A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thies, Cristiane Leticia Oppermann Thies
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Souza, Daniel Maurício Viana de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Direitos Culturais
Texto Completo: https://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/article/view/127
Resumo: Este artigo visa tratar sobre a legislação municipal para proteção do Patrimônio Arquitetônico na cidade de Santa Maria, localizada no centro do estado do RS. Por seu desenvolvimento estar muito atrelado ao ferroviário, grande parte dos remanescentes arquitetônicos da cidade são ligados à instalação e ao auge da ferrovia, que vem sofrendo com o descaso, a especulação imobiliária e a descaracterização, apesar das tentativas de proteção e manutenção. Na cidade, o único instrumento de proteção regulamentado é o tombamento, através de lei ordinária municipal sob número 3999/1996, que pode ser aplicado sobre o patrimônio por decretos executivos e leis ordinárias e complementares. Para a realização deste trabalho, analisou-se a legislação municipal voltada à proteção do patrimônio arquitetônico, assim como o livro tombo municipal, documentos do Instituto do Planejamento Municipal e bibliografias. A primeira lei de proteção do patrimônio municipal foi criada no ano de 1982, mas somente em 1988 foi feito o primeiro tombamento no município, o da Vila Belga, prevendo a instalação desse processo, que só foi definitivamente efetivado no ano de 1997, inaugurando a inscrição de bens no livro tombo municipal. Houve diversos tipos de tombamento nos anos seguintes, mas muitos deles não foram finalizados. No ano de 2018, com a mudança do Plano Diretor que dispensou a análise de obras na região da Zona 2, considerada histórica pelo Instituto de Planejamento, foram abertos de forma emergencial mais de uma centena de processos de tombamentos, principalmente de edificações que ficaram desprotegidas. Esses processos ainda estão em andamento, mas isso aumentou de forma significativa o número de edificações tombadas no município. Dessa maneira, é importante visualizar que, hoje, Santa Maria conta com um grande número de edificações protegidas, possibilitando a certeza de que teremos testemunhos arquitetônicos de períodos importantíssimos da história da cidade. Mas, além disso, para a sua preservação, é necessária a apropriação, por parte da população, da história e da memória que esses bens significam.
id URI-3_7052d38da726842f7936cbbfbea3cfab
oai_identifier_str oai:ojs2.san.uri.br:article/127
network_acronym_str URI-3
network_name_str Revista Direitos Culturais
repository_id_str
spelling A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS Patrimônio Cultural; Patrimônio Edificado; Proteção do Patrimônio Municipal.Este artigo visa tratar sobre a legislação municipal para proteção do Patrimônio Arquitetônico na cidade de Santa Maria, localizada no centro do estado do RS. Por seu desenvolvimento estar muito atrelado ao ferroviário, grande parte dos remanescentes arquitetônicos da cidade são ligados à instalação e ao auge da ferrovia, que vem sofrendo com o descaso, a especulação imobiliária e a descaracterização, apesar das tentativas de proteção e manutenção. Na cidade, o único instrumento de proteção regulamentado é o tombamento, através de lei ordinária municipal sob número 3999/1996, que pode ser aplicado sobre o patrimônio por decretos executivos e leis ordinárias e complementares. Para a realização deste trabalho, analisou-se a legislação municipal voltada à proteção do patrimônio arquitetônico, assim como o livro tombo municipal, documentos do Instituto do Planejamento Municipal e bibliografias. A primeira lei de proteção do patrimônio municipal foi criada no ano de 1982, mas somente em 1988 foi feito o primeiro tombamento no município, o da Vila Belga, prevendo a instalação desse processo, que só foi definitivamente efetivado no ano de 1997, inaugurando a inscrição de bens no livro tombo municipal. Houve diversos tipos de tombamento nos anos seguintes, mas muitos deles não foram finalizados. No ano de 2018, com a mudança do Plano Diretor que dispensou a análise de obras na região da Zona 2, considerada histórica pelo Instituto de Planejamento, foram abertos de forma emergencial mais de uma centena de processos de tombamentos, principalmente de edificações que ficaram desprotegidas. Esses processos ainda estão em andamento, mas isso aumentou de forma significativa o número de edificações tombadas no município. Dessa maneira, é importante visualizar que, hoje, Santa Maria conta com um grande número de edificações protegidas, possibilitando a certeza de que teremos testemunhos arquitetônicos de períodos importantíssimos da história da cidade. Mas, além disso, para a sua preservação, é necessária a apropriação, por parte da população, da história e da memória que esses bens significam.Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões2021-09-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/article/view/12710.20912/rdc.v16i39.127Revista Direitos Culturais; v. 16 n. 39 (2021); 201-2242177-14991980-7805reponame:Revista Direitos Culturaisinstname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)instacron:URIporhttps://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/article/view/127/247Copyright (c) 2021 Cristiane Leticia Oppermann Thies Thies, Daniel Maurício Viana de Souzahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessThies, Cristiane Leticia Oppermann ThiesSouza, Daniel Maurício Viana de 2021-09-09T14:24:50Zoai:ojs2.san.uri.br:article/127Revistahttps://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/PUBhttps://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/oaifabiocesarjunges@san.uri.br || thamicovatti@san.uri.br2177-14991980-7805opendoar:2021-09-09T14:24:50Revista Direitos Culturais - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)false
dc.title.none.fl_str_mv A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
title A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
spellingShingle A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
Thies, Cristiane Leticia Oppermann Thies
Patrimônio Cultural; Patrimônio Edificado; Proteção do Patrimônio Municipal.
title_short A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
title_full A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
title_fullStr A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
title_full_unstemmed A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
title_sort A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO MUNICIPAL: AS PARTICULARIDADES DE SANTA MARIA-RS
author Thies, Cristiane Leticia Oppermann Thies
author_facet Thies, Cristiane Leticia Oppermann Thies
Souza, Daniel Maurício Viana de
author_role author
author2 Souza, Daniel Maurício Viana de
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Thies, Cristiane Leticia Oppermann Thies
Souza, Daniel Maurício Viana de
dc.subject.por.fl_str_mv Patrimônio Cultural; Patrimônio Edificado; Proteção do Patrimônio Municipal.
topic Patrimônio Cultural; Patrimônio Edificado; Proteção do Patrimônio Municipal.
description Este artigo visa tratar sobre a legislação municipal para proteção do Patrimônio Arquitetônico na cidade de Santa Maria, localizada no centro do estado do RS. Por seu desenvolvimento estar muito atrelado ao ferroviário, grande parte dos remanescentes arquitetônicos da cidade são ligados à instalação e ao auge da ferrovia, que vem sofrendo com o descaso, a especulação imobiliária e a descaracterização, apesar das tentativas de proteção e manutenção. Na cidade, o único instrumento de proteção regulamentado é o tombamento, através de lei ordinária municipal sob número 3999/1996, que pode ser aplicado sobre o patrimônio por decretos executivos e leis ordinárias e complementares. Para a realização deste trabalho, analisou-se a legislação municipal voltada à proteção do patrimônio arquitetônico, assim como o livro tombo municipal, documentos do Instituto do Planejamento Municipal e bibliografias. A primeira lei de proteção do patrimônio municipal foi criada no ano de 1982, mas somente em 1988 foi feito o primeiro tombamento no município, o da Vila Belga, prevendo a instalação desse processo, que só foi definitivamente efetivado no ano de 1997, inaugurando a inscrição de bens no livro tombo municipal. Houve diversos tipos de tombamento nos anos seguintes, mas muitos deles não foram finalizados. No ano de 2018, com a mudança do Plano Diretor que dispensou a análise de obras na região da Zona 2, considerada histórica pelo Instituto de Planejamento, foram abertos de forma emergencial mais de uma centena de processos de tombamentos, principalmente de edificações que ficaram desprotegidas. Esses processos ainda estão em andamento, mas isso aumentou de forma significativa o número de edificações tombadas no município. Dessa maneira, é importante visualizar que, hoje, Santa Maria conta com um grande número de edificações protegidas, possibilitando a certeza de que teremos testemunhos arquitetônicos de períodos importantíssimos da história da cidade. Mas, além disso, para a sua preservação, é necessária a apropriação, por parte da população, da história e da memória que esses bens significam.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-09-09
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Avaliado pelos pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/article/view/127
10.20912/rdc.v16i39.127
url https://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/article/view/127
identifier_str_mv 10.20912/rdc.v16i39.127
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://san.uri.br/revistas/index.php/direitosculturais/article/view/127/247
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Cristiane Leticia Oppermann Thies Thies, Daniel Maurício Viana de Souza
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Cristiane Leticia Oppermann Thies Thies, Daniel Maurício Viana de Souza
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
publisher.none.fl_str_mv Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
dc.source.none.fl_str_mv Revista Direitos Culturais; v. 16 n. 39 (2021); 201-224
2177-1499
1980-7805
reponame:Revista Direitos Culturais
instname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
instacron:URI
instname_str Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
instacron_str URI
institution URI
reponame_str Revista Direitos Culturais
collection Revista Direitos Culturais
repository.name.fl_str_mv Revista Direitos Culturais - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
repository.mail.fl_str_mv fabiocesarjunges@san.uri.br || thamicovatti@san.uri.br
_version_ 1754643401412706304