Geologia, controles e guias prospectivos dos depósitos de ágata na região de Salto do Jacuí (RS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Heemann, Roberto
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189164
Resumo: A área de estudo está localizada na porção central do Estado do Rio Grande do Sul, extremo sul do Brasil. Os depósitos de geodos de ágata ocorrem em derrames de basalto toleítico da Fm. Serra Geral, Cretáceo Inferior. O vulcanismo da Fm. Serra Geral estende-se sobre uma área de 1.200.000 Km2 na América do Sul. Os derrames basálticos cobrem os arenitos eólicos da Fm. Botucatu; mas, também ocorrem intertrapes de arenitos eólicos entre as unidades de basalto. Estudos geológicos detalhados foram desenvolvidos na região onde ocorrem os mais importantes depósitos do tipo geodo de ágata, a região de Salto do Jacuí (RS). O objetivo principal desse trabalho é determinar um modelo geológico para as unidades mineralizadas e os guias prospectivos mais importantes na região de Salto do Jacuí. Os geodos são grandes fontes de ágata, de ametista e de diversos tipos de cristais e fornecem um material gemológico para a industria joalheira e ornamental e espécimes para colecionadores.O mapeamento geológico da área mineralizada foi combinado com o controle regional da distribuição dos derrames, baseado em relações petrográficas, estruturas vulcânicas e características geoquímicas. A geologia da região de Salto do Jacuí - Sobradinho é caracterizada por três grupos regionais de basaltos a dacitos. Os três grupos ocorrem a partir do topo da Fm. Botucatu, que aflora na cota altimétrica de 80 m. Esses grupos são separados por intertrapes de arenito da Fm. Botucatu das cotas altimétricas de 200 e 400 m. O grupo intergranular (R1) ocorre entre as cotas de 80 m e 200 m; o grupo basáltico glomeropórfiro (R2) ocorre da cota de 200 m até a cota de 380 m; e o grupo dacítico superior (R3) a partir da cota de 400 m. O primeiro grupo regional (R1) é básico e tem caracteristicamente uma textura intergranular forte. O segundo grupo (R2) é caracterizado por derrames basálticos glomeropórfiros, que ocorrem associados com diques/sills dacíticos. O grupo mais superior (R3) é um dacito holocristalino com um padrão de fraturas anastomosadas.Por meio do mapeamento geológico-estrutural das principais pedreiras de ágata, foi definida a seqüência vulcânica da região de Salto do Jacuí. A sequência é formada por seis unidades básicas a dacíticas: 1) dacito inferior (DI); 2) basalto holocristalino inferior (BI); 3) dacito semi-vítreo (DSV); 4) basalto toleítico portador (P); 5) dacito vesicular (DV) e 6) dacito superior (DS). Os depósitos de ágata ocorrem em um derrame basáltico toleítico vesículo-amigdaloidal (P), denominado de Derrame Jacuí. Os geodos são preenchidos por: calcedônia (ágata), quartzo, onix, calcita, zeolita, gipsita e ametista. Ocorrem três horizontes guias principais: 1) o basalto vesículo-amigdaloidal portador (Derrame Jacuí), que ocorre entre o 2) dacito semi-vítreo (DSV) e 3) o dacito vesicular (DV). Os procedimentos de prospecção definidos para esses depósitos incluem: identificação de estruturas interderrames e associações de rochas com diques de arenito, unidades de derrames vesiculares, brecha vulcânica, unidade semi-vítrea, zonação de vesículas e geodos, padrões petrográficos e disposição de aspectos locais, tais como: padrões de fraturas e paragêneses minerais.
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