Comportamento da glicemia avaliada por monitoramento contínuo de glicose em indivíduos com e sem zumbido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/142813 |
Resumo: | Introdução e objetivos: Muitos trabalhos descrevem alterações no metabolismo da glicose em pacientes com zumbido. Diversos autores relatam a presença da hiperglicemia e / ou hiperinsulinemia e que isso seria um fator associado ao zumbido. Outros relatam a hipoglicemia, especialmente pós-prandial, com ou sem hiperinsulinemia. Há muita controvérsia sobre a patogênese do zumbido e sobre o real papel de glicose e insulina na gênese deste sintoma. O objetivo deste estudo foi analisar os níveis de glicose e suas excursões, assim como da insulina de jejum em pacientes com zumbido e um grupo de controles saudáveis. Materiais e Métodos: Vinte pacientes foram selecionados aleatoriamente a partir do Ambulatório de Zumbido do hospital. Também vinte pacientes sem zumbido da mesma instituição ajustados para idade, sexo e IMC foram selecionados. O monitoramento da glicose foi feito pelo um sistema de monitorização contínua da glicose (CGMS, Medtronic, EUA) durante 72 horas. A insulina de jejum foi medida por um ensaio quimioluminescente (Roche, Brasil). 9Continua) Resultados: Os resultados são expressos em média ± DP; os primeiros valores apresentados são para pacientes com zumbido. Os dois grupos não diferiram quanto à idade (53 ± 12 vs 53 ± 13 anos), IMC (28 ± 6 vs 27 ± 6 kg/m2) e glicemia de jejum (93,0 ± 7,0 vs 95,0 ± 6,4 mg / dL). No CGMS, tanto a glicemia mínima (72 ± 12 vs 76 ± 15 mg / dL, P = 0,352), a máxima (145 ± 25 vs 146 ± 16 mg / dL, P = 0,816) , a média (106 ± 17 vs 106 ± 12 mg / dL, P = 0,994 valores de glucose) e amplitude de glicose(73 ± 26 vs 70 ± 19 mg / dL, P = 0,730) foram semelhantes nos dois grupos. A glicose pós-prandial de 2 horas também foi semelhante (101 ± 20 vs 100 ± 25 mg / dL, P = 0,947). A única diferença significativa foi a glicemia mínima no terceiro dia (68 ± 15 mg / dL vs 80 ± 20 mg / dL, P = 0,03). Insulina de jejum (7,8 ± 4,7 μUI / mL vs 10,4 ± 6,0 μUI / mL, P = 0,132), HOMA-IR (1,81 ± 1,12 vs 2,50 ± 1,40, P = 0,095) e HOMA-BETA (96 ± 60 vs 116 ± 74 - P = 0,132) não foram diferentes nos dois grupos. Apenas nas mulheres, a medida da cintura abdominal (82 ± 10 cm vs 99 ± 9 12 cm, P = 0,026) e razão cintura-quadril (0,95 ± 0,10 vs 0,92 ± 0,68, P = 0,002) foram significativamente diferentes , sendo menores nos pacientes com zumbido. Conclusão: Com exceção da glicemia mínima no terceiro dia, as medidas da glicose e da insulina foram semelhantes em ambos pacientes com e sem zumbido. Neste trabalho, as alterações tanto da glicose como da insulina não puderam explicar o zumbido. |
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Vanni, Bruna FornariFriedman, RogérioDall Igna, Celso2016-06-21T02:09:59Z2012http://hdl.handle.net/10183/142813000860815Introdução e objetivos: Muitos trabalhos descrevem alterações no metabolismo da glicose em pacientes com zumbido. Diversos autores relatam a presença da hiperglicemia e / ou hiperinsulinemia e que isso seria um fator associado ao zumbido. Outros relatam a hipoglicemia, especialmente pós-prandial, com ou sem hiperinsulinemia. Há muita controvérsia sobre a patogênese do zumbido e sobre o real papel de glicose e insulina na gênese deste sintoma. O objetivo deste estudo foi analisar os níveis de glicose e suas excursões, assim como da insulina de jejum em pacientes com zumbido e um grupo de controles saudáveis. Materiais e Métodos: Vinte pacientes foram selecionados aleatoriamente a partir do Ambulatório de Zumbido do hospital. Também vinte pacientes sem zumbido da mesma instituição ajustados para idade, sexo e IMC foram selecionados. O monitoramento da glicose foi feito pelo um sistema de monitorização contínua da glicose (CGMS, Medtronic, EUA) durante 72 horas. A insulina de jejum foi medida por um ensaio quimioluminescente (Roche, Brasil). 9Continua) Resultados: Os resultados são expressos em média ± DP; os primeiros valores apresentados são para pacientes com zumbido. Os dois grupos não diferiram quanto à idade (53 ± 12 vs 53 ± 13 anos), IMC (28 ± 6 vs 27 ± 6 kg/m2) e glicemia de jejum (93,0 ± 7,0 vs 95,0 ± 6,4 mg / dL). No CGMS, tanto a glicemia mínima (72 ± 12 vs 76 ± 15 mg / dL, P = 0,352), a máxima (145 ± 25 vs 146 ± 16 mg / dL, P = 0,816) , a média (106 ± 17 vs 106 ± 12 mg / dL, P = 0,994 valores de glucose) e amplitude de glicose(73 ± 26 vs 70 ± 19 mg / dL, P = 0,730) foram semelhantes nos dois grupos. A glicose pós-prandial de 2 horas também foi semelhante (101 ± 20 vs 100 ± 25 mg / dL, P = 0,947). A única diferença significativa foi a glicemia mínima no terceiro dia (68 ± 15 mg / dL vs 80 ± 20 mg / dL, P = 0,03). Insulina de jejum (7,8 ± 4,7 μUI / mL vs 10,4 ± 6,0 μUI / mL, P = 0,132), HOMA-IR (1,81 ± 1,12 vs 2,50 ± 1,40, P = 0,095) e HOMA-BETA (96 ± 60 vs 116 ± 74 - P = 0,132) não foram diferentes nos dois grupos. Apenas nas mulheres, a medida da cintura abdominal (82 ± 10 cm vs 99 ± 9 12 cm, P = 0,026) e razão cintura-quadril (0,95 ± 0,10 vs 0,92 ± 0,68, P = 0,002) foram significativamente diferentes , sendo menores nos pacientes com zumbido. Conclusão: Com exceção da glicemia mínima no terceiro dia, as medidas da glicose e da insulina foram semelhantes em ambos pacientes com e sem zumbido. Neste trabalho, as alterações tanto da glicose como da insulina não puderam explicar o zumbido.application/pdfporZumbidoGlicemiaÍndice glicêmicoGlucoseComportamento da glicemia avaliada por monitoramento contínuo de glicose em indivíduos com e sem zumbidoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2012.mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000860815.pdf000860815.pdfTexto completoapplication/pdf182799http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142813/1/000860815.pdf4dcd6cc9386ab0850ecae47ab5e5c064MD51TEXT000860815.pdf.txt000860815.pdf.txtExtracted Texttext/plain58578http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142813/2/000860815.pdf.txt9a4e1799ad365990a4833d18affcbbb9MD52THUMBNAIL000860815.pdf.jpg000860815.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1019http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142813/3/000860815.pdf.jpg822a2ca45f40901932b24959c5967a4bMD5310183/1428132018-10-26 10:00:56.41oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142813Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T13:00:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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