energia/fadiga (p=0,002), sono (p<0,001), dor (p<0,001) e lista de sintomas/problemas (p=0,014). Conclusões: O TMR e TMP aplicados por curto período durante a hemodiálise aumentaram significativamente a capacidade funcional destes pacientes, sendo o efeito do treinamento respiratório de maior magnitude que do periférico. O treinamento muscular não teve impacto sobre a eficiência da HD, e apesar de alguns marcadores bioquímicos e de inflamação terem melhorado, uma relação direta de causa e efeito não pode ser determinada pelo presente estudo. |
id |
URGS_f458a968c4d4e613cd4057d9e0f35e9b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/139211 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Pellizzaro, Cíntia OliveiraVeronese, Francisco José VeríssimoThomé, Fernando Saldanha2016-04-19T02:09:11Z2011http://hdl.handle.net/10183/139211000786361Introdução: Pacientes com doença renal crônica terminal (DRCT) em hemodiálise (HD) apresentam alterações na estrutura e função musculares, tendo redução da capacidade física e funcional. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento muscular respiratório (TMR) e periférico (TMP) intradialítico sobre parâmetros funcionais, eficiência da HD, estado inflamatório e qualidade de vida (QV) de pacientes com DRCT. Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado que incluiu 39 pacientes com DRCT em HD, divididos em três grupos: treinamento muscular respiratório (TMR, n= 11), periférico (TMP, n=14) e controle sem treinamento (C, n=14). Foram aplicados treinamentos de força durante a sessão de HD, por um período de 10 semanas, e feitas medidas no período basal e 70 dias de pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão expiratória máxima (PEmáx), capacidade vital forçada (CVF), teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), Kt/Vsp, parâmetros bioquímicos e estado inflamatório (PCRus). A variação (delta, Δ) das variáveis medidas foi calculada por Análise de Covariância (ANCOVA). Resultados: A média de idade foi 48,3±12 anos, e as medianas de tempo em HD foram 60 meses no grupo TMR e 54 meses nos grupo TMP e C (p=0,757). O ΔPImáx e o ΔPEmáx foram significativamente maiores nos grupos TMR (22,5±3,2 e 10,8±6,6 cmH2O) e TMP (9,1±2,9 e 9±3 cmH2O) em relação aos controles (-4,9±2,8 e -15,6±5,9 cmH2O); ΔPImáx: TMR e TMP vs. C, p<0,001 e ΔPEmáx: TMR vs. C, p=0,014 e TMP vs. C, p=0,09. O Δ da distância percorrida no TC6M também foi significativamente maior nos grupos TMR e TMP (65,5±9 e 30,8±8 metros) comparado ao C (-0,5±8,1 metros), p<0,001. Apesar das taxas de remoção de uréia, creatinina, fósforo e potássio terem aumentado após os treinamentos, os valores de 9 Kt/V não se modificaram. A PCR reduziu somente nos grupos TMR e TMP. Houve um aumento significativo dos escores de qualidade de vida nos grupos de treinamento (vs. C) nos domínios energia/fadiga (p=0,002), sono (p<0,001), dor (p<0,001) e lista de sintomas/problemas (p=0,014). Conclusões: O TMR e TMP aplicados por curto período durante a hemodiálise aumentaram significativamente a capacidade funcional destes pacientes, sendo o efeito do treinamento respiratório de maior magnitude que do periférico. O treinamento muscular não teve impacto sobre a eficiência da HD, e apesar de alguns marcadores bioquímicos e de inflamação terem melhorado, uma relação direta de causa e efeito não pode ser determinada pelo presente estudo.application/pdfporExercícioDiálise renalFalência renal crônicaEfeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000786361.pdf000786361.pdfTexto completoapplication/pdf963404http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139211/1/000786361.pdf62a31b6596bc53a769c49dcfe8ea00c2MD51TEXT000786361.pdf.txt000786361.pdf.txtExtracted Texttext/plain154876http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139211/2/000786361.pdf.txt6075d0899bd7063cca8ad72d03fc54afMD52THUMBNAIL000786361.pdf.jpg000786361.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1345http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139211/3/000786361.pdf.jpg0dfe3ed0a1dbed4b7b1422fe9f942726MD5310183/1392112018-10-25 09:08:49.015oai:www.lume.ufrgs.br:10183/139211Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-25T12:08:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
title |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
spellingShingle |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal Pellizzaro, Cíntia Oliveira Exercício Diálise renal Falência renal crônica |
title_short |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
title_full |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
title_fullStr |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
title_full_unstemmed |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
title_sort |
Efeito do treinamento muscular respiratório e periférico intradialítico na capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica terminal |
author |
Pellizzaro, Cíntia Oliveira |
author_facet |
Pellizzaro, Cíntia Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pellizzaro, Cíntia Oliveira |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Veronese, Francisco José Veríssimo |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Thomé, Fernando Saldanha |
contributor_str_mv |
Veronese, Francisco José Veríssimo Thomé, Fernando Saldanha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Exercício Diálise renal Falência renal crônica |
topic |
Exercício Diálise renal Falência renal crônica |
description |
Introdução: Pacientes com doença renal crônica terminal (DRCT) em hemodiálise (HD) apresentam alterações na estrutura e função musculares, tendo redução da capacidade física e funcional. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento muscular respiratório (TMR) e periférico (TMP) intradialítico sobre parâmetros funcionais, eficiência da HD, estado inflamatório e qualidade de vida (QV) de pacientes com DRCT. Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado que incluiu 39 pacientes com DRCT em HD, divididos em três grupos: treinamento muscular respiratório (TMR, n= 11), periférico (TMP, n=14) e controle sem treinamento (C, n=14). Foram aplicados treinamentos de força durante a sessão de HD, por um período de 10 semanas, e feitas medidas no período basal e 70 dias de pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão expiratória máxima (PEmáx), capacidade vital forçada (CVF), teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), Kt/Vsp, parâmetros bioquímicos e estado inflamatório (PCRus). A variação (delta, Δ) das variáveis medidas foi calculada por Análise de Covariância (ANCOVA). Resultados: A média de idade foi 48,3±12 anos, e as medianas de tempo em HD foram 60 meses no grupo TMR e 54 meses nos grupo TMP e C (p=0,757). O ΔPImáx e o ΔPEmáx foram significativamente maiores nos grupos TMR (22,5±3,2 e 10,8±6,6 cmH2O) e TMP (9,1±2,9 e 9±3 cmH2O) em relação aos controles (-4,9±2,8 e -15,6±5,9 cmH2O); ΔPImáx: TMR e TMP vs. C, p<0,001 e ΔPEmáx: TMR vs. C, p=0,014 e TMP vs. C, p=0,09. O Δ da distância percorrida no TC6M também foi significativamente maior nos grupos TMR e TMP (65,5±9 e 30,8±8 metros) comparado ao C (-0,5±8,1 metros), p<0,001. Apesar das taxas de remoção de uréia, creatinina, fósforo e potássio terem aumentado após os treinamentos, os valores de 9 Kt/V não se modificaram. A PCR reduziu somente nos grupos TMR e TMP. Houve um aumento significativo dos escores de qualidade de vida nos grupos de treinamento (vs. C) nos domínios energia/fadiga (p=0,002), sono (p<0,001), dor (p<0,001) e lista de sintomas/problemas (p=0,014). Conclusões: O TMR e TMP aplicados por curto período durante a hemodiálise aumentaram significativamente a capacidade funcional destes pacientes, sendo o efeito do treinamento respiratório de maior magnitude que do periférico. O treinamento muscular não teve impacto sobre a eficiência da HD, e apesar de alguns marcadores bioquímicos e de inflamação terem melhorado, uma relação direta de causa e efeito não pode ser determinada pelo presente estudo. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-04-19T02:09:11Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/139211 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000786361 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/139211 |
identifier_str_mv |
000786361 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139211/1/000786361.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139211/2/000786361.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139211/3/000786361.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
62a31b6596bc53a769c49dcfe8ea00c2 6075d0899bd7063cca8ad72d03fc54af 0dfe3ed0a1dbed4b7b1422fe9f942726 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1800309083037761536 |