Vitalidade linguística e construção de identidades de descendentes de poloneses no sul do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delong, Silvia Regina
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6105
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar como são constituídas as identidades étnico-linguísticas de um grupo de descendentes de poloneses residentes em uma comunidade da zona rural, no interior do Estado do Paraná. No estudo, identificam-se alguns eventos de letramento que ocorrem em polonês, tanto no contexto escolar quanto fora dele, com o intuito de verificar como esses eventos contribuem para a construção das identidades e a vitalidade da língua polonesa nessa comunidade. Esta pesquisa tem como referencial teórico a construção de identidades (HALL, 2005, GEE, 2000), as práticas de letramento (STREET, 1984), bem como a vitalidade das línguas minoritárias (TERBORG e GARCÍA LANDA, 2011). A pesquisa é de natureza qualitativo-interpretativista, baseada na etnografia da linguagem (GARCEZ e SCHULZ, 2015), tendo como instrumentos de geração de dados as gravações audiovisuais feitas nas aulas de língua polonesa, questionários respondidos por alunos, professora e pedagoga da escola. Também foram feitas entrevistas semiestruturadas com algumas pessoas da comunidade, anotações em diário de campo e gravação das entrevistas em áudio. Além disso, foram analisados vários documentos, como os do Celem (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas), relativos à implantação da Língua Polonesa na escola; o Livro Tombo, documentos da paróquia relacionados à comunidade e, no Museu, os documentos históricos ligados à cultura polonesa, os quais deram subsídios para o desenvolvimento desta pesquisa. Os resultados mostram que a tradição religiosa é um dos aspectos identitários mais arraigados e presentes até hoje nessa comunidade. Entretanto, alguns eventos de letramento que ocorriam na igreja local e que mantinham a vitalidade dessa língua, infelizmente, não existem mais. O único evento de letramento na igreja que ainda está sendo preservado nessa língua é a reza do terço antes das missas dominicais. No âmbito familiar, a língua polonesa é utilizada frequentemente, misturando-se com o português (code switching). Por essa razão, algumas expressões como “polonês entrecortado”, “polonês brasileiro” ou “polonês caipira”, são formas utilizadas pelos participantes da pesquisa para se classificar como falantes de polonês, porém, muitas vezes denotam uma baixa autoestima em relação a si e aos outros. Quanto à identidade étnico-linguística, esta se alterna entre a identidade polonesa e a brasileira, dependendo dos seus interlocutores e das circunstâncias que os cercam. E, por último, os resultados mostram que, em geral, as mulheres (“fazedoras” e “invisíveis”) de Santa Faustina assumem diversos papeis, principalmente dentro de casa e na igreja, mas não são empoderadas na presença da comunidade.
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Esta pesquisa tem como referencial teórico a construção de identidades (HALL, 2005, GEE, 2000), as práticas de letramento (STREET, 1984), bem como a vitalidade das línguas minoritárias (TERBORG e GARCÍA LANDA, 2011). A pesquisa é de natureza qualitativo-interpretativista, baseada na etnografia da linguagem (GARCEZ e SCHULZ, 2015), tendo como instrumentos de geração de dados as gravações audiovisuais feitas nas aulas de língua polonesa, questionários respondidos por alunos, professora e pedagoga da escola. Também foram feitas entrevistas semiestruturadas com algumas pessoas da comunidade, anotações em diário de campo e gravação das entrevistas em áudio. Além disso, foram analisados vários documentos, como os do Celem (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas), relativos à implantação da Língua Polonesa na escola; o Livro Tombo, documentos da paróquia relacionados à comunidade e, no Museu, os documentos históricos ligados à cultura polonesa, os quais deram subsídios para o desenvolvimento desta pesquisa. Os resultados mostram que a tradição religiosa é um dos aspectos identitários mais arraigados e presentes até hoje nessa comunidade. Entretanto, alguns eventos de letramento que ocorriam na igreja local e que mantinham a vitalidade dessa língua, infelizmente, não existem mais. O único evento de letramento na igreja que ainda está sendo preservado nessa língua é a reza do terço antes das missas dominicais. No âmbito familiar, a língua polonesa é utilizada frequentemente, misturando-se com o português (code switching). Por essa razão, algumas expressões como “polonês entrecortado”, “polonês brasileiro” ou “polonês caipira”, são formas utilizadas pelos participantes da pesquisa para se classificar como falantes de polonês, porém, muitas vezes denotam uma baixa autoestima em relação a si e aos outros. Quanto à identidade étnico-linguística, esta se alterna entre a identidade polonesa e a brasileira, dependendo dos seus interlocutores e das circunstâncias que os cercam. E, por último, os resultados mostram que, em geral, as mulheres (“fazedoras” e “invisíveis”) de Santa Faustina assumem diversos papeis, principalmente dentro de casa e na igreja, mas não são empoderadas na presença da comunidade.This dissertation aims to analyze the constitution of ethnic and linguistic identities of a group of Polish descendants who live in a rural community in the countryside of the State of Paraná, Brazil. In the study, we identified some literacy events which occur in Polish, both at school and out of it, aiming at verifying how these events contribute to identity construction, and the vitality of the Polish language in that community. This research is theoretically based on identity construction (HALL, 2005; GEE, 2000), literacy practices (STREET, 1984), as well as on the vitality of minority languages (TERBORG; GARCÍA LANDA, 2011). The nature of the research is qualitative-interpretative with an ethnographic perspective, based on the ethnography of language (GARCEZ e SCHULZ, 2015), and the instruments for data generation are audiovisual recordings made of Polish language classes and questionnaires answered by learners, the teacher, and the school pedagogue. Semi structured interviews were also conducted with people in the community, as well as notes in a field journal and audio recordings of the interviews. Besides, several documents were analyzed, as the ones from CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – Center for Modern Foreign Languages), referring to the school´s implementation of the Polish language; the official registration book, which contains the community´s parishional documents, and at the Museum, where the historical documents connected to the Polish culture were studied, which subsidized the development of this research. The results show that religious tradition is one of the identitary aspects which are more rooted and present in the community to this day. However, some literacy events which happened at the local church, and maintained the vitality of that language, unfortunately are no longer held. The only literacy event which is still kept in church, in Polish, is the recital of the rosary before dominical masses. In the familiar scope, the Polish language is frequently used, it is a Brazilian Polish, mixed with the Portuguese language (code-switching). For this reason, some expressions like “broken Polish”, “Brazilian Polish”, or “countryside Polish” are expressions used by the participants to refer to the Polish language they speak; it often indicates low self-esteem regarding themselves and others. As to the ethnic-linguistic identity, this alternates between Brazilian and Polish identities, depending on their interlocutors and the circumstances surrounding them. Finally, the results show that, in general, the women (“doers” and “invisible”) in Santa Faustina take on several roles, especially in the house and the church, but they are not empowered amidst the community.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDelong, Silvia Reginahttp://lattes.cnpq.br/7662414782160884http://lattes.cnpq.br/4951080302973564Kersch, Dorotea FrankUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Linguística AplicadaUnisinosBrasilEscola da Indústria CriativaVitalidade linguística e construção de identidades de descendentes de poloneses no sul do ParanáACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::LingüísticaIdentidades étnico-linguísticasPráticas de letramentoVitalidade da língua polonesaDescendentes de polonesesEthnic and linguistic identityLiteracy practicesPolish language vitalityPolish descendantsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6105info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALSilvia Regina Delong_.pdfSilvia Regina Delong_.pdfapplication/pdf8998481http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/6105/1/Silvia+Regina+Delong_.pdf57898c9b8112b89d4edced0bf4c6e3d0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/6105/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/61052017-03-17 09:51:18.622oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/6105Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2017-03-17T12:51:18Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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