ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Maria Perla Araújo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Literatura em debate
Texto Completo: http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498
Resumo: No romance Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto revê o discurso da colonização portuguesa de Moçambique. Para isso, cria a imaginária Vila Cacimba no momento após a guerra civil moçambicana. Na Vila, o português Sidónio Rosa tenta entender a realidade múltipla e os discursos conflitantes que encontra por lá. Mia Couto põe à prova, por meio da figura desse português, a própria Língua Portuguesa como instância capaz de traduzir e mediar o contato entre culturas. Contra a falta de memória, a escrita literária de Mia Couto cria espaços, tempos e linguagem para um território constantemente exposto a uma tradução pelos códigos alheios. Aqui, a Língua Portuguesa é desorganizada, endoidecida, envenenada, para dela se extrair um remédio contra a diluição da identidade e contra a perda de memória.DRIFTING AFRICA: COLONIAL MEMORIES IN MIA COUTOIn the novel Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto re-examines the discourse about Mozambique’s Portuguese colonization. He creates an imaginary village, Vila Cacimba, just after the Mozambican civil war. In this village, the Portuguese Sidónio Rosa tries to understand the multiple reality and the conflicting discourses he finds there. MiaCouto proves, through Sidónio, the Portuguese language itself as an instance able to translate and mediate the contact between cultures. Against the loss of memory, Mia Couto’s literary style creates space, time and language to an area constantly exposed to translations by otherpeople’s codes. Here, the Portuguese language is disorganized, maddened, poisoned, in order to extract from it a remedy against identity dilution and loss of memory.
id URI-1_88335a47b18bb6d189c8e90523bcdb24
oai_identifier_str oai:ojs.200.203.105.109:article/498
network_acronym_str URI-1
network_name_str Literatura em debate
repository_id_str
spelling ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTOMoçambique; Identidade; Memória; Literatura; Phármakon.No romance Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto revê o discurso da colonização portuguesa de Moçambique. Para isso, cria a imaginária Vila Cacimba no momento após a guerra civil moçambicana. Na Vila, o português Sidónio Rosa tenta entender a realidade múltipla e os discursos conflitantes que encontra por lá. Mia Couto põe à prova, por meio da figura desse português, a própria Língua Portuguesa como instância capaz de traduzir e mediar o contato entre culturas. Contra a falta de memória, a escrita literária de Mia Couto cria espaços, tempos e linguagem para um território constantemente exposto a uma tradução pelos códigos alheios. Aqui, a Língua Portuguesa é desorganizada, endoidecida, envenenada, para dela se extrair um remédio contra a diluição da identidade e contra a perda de memória.DRIFTING AFRICA: COLONIAL MEMORIES IN MIA COUTOIn the novel Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto re-examines the discourse about Mozambique’s Portuguese colonization. He creates an imaginary village, Vila Cacimba, just after the Mozambican civil war. In this village, the Portuguese Sidónio Rosa tries to understand the multiple reality and the conflicting discourses he finds there. MiaCouto proves, through Sidónio, the Portuguese language itself as an instance able to translate and mediate the contact between cultures. Against the loss of memory, Mia Couto’s literary style creates space, time and language to an area constantly exposed to translations by otherpeople’s codes. Here, the Portuguese language is disorganized, maddened, poisoned, in order to extract from it a remedy against identity dilution and loss of memory.Literatura em DebateLiteratura em DebateMorais, Maria Perla Araújo2013-02-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498Literatura em Debate; v. 3, n. 5 (2009): MEMÓRIA, ESPAÇO E LITERATURQA (AUTO)BIOGRÁFICA; p. 18-30Literatura em Debate; v. 3, n. 5 (2009): MEMÓRIA, ESPAÇO E LITERATURQA (AUTO)BIOGRÁFICA; p. 18-301982-5625-reponame:Literatura em debateinstname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)instacron:URIporhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498/910http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498/911info:eu-repo/semantics/openAccess2013-02-07T17:48:07Zoai:ojs.200.203.105.109:article/498Revistahttp://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/indexhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/oairevista.literaturaemdebate@gmail.com||luana@uri.edu.br1982-56251982-5625opendoar:2013-02-07T17:48:07Literatura em debate - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)false
dc.title.none.fl_str_mv ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
title ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
spellingShingle ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
Morais, Maria Perla Araújo
Moçambique; Identidade; Memória; Literatura; Phármakon.
title_short ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
title_full ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
title_fullStr ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
title_full_unstemmed ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
title_sort ÁFRICA À DERIVA: MEMÓRIAS COLONIAIS EM MIA COUTO
author Morais, Maria Perla Araújo
author_facet Morais, Maria Perla Araújo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Morais, Maria Perla Araújo
dc.subject.none.fl_str_mv

dc.subject.por.fl_str_mv Moçambique; Identidade; Memória; Literatura; Phármakon.
topic Moçambique; Identidade; Memória; Literatura; Phármakon.
description No romance Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto revê o discurso da colonização portuguesa de Moçambique. Para isso, cria a imaginária Vila Cacimba no momento após a guerra civil moçambicana. Na Vila, o português Sidónio Rosa tenta entender a realidade múltipla e os discursos conflitantes que encontra por lá. Mia Couto põe à prova, por meio da figura desse português, a própria Língua Portuguesa como instância capaz de traduzir e mediar o contato entre culturas. Contra a falta de memória, a escrita literária de Mia Couto cria espaços, tempos e linguagem para um território constantemente exposto a uma tradução pelos códigos alheios. Aqui, a Língua Portuguesa é desorganizada, endoidecida, envenenada, para dela se extrair um remédio contra a diluição da identidade e contra a perda de memória.DRIFTING AFRICA: COLONIAL MEMORIES IN MIA COUTOIn the novel Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto re-examines the discourse about Mozambique’s Portuguese colonization. He creates an imaginary village, Vila Cacimba, just after the Mozambican civil war. In this village, the Portuguese Sidónio Rosa tries to understand the multiple reality and the conflicting discourses he finds there. MiaCouto proves, through Sidónio, the Portuguese language itself as an instance able to translate and mediate the contact between cultures. Against the loss of memory, Mia Couto’s literary style creates space, time and language to an area constantly exposed to translations by otherpeople’s codes. Here, the Portuguese language is disorganized, maddened, poisoned, in order to extract from it a remedy against identity dilution and loss of memory.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-02-07
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498
url http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498/910
http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/498/911
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Literatura em Debate
Literatura em Debate
publisher.none.fl_str_mv Literatura em Debate
Literatura em Debate
dc.source.none.fl_str_mv Literatura em Debate; v. 3, n. 5 (2009): MEMÓRIA, ESPAÇO E LITERATURQA (AUTO)BIOGRÁFICA; p. 18-30
Literatura em Debate; v. 3, n. 5 (2009): MEMÓRIA, ESPAÇO E LITERATURQA (AUTO)BIOGRÁFICA; p. 18-30
1982-5625
-
reponame:Literatura em debate
instname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
instacron:URI
instname_str Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
instacron_str URI
institution URI
reponame_str Literatura em debate
collection Literatura em debate
repository.name.fl_str_mv Literatura em debate - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
repository.mail.fl_str_mv revista.literaturaemdebate@gmail.com||luana@uri.edu.br
_version_ 1798329486443282432