Representações de masculinidade na dança contemporânea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/24158 |
Resumo: | O presente estudo objetivou discutir as noções de corpo e gênero na dança, tendo como foco os processos de construção das identidades masculinas de bailarinos de dança contemporânea. A investigação está situada no campo da perspectiva pós-estruturalista dos Estudos Culturais, e seus desdobramentos nos estudos pós-estruturalistas de gênero e de sexualidade. O estudo considerou a dança como uma prática corporal produzida na cultura, constituída por discursos e representações culturais, e como um campo de luta por significações. A partir daí, visualizei a existência de um conjunto de representações culturais hegemônicas de dança contemporânea ligadas a noções tais como: ruptura, transgressão, liberdade, essencialismo. Com esse foco, eu me interessei em analisar as tensões entre essas representações culturais de dança contemporânea e as representações culturais de gênero e de sexualidade. Através de uma análise cultural, examinei um conjunto de narrativas de bailarinos do mundo da dança contemporânea porto-alegrense, as quais foram obtidas a partir de entrevistas gravadas e, posteriormente, transcritas. As reflexões centraram-se em: como esses homens chegam a dançar em uma cultura onde a dança é hegemonicamente significada como uma prática não-masculina, e como se estruturam suas estratégias e negociações na produção, criação e manutenção da identidade masculina? A partir das análises realizadas, foi possível observar algumas recorrências. Os homens que dançam têm um início quase sempre bem tardio nessa prática, pois necessitam superar as representações culturais de dança que funcionam como “barreiras” sociais. Uma das formas como eles procuram superar tais barreiras é justamente exibindo alguns dos traços que têm sido característicos do modelo hegemônico de masculinidade dos últimos dois séculos: o modelo do self-made-man. Assim, o bailarino self-made é aquele que deve tornar-se um estudioso dedicado da arte da dança, por seus próprios meios e recursos, e que necessita “provar” sua masculinidade por meio do talento, ou ocupando posições de poder (professor, coreógrafo, etc.), demonstrando sucesso econômico, espírito de independência e eficiência. |
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Andreoli, Giuliano SouzaSantos, Luís Henrique Sacchi dos2010-06-26T04:18:05Z2010http://hdl.handle.net/10183/24158000744979O presente estudo objetivou discutir as noções de corpo e gênero na dança, tendo como foco os processos de construção das identidades masculinas de bailarinos de dança contemporânea. A investigação está situada no campo da perspectiva pós-estruturalista dos Estudos Culturais, e seus desdobramentos nos estudos pós-estruturalistas de gênero e de sexualidade. O estudo considerou a dança como uma prática corporal produzida na cultura, constituída por discursos e representações culturais, e como um campo de luta por significações. A partir daí, visualizei a existência de um conjunto de representações culturais hegemônicas de dança contemporânea ligadas a noções tais como: ruptura, transgressão, liberdade, essencialismo. Com esse foco, eu me interessei em analisar as tensões entre essas representações culturais de dança contemporânea e as representações culturais de gênero e de sexualidade. Através de uma análise cultural, examinei um conjunto de narrativas de bailarinos do mundo da dança contemporânea porto-alegrense, as quais foram obtidas a partir de entrevistas gravadas e, posteriormente, transcritas. As reflexões centraram-se em: como esses homens chegam a dançar em uma cultura onde a dança é hegemonicamente significada como uma prática não-masculina, e como se estruturam suas estratégias e negociações na produção, criação e manutenção da identidade masculina? A partir das análises realizadas, foi possível observar algumas recorrências. Os homens que dançam têm um início quase sempre bem tardio nessa prática, pois necessitam superar as representações culturais de dança que funcionam como “barreiras” sociais. Uma das formas como eles procuram superar tais barreiras é justamente exibindo alguns dos traços que têm sido característicos do modelo hegemônico de masculinidade dos últimos dois séculos: o modelo do self-made-man. Assim, o bailarino self-made é aquele que deve tornar-se um estudioso dedicado da arte da dança, por seus próprios meios e recursos, e que necessita “provar” sua masculinidade por meio do talento, ou ocupando posições de poder (professor, coreógrafo, etc.), demonstrando sucesso econômico, espírito de independência e eficiência.The current study had as objective discuss the notions of gender and body in dance, focusing on the process of construction of identity in the contemporary male dancers. The investigation is situated in the fields of the theoretical perspective of the Cultural Studies, and its follow-ups in the post-structuralist Gender and Sexuality Studies. The sutdy considered the dance as a body practice produced in culture, shaped by discourses and cultural representations, and as a field of signification struggle. This has allowed me to visualize the existence of a set of contemporary dance hegemonic cultural representation, linked to notions like: rupture, trespass, freedom, essentialism. With this focus, I am interested in to analyse the tensions between these contemporary dance cultural representations and the gender and sexuality cultural representations. I have provided a cultural analysis to examine a set of dancers' narratives in the contemporary world dance in Porto Alegre, which were obtained from recorded interviews and, later, transcribed. The central reflections are about: how these men become dancers inside a culture where the dance is hegemonic meant as a non-male practice, and how they structure the negotiations and strategies on the production, creation and maintenance of male identity? Based on the realized analysis, was possible visualize some appeals. The men who dance have a beginning always much late in this practice, because they have to overcome the cultural representations of dance which work as social “barriers”. One of the ways how them try to transpose this “barriers” is just performing some of the qualities characteristic of the hegemonic model of masculinity in the last two centuries: the model of self-made man. Thus, the man who dance have to become a devotated student of this kind of art at your cost, in itself, having to “prove” your masculinity with your talent, or occupaying Power positions (teacher, choreographer, etc.), showing economic success, independence spirit and efficiency.application/pdfporDançaCorpoGêneroSexualidadeMasculinidadeEstudos culturaisDanceBodyGender and sexualityMasculinityCultural studiesRepresentações de masculinidade na dança contemporâneainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000744979.pdf000744979.pdfTexto completoapplication/pdf1022083http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24158/1/000744979.pdf2872a31d05977dbce17afd5a080a8ca4MD51TEXT000744979.pdf.txt000744979.pdf.txtExtracted Texttext/plain363180http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24158/2/000744979.pdf.txt29d40d8fcb9822140435d7972ea2ddb1MD52THUMBNAIL000744979.pdf.jpg000744979.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1019http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24158/3/000744979.pdf.jpg96691882a4ceb0bd9a147110f1e1bbc3MD5310183/241582018-10-18 07:29:53.254oai:www.lume.ufrgs.br:10183/24158Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:29:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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