Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Horizontes |
Texto Completo: | https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229 |
Resumo: | A filosofia bachelardiana nos conduz através de uma radical (e ao mesmo tempo sutil) dualidade: há um mundo diurno e há um mundo noturno. Pode-se agrupar sob essas duas imagens os conceitos da psicologia analítica do psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung: os arquétipos animus e ânima. No primeiro, estão as imagens do masculino, as atividades a que Bachelard irá nos conduzir como obras do “espírito”: a virilidade, a potência, o trabalho, a realidade, as coisas do mundo, a ciência. Já no segundo estão as imagens do feminino, da “alma”: o repouso, a aceitação, o acolhimento, os sonhos, a poesia. Segundo Bachelard, esses dois polos operam de modos distintos. O animus, o polo mais “racional”, da ciência, opera a partir de uma recusa às primeiras imagens, a partir de um “não”. Enquanto que para a anima tudo é “sim”, tudo é acolhimento, tudo tem lugar no mundo. E, como bem se sabe, o ser nasce do feminino, da mulher. É justamente a partir desse ponto que a reflexão proposta do resumo se constrói: como estão as imagens de anima na educação (formal e informal)? Há “espaço” suficiente de reflexão para uma pedagogia da acolhida? Iremos desvelar essas perguntas a partir das aproximações com as interpretações principalmente de Durand e Duborgel e das implicações possíveis do pensamento bachelardiano com uma filosofia da educação, com o intuito de fornecer evidências de que há um pensamento pedagógico em A poética do espaço. |
id |
USF_67d742034361b208aa375f426218b232 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.emnuvens.com.br:article/1229 |
network_acronym_str |
USF |
network_name_str |
Horizontes |
repository_id_str |
|
spelling |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em BachelardA filosofia bachelardiana nos conduz através de uma radical (e ao mesmo tempo sutil) dualidade: há um mundo diurno e há um mundo noturno. Pode-se agrupar sob essas duas imagens os conceitos da psicologia analítica do psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung: os arquétipos animus e ânima. No primeiro, estão as imagens do masculino, as atividades a que Bachelard irá nos conduzir como obras do “espírito”: a virilidade, a potência, o trabalho, a realidade, as coisas do mundo, a ciência. Já no segundo estão as imagens do feminino, da “alma”: o repouso, a aceitação, o acolhimento, os sonhos, a poesia. Segundo Bachelard, esses dois polos operam de modos distintos. O animus, o polo mais “racional”, da ciência, opera a partir de uma recusa às primeiras imagens, a partir de um “não”. Enquanto que para a anima tudo é “sim”, tudo é acolhimento, tudo tem lugar no mundo. E, como bem se sabe, o ser nasce do feminino, da mulher. É justamente a partir desse ponto que a reflexão proposta do resumo se constrói: como estão as imagens de anima na educação (formal e informal)? Há “espaço” suficiente de reflexão para uma pedagogia da acolhida? Iremos desvelar essas perguntas a partir das aproximações com as interpretações principalmente de Durand e Duborgel e das implicações possíveis do pensamento bachelardiano com uma filosofia da educação, com o intuito de fornecer evidências de que há um pensamento pedagógico em A poética do espaço.Universidade São Francisco2021-09-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/122910.24933/horizontes.v39i1.1229Horizontes; v. 39 n. 1 (2021): Publicação Contínua; e0210482317-109X0103-770610.24933/horizontes.v39i1reponame:Horizontesinstname:Universidade São Francisco (USF)instacron:USFporhttps://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229/588https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229/589Copyright (c) 2021 William Gustavo Machado, Gabriel Kafure da Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccessMachado, William GustavoRocha, Gabriel Kafure da2021-09-02T18:25:14Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/1229Revistahttps://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontesPUBhttps://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/oaiperiodico.horizontes@usf.edu.br || suporte.revistas@usf.edu.br2317-109X0103-7706opendoar:2023-01-12T16:41:15.685848Horizontes - Universidade São Francisco (USF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
title |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
spellingShingle |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard Machado, William Gustavo |
title_short |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
title_full |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
title_fullStr |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
title_full_unstemmed |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
title_sort |
Pedagogia do acolhimento: Reflexões sobre a poética do espaço em Bachelard |
author |
Machado, William Gustavo |
author_facet |
Machado, William Gustavo Rocha, Gabriel Kafure da |
author_role |
author |
author2 |
Rocha, Gabriel Kafure da |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Machado, William Gustavo Rocha, Gabriel Kafure da |
description |
A filosofia bachelardiana nos conduz através de uma radical (e ao mesmo tempo sutil) dualidade: há um mundo diurno e há um mundo noturno. Pode-se agrupar sob essas duas imagens os conceitos da psicologia analítica do psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung: os arquétipos animus e ânima. No primeiro, estão as imagens do masculino, as atividades a que Bachelard irá nos conduzir como obras do “espírito”: a virilidade, a potência, o trabalho, a realidade, as coisas do mundo, a ciência. Já no segundo estão as imagens do feminino, da “alma”: o repouso, a aceitação, o acolhimento, os sonhos, a poesia. Segundo Bachelard, esses dois polos operam de modos distintos. O animus, o polo mais “racional”, da ciência, opera a partir de uma recusa às primeiras imagens, a partir de um “não”. Enquanto que para a anima tudo é “sim”, tudo é acolhimento, tudo tem lugar no mundo. E, como bem se sabe, o ser nasce do feminino, da mulher. É justamente a partir desse ponto que a reflexão proposta do resumo se constrói: como estão as imagens de anima na educação (formal e informal)? Há “espaço” suficiente de reflexão para uma pedagogia da acolhida? Iremos desvelar essas perguntas a partir das aproximações com as interpretações principalmente de Durand e Duborgel e das implicações possíveis do pensamento bachelardiano com uma filosofia da educação, com o intuito de fornecer evidências de que há um pensamento pedagógico em A poética do espaço. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-09-02 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229 10.24933/horizontes.v39i1.1229 |
url |
https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229 |
identifier_str_mv |
10.24933/horizontes.v39i1.1229 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229/588 https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/1229/589 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 William Gustavo Machado, Gabriel Kafure da Rocha info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 William Gustavo Machado, Gabriel Kafure da Rocha |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade São Francisco |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade São Francisco |
dc.source.none.fl_str_mv |
Horizontes; v. 39 n. 1 (2021): Publicação Contínua; e021048 2317-109X 0103-7706 10.24933/horizontes.v39i1 reponame:Horizontes instname:Universidade São Francisco (USF) instacron:USF |
instname_str |
Universidade São Francisco (USF) |
instacron_str |
USF |
institution |
USF |
reponame_str |
Horizontes |
collection |
Horizontes |
repository.name.fl_str_mv |
Horizontes - Universidade São Francisco (USF) |
repository.mail.fl_str_mv |
periodico.horizontes@usf.edu.br || suporte.revistas@usf.edu.br |
_version_ |
1797051440652353536 |