Colonização e dispersão intra-planta do bicudo-do-algodoeiro em lavouras de algodão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARRUDA, Lucas Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE
Texto Completo: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9231
Resumo: As fases de ovo, larva e pupa do bicudo-do-algodoeiro desenvolvem no interior das estruturas reprodutivas do algodoeiro, reduzindo a ação de fatores de mortalidade. Desta maneira, a fase adulta torna-se o principal alvo de controle. Assim, conhecimentos da dispersão dos adultos na planta e na lovoura, tempo-letal (TL) e residual de exposição a inseticidas de diferentes classes pode auxiliar no controle do bicudo. Também, a colonização do bicudo em oito lavouras comerciais de algodão foi estudada em função da vegetação de bordadura, empregando armadilhas de feromônio. As armadilhas foram instaladas nas quatro direções cardeais a partir da borda 0m, 60, 120 e >200m e realizadas 23 avaliações apartir dos 10 dias após a emergência (DAE) até a desfolha. O bicudo-do-algodoeiro acessa a planta de algodão predominantemente pela haste principal, e permanece maior parte do tempo parado sobre as maçãs, seguida de botões florais na parte inferior da planta. A dispersão na planta ocorre principalmente caminhando sobre ramos frutíferos e suas folhas. Entre os inseticidas estudados, o menor TL foi obtido com o tiametoxam e o maior período residual de controle foi obtido com o fipronil. Em lavouras comerciais, a presença de adultos do bicudo já foi detectada na primeira avaliação aos 10 DAE, e ocorreu independente da vegetação de bordadura e da distância da bordadura, em todas as lavouras monitoradas. Além disso, observou-se baixa captura de adultos até a fase de maturação, quando a captura por armadilha aumentou significativamente. Conclui-se que o comportamento de colonização da planta de algodão pelo bicudo recém-emergido reduz a sua exposição às pulverizações, enquanto que a maioria dos inseticidas testados ofereceu controle eficaz do bicudo-do-algodoeiro. Ainda, que a colonização precoce das lavouras de algodão pelo bicudo-do-algodoeiro e não, apenas, na faixa de bordadura das lavouras parece estar associado às mudanças com diferentes cultivos adjacentes e sucessivos na paisagem agrícola.
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As armadilhas foram instaladas nas quatro direções cardeais a partir da borda 0m, 60, 120 e >200m e realizadas 23 avaliações apartir dos 10 dias após a emergência (DAE) até a desfolha. O bicudo-do-algodoeiro acessa a planta de algodão predominantemente pela haste principal, e permanece maior parte do tempo parado sobre as maçãs, seguida de botões florais na parte inferior da planta. A dispersão na planta ocorre principalmente caminhando sobre ramos frutíferos e suas folhas. Entre os inseticidas estudados, o menor TL foi obtido com o tiametoxam e o maior período residual de controle foi obtido com o fipronil. Em lavouras comerciais, a presença de adultos do bicudo já foi detectada na primeira avaliação aos 10 DAE, e ocorreu independente da vegetação de bordadura e da distância da bordadura, em todas as lavouras monitoradas. Além disso, observou-se baixa captura de adultos até a fase de maturação, quando a captura por armadilha aumentou significativamente. Conclui-se que o comportamento de colonização da planta de algodão pelo bicudo recém-emergido reduz a sua exposição às pulverizações, enquanto que a maioria dos inseticidas testados ofereceu controle eficaz do bicudo-do-algodoeiro. Ainda, que a colonização precoce das lavouras de algodão pelo bicudo-do-algodoeiro e não, apenas, na faixa de bordadura das lavouras parece estar associado às mudanças com diferentes cultivos adjacentes e sucessivos na paisagem agrícola.Egg, larva and pupal stages of boll weevil develop inside cotton fruiting structures gaining protection against mortality factors. Therefore, the adult stage becomes the major target for control practices. The dispersal of boll weevil adults on the plant and throughout the cotton fields plus the knowledge about the lethal-time (LT) and residual control of recommended insecticides from different classes against adults of boll weevil were investigated aiming control decisions. Additionally, boll weevil colonization of cotton fields as function of border vegetation was determined using traps lured with boll weevil sex and aggregation pheromone glandlure. The traps were set up at field border (0m), 60, 120 and >200m inside the field and run 23 evaluations from 10 days after crop emergence (DAE) until crop defoliation. Newly-emerged weevils reach the cotton plant through the mainstream and exhibit their activities predominantely on the bottom part of the plants, where spent most of the time on bolls, followed by flower buds. The dispersal within-plant occurs mainly walking throught the fruiting branches and their leaves. Among the tested insecticides, the lowest LT was yielded with thiamethoxam, while the longest control residual was achieved with fipronil. The monitoring of commercial cotton fields showed that adult weevils were caught on pheromone traps during the first evaluation, 10 DAE, irrespective of bordering vegetation and distance from the border for all surveyed fields. Relatively low capture of weeivls and similar irrespective of field borders were observed on pheromone traps across all fields until boll maturation, when a significant increase in collections was noted and maintained until the end of monitoring. Based on the findings, we can infer that boll weevil behaviors colonizing the cotton plant minimizes its contact with treated surface despite the recommended insecticides were efficacious against the adults. Furthermore, the field colonization occurred as early as 10 DAE and do not occur only across the cotton field border and suggest that the precocious colonization is associated to the changes in the agricultural landscape such as adjacent crops and successive cotton cultivation.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal Rural de PernambucoDepartamento de AgronomiaBrasilUFRPEPrograma de Pós-Graduação em Entomologia AgrícolaTORRES, Jorge BrazBASTOS, Cristian SchetinoTORRES, Christian Sherley Araújo da SilvaMICHEREFF FILHO, MiguelMIRANDA, José EdnilsonFERNANDES, Marcos GinoSIQUEIRA, Herbert Álvaro Abreu deARRUDA, Lucas Souza2023-07-14T19:04:35Z2019-02-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfARRUDA, Lucas Souza. Colonização e dispersão intra-planta do bicudo-do-algodoeiro em lavouras de algodão. 2019. 89 f. 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