Risco de adoecimento dos profissionais da Atenção Primária à Saúde frente ao contexto de trabalho pela pandemia da COVID-19 em um município da região central do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276390 |
Resumo: | Introdução: No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem a finalidade de oferecer atendimento resolutivo, longitudinal e coordenação do cuidado no Sistema Único de Saúde. Na Pandemia da Coronavirus Disease 19 (COVID-19), destacam-se a promoção da saúde, prevenção das infecções e imunização. Nesse serviço, os profissionais possuem elevada demanda de trabalho e estão expostos a riscos de adoecimento. Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde (MS) lançou as “Recomendações de proteção aos trabalhadores dos serviços de saúde no atendimento de COVID-19 e outras síndromes gripais”. Objetivo: Analisar a implementação das medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, no âmbito laboral da Atenção Primária à Saúde na Pandemia da COVID-19, e a sua associação com o contexto de trabalho e o risco de adoecimento dos profissionais de saúde em um município da região central do Rio Grande do Sul (RS). Método: Estudo transversal, descritivo e analítico, de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por trabalhadores da saúde (n=77) de quatorze unidades de APS. A coleta dos dados ocorreu de setembro de 2021 a fevereiro de 2022 pela aplicação de questionário com variáveis sócio-laborais e de saúde, e um Checklist elaborado a partir das Recomendações do MS composto por Ferramentas de Apoio e Medidas de Engenharia, Administrativas e de Gestão de Recursos Humanos. Além disso, aplicaram-se as quatro escalas do Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA).Para análise estatística utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences, considerando significância de 5% (p≤0,05). Aprovado pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAAE 47867221.3.0000.5347). Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A maioria dos participantes eram do sexo feminino (74%), de raça/cor branca (84,4%) e média de idade de 44,8 (±10,64). Sobre a saúde, 72,7% não pertenciam ao Grupo de Risco, 49,4% residiam com pessoas desse grupo e 61% não se afastaram por nenhum sintoma respiratório. Predominaram os Agentes Comunitários de Saúde (42,9%) e Enfermeiras(os) (15,6%), a maioria possuíam Ensino Médio Completo (46,8%) e contabilizavam 40 horas semanais de trabalho (75,3%). Sobre as recomendações, a capacitação sobre síndromes gripais (67,5%) não foi contemplada nas Ferramentas de Apoio. Dispensadores álcool gel (79,2%) e espaço de higiene de mãos (58,4%) foram implementados nas Medidas de Engenharia. Para as Medidas Administrativas, as atividades presenciais foram substituídas por virtuais (59,7%). Na Gestão de Recursos Humanos, os trabalhadores em licença não foram substituídos por outros (70,1%). As escalas de Contexto de Trabalho e Custos Humanos apresentaram avaliações críticas, assim como os domínios Esgotamento Profissional e Danos Físicos. Sobre as correlações, destacaram-se as associações inversas entre as Condições de Trabalho com as Medidas Administrativas (r = -0,60, p=0,000) e com as Medidas de Engenharia (r= -0,57, p=0,000), quanto menos recomendações foram implementadas, piores foram as avaliações das condições de trabalho. Conclusão: O contexto laboral apresentou riscos de adoecimento na APS durante a pandemia da COVID-19, os quais se relacionaram à não implementação das recomendações do MS para proteção dos trabalhadores em um município da região central do RS. |
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Pinto, Vitória LovatoTavares, Juliana Petri2024-07-17T05:35:39Z2022http://hdl.handle.net/10183/276390001166125Introdução: No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem a finalidade de oferecer atendimento resolutivo, longitudinal e coordenação do cuidado no Sistema Único de Saúde. Na Pandemia da Coronavirus Disease 19 (COVID-19), destacam-se a promoção da saúde, prevenção das infecções e imunização. Nesse serviço, os profissionais possuem elevada demanda de trabalho e estão expostos a riscos de adoecimento. Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde (MS) lançou as “Recomendações de proteção aos trabalhadores dos serviços de saúde no atendimento de COVID-19 e outras síndromes gripais”. Objetivo: Analisar a implementação das medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, no âmbito laboral da Atenção Primária à Saúde na Pandemia da COVID-19, e a sua associação com o contexto de trabalho e o risco de adoecimento dos profissionais de saúde em um município da região central do Rio Grande do Sul (RS). Método: Estudo transversal, descritivo e analítico, de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por trabalhadores da saúde (n=77) de quatorze unidades de APS. A coleta dos dados ocorreu de setembro de 2021 a fevereiro de 2022 pela aplicação de questionário com variáveis sócio-laborais e de saúde, e um Checklist elaborado a partir das Recomendações do MS composto por Ferramentas de Apoio e Medidas de Engenharia, Administrativas e de Gestão de Recursos Humanos. Além disso, aplicaram-se as quatro escalas do Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA).Para análise estatística utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences, considerando significância de 5% (p≤0,05). Aprovado pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAAE 47867221.3.0000.5347). Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A maioria dos participantes eram do sexo feminino (74%), de raça/cor branca (84,4%) e média de idade de 44,8 (±10,64). Sobre a saúde, 72,7% não pertenciam ao Grupo de Risco, 49,4% residiam com pessoas desse grupo e 61% não se afastaram por nenhum sintoma respiratório. Predominaram os Agentes Comunitários de Saúde (42,9%) e Enfermeiras(os) (15,6%), a maioria possuíam Ensino Médio Completo (46,8%) e contabilizavam 40 horas semanais de trabalho (75,3%). Sobre as recomendações, a capacitação sobre síndromes gripais (67,5%) não foi contemplada nas Ferramentas de Apoio. Dispensadores álcool gel (79,2%) e espaço de higiene de mãos (58,4%) foram implementados nas Medidas de Engenharia. Para as Medidas Administrativas, as atividades presenciais foram substituídas por virtuais (59,7%). Na Gestão de Recursos Humanos, os trabalhadores em licença não foram substituídos por outros (70,1%). As escalas de Contexto de Trabalho e Custos Humanos apresentaram avaliações críticas, assim como os domínios Esgotamento Profissional e Danos Físicos. Sobre as correlações, destacaram-se as associações inversas entre as Condições de Trabalho com as Medidas Administrativas (r = -0,60, p=0,000) e com as Medidas de Engenharia (r= -0,57, p=0,000), quanto menos recomendações foram implementadas, piores foram as avaliações das condições de trabalho. Conclusão: O contexto laboral apresentou riscos de adoecimento na APS durante a pandemia da COVID-19, os quais se relacionaram à não implementação das recomendações do MS para proteção dos trabalhadores em um município da região central do RS.Introduction: In Brazil, Primary Health Care (PHC) has the purpose of offering resolutive, longitudinal care and coordination of care in the Unified Health System. In the Coronavirus Disease 19 (COVID-19) Pandemic, health promotion and infection prevention are highlighted. In this service, professionals have a high demand for work and are exposed to risks of illness. In this perspective, the Ministry of Health (MS) launched the “Recommendations for the protection of health service workers in the care of COVID-19 and other syndromes”. Objective: To analyze the implementation of the measures recommended by the Ministry of Health, in the work scope of Primary Health Care in the COVID-19 Pandemic, and its association with the work context and the risk of illness of health professionals in a municipality of central region of Rio Grande do Sul (RS). Method: Sectional estudy, descriptive and analytical study with a quantitative approach. The sample consisted of health workers (n=77) from fourteen Primary Health Care units. Data collection took place from september 2021 to february 2022 by applying a questionnaire with socio-occupational and health variables, a Checklist, prepared from the MS Recommendations, in addition to the four scales of the Inventory on Work and Risks of Illness (ITRA). For statistical analysis, the Statistical Package for the Social Sciences was used, considering a significance of 5% (p≤0.05). Approved by the Municipal Health Department and by the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul (CAAE 47867221.3.0000.5347). All signed the Free and Informed Consent Term. Results: Most participants were female (74%), of white race/color (84.4%) and mean age of 44.8 (±10.64). Regarding health, 72.7% did not belong to the Risk Group, 49.4% lived with people from this group and 61% did not leave due to any respiratory symptoms. Community Health Agents (42.9%) and Nurses predominated (15,6%), most had completed High School (46.8%) and worked 40 hours per week (75.3%). Regarding the recommendations, training on flu syndromes (67.5%) and PPE (54.5%) were not included in the Support Tools. Alcohol dispensers (79.2%) and hand hygiene space (58.4%) were implemented in the Engineering Measures. In the Administrative Measures, remote activities (59.7%) and informative posters about COVID-19 (48.8%) were contemplated. In the Management Measures, relocated workers did not receive training (51.9%) and those on leave were not replaced (70.1%), there was no psychosocial support (59.7%). Regarding Pearson's correlations, the inverse associations between Working Conditions with Administrative Measures (r = -0.60, p=0.000) and with Engineering Measures (r= -0.57, p=0.000 ), that is, the fewer recommendations were implemented, the worse the assessments of working conditions were. Conclusion: The work context presented risks of illness in PHC during the COVID-19 pandemic, which were related to the non-implementation of the MS recommendations for the protection of workers in a municipality in the central region of RS.application/pdfporSaúde do trabalhadorAtenção primária à saúdeInfecções por coronavirusCondições de trabalhoOccupational healthPrimary health careCoronavirus infectionsWork conditionsRisco de adoecimento dos profissionais da Atenção Primária à Saúde frente ao contexto de trabalho pela pandemia da COVID-19 em um município da região central do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001166125.pdf.txt001166125.pdf.txtExtracted Texttext/plain323929http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276390/2/001166125.pdf.txt2a7248ab8df5be7ba5020c4c72aba087MD52ORIGINAL001166125.pdfTexto completoapplication/pdf1254982http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276390/1/001166125.pdfc3b3d45e29e6a1ab5c05472178880d61MD5110183/2763902024-07-18 06:15:32.562387oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276390Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-18T09:15:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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