A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA COMO VIOLAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE DA MULHER: UMA REVISÃO NARRATIVA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Atenção à Saúde |
Texto Completo: | http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7009 |
Resumo: | Introdução: A violência obstétrica se expressa como uma violação do direito à saúde feminina. Das mulheres que tiveram seus filhos em maternidades públicas e privadas brasileiras, 25% já foram submetidas a alguma forma de violência obstétrica, período no qual elas deveriam ser protagonistas e receber atendimentos adequados dos profissionais da saúde. Objetivo: Ressaltar a contradição existente entre os aparatos legais e a permanência da violação do direito à saúde da mulher. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa nas bases de dados Pubmed, SciELO e Lilacs no período de 1999 a 2018, utilizando as combinações dos termos “Direitos reprodutivos”, “Cesárea”, “Saúde da Mulher” e “Episiotomia”. Abordou-se tanto os aparatos legais quanto os programas assistenciais voltados para a garantia de atendimentos adequados às mulheres e dos direitos dessas. Desenvolvimento: Apesar das consequências à integridade física, emocional e psíquica da mulher, foram identificadas práticas médicas como a episiotomia, o “ponto do marido”, a manobra de Kristeller e elevados números de cesarianas realizadas de forma indiscriminada e sem justificativas clínicas plausíveis, situações que reiteram os danos psicossociais e a vulnerabilidade da mulher. Conclusão: A necessidade de compreensão desse fenômeno complexo e de suas manifestações, aliada ao estabelecimento de sua definição em termos legais, torna-se relevante para conter não apenas a naturalização da violação do direito da mulher, mas também a perpetuação, na obstetrícia, de uma cascata de intervenções que rompe com a singularidade da atenção e do cuidado que esses indivíduos necessitam. |
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A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA COMO VIOLAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE DA MULHER: UMA REVISÃO NARRATIVADireitos sexuais e reprodutivosCesáreaSaúde da MulherEpisiotomia.Introdução: A violência obstétrica se expressa como uma violação do direito à saúde feminina. Das mulheres que tiveram seus filhos em maternidades públicas e privadas brasileiras, 25% já foram submetidas a alguma forma de violência obstétrica, período no qual elas deveriam ser protagonistas e receber atendimentos adequados dos profissionais da saúde. Objetivo: Ressaltar a contradição existente entre os aparatos legais e a permanência da violação do direito à saúde da mulher. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa nas bases de dados Pubmed, SciELO e Lilacs no período de 1999 a 2018, utilizando as combinações dos termos “Direitos reprodutivos”, “Cesárea”, “Saúde da Mulher” e “Episiotomia”. Abordou-se tanto os aparatos legais quanto os programas assistenciais voltados para a garantia de atendimentos adequados às mulheres e dos direitos dessas. Desenvolvimento: Apesar das consequências à integridade física, emocional e psíquica da mulher, foram identificadas práticas médicas como a episiotomia, o “ponto do marido”, a manobra de Kristeller e elevados números de cesarianas realizadas de forma indiscriminada e sem justificativas clínicas plausíveis, situações que reiteram os danos psicossociais e a vulnerabilidade da mulher. Conclusão: A necessidade de compreensão desse fenômeno complexo e de suas manifestações, aliada ao estabelecimento de sua definição em termos legais, torna-se relevante para conter não apenas a naturalização da violação do direito da mulher, mas também a perpetuação, na obstetrícia, de uma cascata de intervenções que rompe com a singularidade da atenção e do cuidado que esses indivíduos necessitam.Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS2020-10-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigos de Revisãoapplication/pdfhttp://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7009Journal of Health Care; Vol. 18 No. 65 (2020): Revista de Atenção à SaúdeRevista de Atenção à Saúde; v. 18 n. 65 (2020): Revista de Atenção à Saúde2359-4330reponame:Revista de Atenção à Saúdeinstname:Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)instacron:USCSporhttp://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7009/3173Copyright (c) 2020 Revista de Atenção à Saúdehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessTeixeira, Lara AzevedoSoares, Layanne CintraBrito, Veronica Perius deCarrijo, Alice Mirane MaltaSouza, Marcela Gomes deOliveira, Stefan Vilges de2020-10-26T14:23:41Zoai:ojs2.seer.uscs.edu.br:article/7009Revistahttps://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saudePUBhttp://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/oaieditoria.ras@online.uscs.edu.br || vera.basso@online.uscs.edu.br2359-43302359-4330opendoar:2020-10-26T14:23:41Revista de Atenção à Saúde - Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)false |
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