NOVOS USOS DA CIDADE GLOBAL: UMA ANÁLISE DO CASO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DAS OLIMPÍADAS DE 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salles, Denise Mercedes Nunez Nascimento Lopes; Programa de Pós Graduação em Direito da Universidade Católica de Petrópolis e Centro Universitário Unilasalle/RJ
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Miranda, Gabriel de Andrade Rezende; Unilasalle/RJ
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Direito e Justiça:Reflexões Sociojurídicas
Texto Completo: http://srvapp2s.santoangelo.uri.br/seer/index.php/direito_e_justica/article/view/2364
Resumo: O artigo parte do debate do direito à cidade e das teorias de David Harvey e Zygmunt Bauman para analisar a consolidação da inserção da cidade do Rio de Janeiro na hierarquia urbana global a partir das Olimpíadas de 2016. Os megaeventos abrem as portas da cidade para o mundo de um modo diferenciado. Em um ambiente altamente competitivo, este tipo de evento é responsável por atrair fluxos de capitais para espaços urbanos que almejam se tornar, ou consolidar-se como, globais, e, assim, legitimam construções de singularidade, permitindo a criação de monopólios sobre a cidade. No Rio de Janeiro, as obras de infraestrutura construídas para as Olimpíadas de 2016 foram responsáveis por reforçar a centralidade da Zona Sul, revitalizar a centralidade do Centro e indicar uma nova centralidade: a Barra da Tijuca. Esse modelo foi marcado por investimentos em infraestrutura que visavam transformar a cidade em um polo de entretenimento, lazer e consumo; mas também por conflitos e remoções. A cidade, nesse paradigma, passa a ser gerenciada e direcionada exclusivamente para os turistas; e a população local das áreas revalorizadas consolida-se como vagabunda, expulsa para periferias distantes ou cercada, para evitar a perda da atratividade da cidade.
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