Utilização do resíduo moído de mexilhão dourado (Limnoperna fortunei Dunker, 1857) como corretivo da acidez do solo e fonte de nutrientes para as plantas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Daniela Bueno Piaz
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/17698
Resumo: O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei Dunker, 1857) foi trazido ao sudeste do Brasil pela água de lastro de navios asiáticos. Este molusco de água doce apresenta alta taxa reprodutiva e boa capacidade de fixação em diversos substratos. A formação de grandes colônias, devido à ausência de predadores naturais no novo ambiente, tem causado inúmeros prejuízos econômicos e danos ambientais. Para avaliar a utilização agrícola do resíduo moído de mexilhão dourado foram conduzidos dois estudos em vasos, mantidos em área aberta. No primeiro estudo, a capacidade de correção da acidez do solo deste resíduo foi avaliada em um solo ácido (Argissolo Vermelho distrófico típico), de 2005 a 2009. As colônias de mexilhão foram secas, moídas e peneiradas em peneira com 2,0 mm de diâmetro de orifícios, e aplicadas em diferentes doses no solo. A capacidade corretiva da acidez do solo, determinada aos dois anos após a aplicação dos tratamentos, foi equivalente a 60% da determinada com a adição de calcário (PRNT 100%). No segundo estudo, o fornecimento de nitrogênio e fósforo para as plantas de milho pela adição do resíduo foi avaliado em três experimentos, em comparação às curvas de absorção de fertilizantes minerais, nos anos de 2007 e 2008, em um solo ácido de baixa fertilidade (Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico arênico). O resíduo moído de mexilhão dourado forneceu para as plantas o equivalente às doses de 24 kg de N ha-¹ e de 21 kg de P2O5 ha-¹, apresentando eficiências relativas de 31 e 66% para os suprimentos de N e P às plantas, respectivamente. Portanto, a utilização agrícola do resíduo deste bioinvasor foi eficiente para a correção da acidez do solo e para o suprimento de parte dos nutrientes necessários às plantas.
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spelling Barbosa, Daniela Bueno PiazTedesco, Marino Jose2009-11-18T04:15:15Z2009http://hdl.handle.net/10183/17698000722937O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei Dunker, 1857) foi trazido ao sudeste do Brasil pela água de lastro de navios asiáticos. Este molusco de água doce apresenta alta taxa reprodutiva e boa capacidade de fixação em diversos substratos. A formação de grandes colônias, devido à ausência de predadores naturais no novo ambiente, tem causado inúmeros prejuízos econômicos e danos ambientais. Para avaliar a utilização agrícola do resíduo moído de mexilhão dourado foram conduzidos dois estudos em vasos, mantidos em área aberta. No primeiro estudo, a capacidade de correção da acidez do solo deste resíduo foi avaliada em um solo ácido (Argissolo Vermelho distrófico típico), de 2005 a 2009. As colônias de mexilhão foram secas, moídas e peneiradas em peneira com 2,0 mm de diâmetro de orifícios, e aplicadas em diferentes doses no solo. A capacidade corretiva da acidez do solo, determinada aos dois anos após a aplicação dos tratamentos, foi equivalente a 60% da determinada com a adição de calcário (PRNT 100%). No segundo estudo, o fornecimento de nitrogênio e fósforo para as plantas de milho pela adição do resíduo foi avaliado em três experimentos, em comparação às curvas de absorção de fertilizantes minerais, nos anos de 2007 e 2008, em um solo ácido de baixa fertilidade (Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico arênico). O resíduo moído de mexilhão dourado forneceu para as plantas o equivalente às doses de 24 kg de N ha-¹ e de 21 kg de P2O5 ha-¹, apresentando eficiências relativas de 31 e 66% para os suprimentos de N e P às plantas, respectivamente. Portanto, a utilização agrícola do resíduo deste bioinvasor foi eficiente para a correção da acidez do solo e para o suprimento de parte dos nutrientes necessários às plantas.The golden mussel (Limnoperna fortunei Dunker, 1857) was brought to southern Brazil in the ships' ballast water from Asia. This fresh water mollusc presents a high reproductive rate and good fixation capacity on several surfaces. Since there are not natural predators on this new environment, it can grow into large colonies, with economic losses and environmental damage. In order to determine the potential use of its dried and grinded colonies in agriculture, two studies were conducted in pot experiments, maintained in an open area. On the first study, its soil acidity neutralizing capacity was evaluated with an acid soil (Typic Paleudult) from 2005 to 2009. The mussel's material was grinded to pass a 2.00 mm holes diameter sieve, and applied at several rates into the soil. At two years reaction time, its acid neutralizing capacity was determined as 60% equivalent to that observed for lime with 100% neutralizing value. On the second study, the residue's capacity to supply nitrogen and phosphorus to corn plants was evaluated on three experiments, in comparison to standard mineral fertilizers absorption curves, in the years 2007 and 2008, on an acidic low fertility soil (Sandy Paleudult). The residue was able to provide 24 kg ha-¹ N and 21 kg ha-¹ P2O5 to the plants, showing a relative efficiency of 31 and 66% for the release of its N and P contents, respectively. Therefore, the agricultural use of this bioinvasor was effective for soil acidity neutralization and to supply part of the nutrients required by plants.application/pdfporManejo do soloAcidez do soloCorretivoUtilização do resíduo moído de mexilhão dourado (Limnoperna fortunei Dunker, 1857) como corretivo da acidez do solo e fonte de nutrientes para as plantasThe use of golden mussel (Limnoperna fortunei Dunker, 1857) ground residue as a soil acidity neutralizing material and plant nutrient source info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em Ciência do SoloPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000722937.pdf000722937.pdfTexto completoapplication/pdf4925133http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17698/1/000722937.pdfc6d62ffe96f2878a96cfdd9d19719889MD51TEXT000722937.pdf.txt000722937.pdf.txtExtracted Texttext/plain172004http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17698/2/000722937.pdf.txtec2429e43aef1dd70ef1b4599dde1775MD52THUMBNAIL000722937.pdf.jpg000722937.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1088http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17698/3/000722937.pdf.jpg14a1dc7d2f9d5b528d828ea60c4e53f0MD5310183/176982018-10-18 07:29:03.858oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17698Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:29:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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