Efeito agudo do exercício isométrico com handgrip sobre a variabilidade da pressão arterial em hipertensos : um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bertoletti, Otavio Azevedo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218966
Resumo: Introdução: A variabilidade da pressão arterial (PA) sistêmica, caracterizada por flutuações na PA, tem sido considerada preditora de doenças cardiovasculares e de mortalidade. Seu uso vem sendo preconizado como indicador coadjuvante no tratamento da hipertensão. Dentre as medidas não-farmacológicas recomendadas na prevenção e tratamento da hipertensão está o exercício físico. O efeito do treinamento com exercício isométrico de baixa intensidade vem ganhando foco recentemente dado o seu potencial na redução da PA. Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos de uma sessão aguda de exercício isométrico realizado com handgrip nos parâmetros de variabilidade da PA em indivíduos hipertensos. Objetivo: o objetivo geral desta tese foi avaliar o efeito agudo de uma única sessão de exercício isométrico realizado com handgrip em parâmetros de variabilidade da PA sistêmica em indivíduos hipertensos. O objetivo do artigo 1 foi avaliar primariamente a variabilidade da PA sistólica e diastólica de curto e muito curto prazos e, secundariamente, os valores médios de PA sistólica e diastólica. Além disso, avaliar a segurança dessa modalidade de exercício. O objetivo do artigo 2 foi avaliar a sensibilidade barorreflexa (BRS) espontânea durante e após sessão única de exercício isométrico com handgrip. Método: indivíduos hipertensos entre 30 e 75 anos, de ambos os sexos, em uso de até 2 remédios para controlar a PA, fisicamente inativos (<150min atividade física por semana) foram randomicamente alocados para grupo exercício (4 X 2 min de exercício isométrico unilateral com handgrip a 30% da contração voluntária máxima (CVM), com 1 min de repouso entre as séries) ou grupo sham (protocolo idêntico ao do grupo exercício, porém com carga de 0,1kgf, correspondendo a uma intensidade média de 0,3 10 % da CVM). PA sistólica e diastólica foram avaliadas batimento-a-batimento em laboratório antes, durante e após a intervenção e também por monitorização ambulatorial de 24h antes e após a intervenção. A variabilidade da PA sistólica e diastólica foi calculada através da variabilidade real média (VRM) e do desvio-padrão (DP). A atividade barorreflexa foi acessada por meio da divisão do DP do intervalo R-R pelo DP da PA sistólica (BRS-DP). As bandas de frequência baixa (LF) e alta (HF) foram normalizadas (nu) e determinadas por análise espectral de potência da pressão arterial sistólica. Resultados: Foram randomizados e completaram a intervenção 72 hipertensos fisicamente inativos, 36 em cada grupo, 51% mulheres, com idade média de 56,7 ± 10,4 anos. Nas análises dos dados obtidos em laboratório, cinco participantes foram excluídos (dois do grupo exercício e três do grupo sham) em função de apresentarem arritmias e/ou excesso de artefatos ou ectopias durante o registro contínuo da pressão arterial. No primeiro artigo, foi observado efeito de interação grupo vs tempo na variabilidade da PA obtida em laboratório, expressas na VRM sistólica (P<0,036) e diastólica (P<0,001), DP sistólica e diastólica (P<0,001), e nos valores médios de PA sistólica e diastólica (P<0,001). Durante a intervenção, a PA sistólica elevou-se significativamente nos grupos exercício e sham (165,4 ± 4,5 EP vs 152,4 ± 3,5 EP mmHg, P=0,022) respectivamente, assim como a PA diastólica também se elevou (104,0 ± 2,5 EP vs 90,5 ± 1,7 EP mmHg, P<0,001), respectivamente. Não foi observado efeito entre os grupos (P>0,05) na variabilidade da PA sistólica e diastólica (VRM e DP) durante a monitorização ambulatorial de 24h. No segundo artigo, identificamos que o exercício isométrico com handgrip promoveu uma alteração significativa na BRS-DP, evidenciado pelo efeito de interação (P<0,001) grupo vs tempo encontrado. Durante a 11 realização do exercício houve uma redução média de -5,1 ms/mmHg (IC95%: -7,4 a -2,7) na BRS-DP no grupo exercício, comparado com -2,3 ms/mmHg (IC95%: -2,4 a 1,93) no grupo sham. No período de recuperação, os valores médios da BRS aos 10 min estavam -2,1 ms/mmHg (IC95%: -4,2 a -0,1) abaixo do repouso (P=0,028) no grupo exercício e, ao final, retornaram próximos aos identificados na linha de base. Não houve alteração no grupo sham (P>0,05) entre os diferentes momentos avaliados. Não foi observado efeito de interação (P=0,22) na potência LFnu, porém parece ter havido uma tendência ao aumento após a intervenção. Houve efeito de interação na potência HFnu (P<0,01) e na razão LF/HF (P<0,04). O balanço LF/HF elevou-se (P<0,05) no período de recuperação, porém com pequena magnitude. Conclusões: uma única sessão de exercício isométrico com handgrip realizada por indivíduos hipertensos eleva significativamente a PA sistólica, diastólica e respectivas variabilidades de muito curto prazo durante o exercício, mas dentro de patamares seguros para a saúde. Não foi evidenciado benefício agudo desse exercício na variabilidade da PA de curto prazo, tampouco na PA sistólica e diastólica pós-exercício. Entretanto, observou-se uma tendência de redução da PA nos primeiros minutos pós-exercício, principalmente na PA sistólica. Também identificaram-se alterações significativas na BRS arterial espontânea e no balanço simpatovagal, mas sem evidências de melhora aguda. A importante atenuação da resposta e modulação simpatovagal observada neste estudo pode estar associada ao grau de comprometimento do sistema autonômico cardiovascular decorrente da hipertensão.
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Objetivo: o objetivo geral desta tese foi avaliar o efeito agudo de uma única sessão de exercício isométrico realizado com handgrip em parâmetros de variabilidade da PA sistêmica em indivíduos hipertensos. O objetivo do artigo 1 foi avaliar primariamente a variabilidade da PA sistólica e diastólica de curto e muito curto prazos e, secundariamente, os valores médios de PA sistólica e diastólica. Além disso, avaliar a segurança dessa modalidade de exercício. O objetivo do artigo 2 foi avaliar a sensibilidade barorreflexa (BRS) espontânea durante e após sessão única de exercício isométrico com handgrip. Método: indivíduos hipertensos entre 30 e 75 anos, de ambos os sexos, em uso de até 2 remédios para controlar a PA, fisicamente inativos (<150min atividade física por semana) foram randomicamente alocados para grupo exercício (4 X 2 min de exercício isométrico unilateral com handgrip a 30% da contração voluntária máxima (CVM), com 1 min de repouso entre as séries) ou grupo sham (protocolo idêntico ao do grupo exercício, porém com carga de 0,1kgf, correspondendo a uma intensidade média de 0,3 10 % da CVM). PA sistólica e diastólica foram avaliadas batimento-a-batimento em laboratório antes, durante e após a intervenção e também por monitorização ambulatorial de 24h antes e após a intervenção. A variabilidade da PA sistólica e diastólica foi calculada através da variabilidade real média (VRM) e do desvio-padrão (DP). A atividade barorreflexa foi acessada por meio da divisão do DP do intervalo R-R pelo DP da PA sistólica (BRS-DP). 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O objetivo do artigo 1 foi avaliar primariamente a variabilidade da PA sistólica e diastólica de curto e muito curto prazos e, secundariamente, os valores médios de PA sistólica e diastólica. Além disso, avaliar a segurança dessa modalidade de exercício. O objetivo do artigo 2 foi avaliar a sensibilidade barorreflexa (BRS) espontânea durante e após sessão única de exercício isométrico com handgrip. Método: indivíduos hipertensos entre 30 e 75 anos, de ambos os sexos, em uso de até 2 remédios para controlar a PA, fisicamente inativos (<150min atividade física por semana) foram randomicamente alocados para grupo exercício (4 X 2 min de exercício isométrico unilateral com handgrip a 30% da contração voluntária máxima (CVM), com 1 min de repouso entre as séries) ou grupo sham (protocolo idêntico ao do grupo exercício, porém com carga de 0,1kgf, correspondendo a uma intensidade média de 0,3 10 % da CVM). 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No primeiro artigo, foi observado efeito de interação grupo vs tempo na variabilidade da PA obtida em laboratório, expressas na VRM sistólica (P<0,036) e diastólica (P<0,001), DP sistólica e diastólica (P<0,001), e nos valores médios de PA sistólica e diastólica (P<0,001). Durante a intervenção, a PA sistólica elevou-se significativamente nos grupos exercício e sham (165,4 ± 4,5 EP vs 152,4 ± 3,5 EP mmHg, P=0,022) respectivamente, assim como a PA diastólica também se elevou (104,0 ± 2,5 EP vs 90,5 ± 1,7 EP mmHg, P<0,001), respectivamente. Não foi observado efeito entre os grupos (P>0,05) na variabilidade da PA sistólica e diastólica (VRM e DP) durante a monitorização ambulatorial de 24h. No segundo artigo, identificamos que o exercício isométrico com handgrip promoveu uma alteração significativa na BRS-DP, evidenciado pelo efeito de interação (P<0,001) grupo vs tempo encontrado. Durante a 11 realização do exercício houve uma redução média de -5,1 ms/mmHg (IC95%: -7,4 a -2,7) na BRS-DP no grupo exercício, comparado com -2,3 ms/mmHg (IC95%: -2,4 a 1,93) no grupo sham. No período de recuperação, os valores médios da BRS aos 10 min estavam -2,1 ms/mmHg (IC95%: -4,2 a -0,1) abaixo do repouso (P=0,028) no grupo exercício e, ao final, retornaram próximos aos identificados na linha de base. Não houve alteração no grupo sham (P>0,05) entre os diferentes momentos avaliados. Não foi observado efeito de interação (P=0,22) na potência LFnu, porém parece ter havido uma tendência ao aumento após a intervenção. Houve efeito de interação na potência HFnu (P<0,01) e na razão LF/HF (P<0,04). O balanço LF/HF elevou-se (P<0,05) no período de recuperação, porém com pequena magnitude. Conclusões: uma única sessão de exercício isométrico com handgrip realizada por indivíduos hipertensos eleva significativamente a PA sistólica, diastólica e respectivas variabilidades de muito curto prazo durante o exercício, mas dentro de patamares seguros para a saúde. Não foi evidenciado benefício agudo desse exercício na variabilidade da PA de curto prazo, tampouco na PA sistólica e diastólica pós-exercício. Entretanto, observou-se uma tendência de redução da PA nos primeiros minutos pós-exercício, principalmente na PA sistólica. Também identificaram-se alterações significativas na BRS arterial espontânea e no balanço simpatovagal, mas sem evidências de melhora aguda. A importante atenuação da resposta e modulação simpatovagal observada neste estudo pode estar associada ao grau de comprometimento do sistema autonômico cardiovascular decorrente da hipertensão.
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