Viticultores/as do sul, canavieiros/as do nordeste : construções autofotográficas dos/as trabalhadores/as estudantes pensadores/as do desenvolvimento local
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/49356 |
Resumo: | A pesquisa buscou compreender se e como os trabalhadores/as estudantes se percebem como protagonistas do desenvolvimento de seu município. O estudo teve como cenários o município de Bento Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Sul e o município de Areia, no Estado da Paraíba. Fizeram parte da pesquisa treze jovens e adultos, com idades entre 19 e 36 anos. O primeiro grupo ligado ao plantio e a colheita da uva e outras atividades da viticultura; e o segundo ligado ao plantio e colheita da cana-de-açúcar e à produção de aguardente e rapadura, atividades de importância econômica para as regiões onde se encontram. A metodologia utilizada foi a autofotografia, através da qual os participantes produziram suas próprias fotografias acompanhadas de legendas em resposta a questão que norteou a pesquisa: você é um/uma construtor/a do desenvolvimento local (do seu município)? O estudo confirmou o trabalho como convergência entre os participantes da pesquisa, concebido como meio para a concretização dos seus diretos. As respostas tiveram como categoria central o trabalho, através do qual os participantes se reconheceram como protagonistas do desenvolvimento de seu município. As categorias da pesquisa: o trabalho, os saberes, a relação com a família e com a escola e questões que envolvem o trabalho do/no campo, tais como a migração do jovem e o envelhecimento dos que lá permanecem, estiveram presentes nas autofografias. A pesquisa colocou em evidência não só o olhar dos trabalhadores/as estudantes, mas o diálogo estabelecido a partir da produção fotográfica. O posicionamento desse sujeito partiu da relação com o seu cotidiano, expondo o seu entendimento sobre sua participação na construção do desenvolvimento local, a partir do seu olhar e das suas escolhas. As produções autofotográficas mostraram o momento vivido, fazendo com que o trabalhador se percebesse como parte do processo de criação, expondo o seu campo do saber. As autofotografias foram construídas a partir das concepções e interesses dos trabalhadores que, ao longo da historia recente, foram deixados à margem da discussão sobre o processo de desenvolvimento. Partirmos do pressuposto de que o trabalhador/a estudante constitui-se um intelectual que elabora seu posicionamento a partir de sua história e das contradições sociais existentes no mundo do trabalho. Acreditamos que a construção de um projeto de desenvolvimento socialmente justo precisa ser discutida e realizada com a participação do trabalhador, a qual entendemos como um direito que poderá ser concretizado a partir de uma democracia participativa. |
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França, Damiana de Matos CostaFranzoi, Naira Lisboa2012-06-02T01:34:19Z2012http://hdl.handle.net/10183/49356000836298A pesquisa buscou compreender se e como os trabalhadores/as estudantes se percebem como protagonistas do desenvolvimento de seu município. O estudo teve como cenários o município de Bento Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Sul e o município de Areia, no Estado da Paraíba. Fizeram parte da pesquisa treze jovens e adultos, com idades entre 19 e 36 anos. O primeiro grupo ligado ao plantio e a colheita da uva e outras atividades da viticultura; e o segundo ligado ao plantio e colheita da cana-de-açúcar e à produção de aguardente e rapadura, atividades de importância econômica para as regiões onde se encontram. A metodologia utilizada foi a autofotografia, através da qual os participantes produziram suas próprias fotografias acompanhadas de legendas em resposta a questão que norteou a pesquisa: você é um/uma construtor/a do desenvolvimento local (do seu município)? O estudo confirmou o trabalho como convergência entre os participantes da pesquisa, concebido como meio para a concretização dos seus diretos. As respostas tiveram como categoria central o trabalho, através do qual os participantes se reconheceram como protagonistas do desenvolvimento de seu município. As categorias da pesquisa: o trabalho, os saberes, a relação com a família e com a escola e questões que envolvem o trabalho do/no campo, tais como a migração do jovem e o envelhecimento dos que lá permanecem, estiveram presentes nas autofografias. A pesquisa colocou em evidência não só o olhar dos trabalhadores/as estudantes, mas o diálogo estabelecido a partir da produção fotográfica. O posicionamento desse sujeito partiu da relação com o seu cotidiano, expondo o seu entendimento sobre sua participação na construção do desenvolvimento local, a partir do seu olhar e das suas escolhas. As produções autofotográficas mostraram o momento vivido, fazendo com que o trabalhador se percebesse como parte do processo de criação, expondo o seu campo do saber. As autofotografias foram construídas a partir das concepções e interesses dos trabalhadores que, ao longo da historia recente, foram deixados à margem da discussão sobre o processo de desenvolvimento. Partirmos do pressuposto de que o trabalhador/a estudante constitui-se um intelectual que elabora seu posicionamento a partir de sua história e das contradições sociais existentes no mundo do trabalho. Acreditamos que a construção de um projeto de desenvolvimento socialmente justo precisa ser discutida e realizada com a participação do trabalhador, a qual entendemos como um direito que poderá ser concretizado a partir de uma democracia participativa.La investigación buscó comprender si y cómo los empleados / estudiantes se perciben como los protagonistas del desarrollo de su municipio. Los escenarios del estudio son los municipios de Bento Gonçalves, en Río Grande do Sul y de Areia, en el Estado de Paraíba. El presente estudio incluyó trece adultos y jóvenes, con edades comprendidas entre 19 y 36 años. El primer grupo vinculado a la siembra y la cosecha de las uvas y de otras actividades relacionadas con la vid, y la segunda en la siembra y la cosecha de caña de azúcar y la producción de rapadura y del aguardiente, actividades de importancia económica para las regiones donde se encuentran. La metodología utilizada fue autofotografia, a través de la cual los participantes elaboraron sus propias fotografías acompañadas de subtítulos en respuesta a una pregunta que orientó la investigación: Tú eres un constructor del desarrollo local (de tu ciudad)? El estudio confirmó el trabajo como una convergencia entre los participantes de la investigación, diseñada como un medio para el logro de sus derechos. Las respuestas tuvieron como categoría central el trabajo, a través del cual los participantes se reconocieron como líderes en el desarrollo de su municipio. Las categorías de investigación: trabajo, conocimiento, relaciones con la familia y con la escuela y temas relacionados con el trabajo del campo y en el campo, tales como la migración y el envejecimiento de los jóvenes que permanecen allí, estuvieron presentes en las autofografias. La investigación ha puesto de manifiesto no sólo el aspecto de los trabajadores / estudiantes, pero el diálogo establecido a partir de la producción fotográfica. El posicionamiento de este sujeto partió de la relación con su vida cotidiana, exponiendo su compresión acerca de su participación en la construcción del desarrollo local, a partir de su mirada y de sus opciones. Las producciones autofotográficas muestran el momento vivido, haciendo que el trabajador se perciba como parte del proceso de creación, exponiendo su campo de conocimiento. Las autofotografias fueron construidas a partir de las opiniones e intereses de los trabajadores que, a lo largo de la historia reciente, se quedaron fuera de la discusión del proceso de desarrollo. Suponemos que el trabajador / estudiante constituye un trabajo intelectual que elabora su posicionamiento a partir de su historia y de las contradicciones sociales en el mundo del trabajo. Creemos que la construcción de un proyecto de desarrollo socialmente justo tiene que ser discutidas e implementadas con la participación de los trabajadores, que entendemos como un derecho que puede llevarse a cabo a través de una democracia participativa.application/pdfporEstudanteTrabalhoDesenvolvimento localFotografiaRelação de conhecimentoLos estudiantes que trabajanEl desarrollo localAutofotografiaConocimientoViticultores/as do sul, canavieiros/as do nordeste : construções autofotográficas dos/as trabalhadores/as estudantes pensadores/as do desenvolvimento localinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000836298.pdf000836298.pdfTexto completoapplication/pdf19310159http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49356/1/000836298.pdfa8d868ceef6496f8201b9f8213da1572MD51TEXT000836298.pdf.txt000836298.pdf.txtExtracted Texttext/plain448864http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49356/2/000836298.pdf.txtdb74b3982dec02b199c146ffb53fbdcdMD52THUMBNAIL000836298.pdf.jpg000836298.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1086http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49356/3/000836298.pdf.jpgd9b849994548e6dcc23a1c7b96bbc8e8MD5310183/493562018-10-08 08:43:31.984oai:www.lume.ufrgs.br:10183/49356Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-08T11:43:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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