A desinstitucionalização religiosa nas igrejas diante da nova realidade nas igrejas pentecostais e neopentecostais brasileiras: novos caminhos de uma quarta onda do pentecostalismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Jacildo da Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9678
Resumo: O cenário religioso brasileiro sofreu mudanças a partir do final do século XIX, quando chegaram ao país as igrejas protestantes históricas, e no começo do século XX, com o início do movimento pentecostal. As igrejas pentecostais, principalmente, provocaram a quebra do monopólio da Igreja Católica no cenário religioso. Ocorreu uma ressignificação da religiosidade, com o despertar de lideranças emergentes nas igrejas, que iniciaram novas igrejas, implantando inovações na liturgia, no louvor e na pregação. Surgiu o fenômeno chamado neopentecostalismo. A nova metodologia/estratégia contribuiu para que milhares de pessoas começassem a frequentar o novo formato de culto, no que foram imitadas pela maioria das igrejas pentecostais e por algumas não pentecostais. Esta tese retoma a concepção de Paul Freston, também utilizada por Ricardo Mariano e por outros, a partir da qual se definem caracteristicamente três grandes ondas do pentecostalismo no Brasil, para, mediante variado material empírico, primário e secundário, juntar argumentos a fim de demonstrar a existência de características de uma quarta onda do pentecostalismo que vem sendo desenhada por meio do fenômeno crescente dos “desigrejados”, ou, mais propriamente, da desinstitucionalização religiosa no meio pentecostal e neopentecostal. O objetivo geral foi compreender as causas desse movimento. Especificamente, buscou-se identificar: i) a relação entre a liturgia praticada pelas igrejas pentecostais e neopentecostais e o afastamento das pessoas; ii) os principais motivos ou razões da rejeição e do afastamento dos membros das igrejas pentecostais e neopentecostais; iii) as novas expectativas por parte dos “desigrejados” após a desinstitucionalização. Teoricamente, a pesquisa fundamentou-se, principalmente, nos trabalhos realizados por Freston (1994); Mariano (2004; 2014); Romeiro (2005) nas abordagens e comentários sobre o neopentecostalismo; Berger (1985; 2017; 2017b) acerca das questões relacionadas ao processo de secularização; Hervieu-Léger (2015) ao comparar o movimento de secularização nas igrejas brasileiras e francesa; Souza e Martino (2004) e Teixeira e Menezes (2011) tendo em vista a relação da sociologia da religião e mudança social; Matos (2011; 2017) ao tratar da história das igrejas protestantes brasileiras. Além dessas obras, foram fundamentais a abordagem feita por Bauman (2013) conceituando o que chamou de modernidade líquida, expressão que ele adota para falar da volatilidade das relações interpessoais e sociais, de modo geral, tendo em vista que esse comportamento tem sido um dos indicadores do processo de desinstitucionalização, bem como os artigos publicados por Follmann (2006; 2007) com esclarecimentos sobre a mudança de comportamento religioso em diversas igrejas. Foram, sobretudo, essenciais dezenas de entrevistas informais realizadas com as pessoas nas igrejas. Aplicou-se ainda dois questionários semiestruturados, um dirigido aos “desigrejados”, obtendo-se 31 respostas de 45, ou seja 69%, e outro aos pastores e líderes das igrejas pentecostais e neopentecostais, obtendo-se 17 respostas de 48, ou seja 35,4%. O estudo conseguiu desenhar um quadro de debate suficiente para que se possa manter a hipótese da quarta onda do pentecostalismo no Brasil, caracterizada basicamente pelo fenômeno da crescente multiplicação dos “desigrejados” ou da desinstitucionalização religiosa no meio pentecostal e neopentecostal. O estudo também assume um caráter de ciência aplicada, na medida em que buscou entrar em interlocução com preocupações pastorais internas presentes nas igrejas.
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spelling 2021-03-29T19:04:37Z2021-03-29T19:04:37Z2020-12-14Submitted by Jeferson Carlos da Veiga Rodrigues (jveigar@unisinos.br) on 2021-03-29T19:04:37Z No. of bitstreams: 1 Jacildo da Silva Duarte_.pdf: 2174183 bytes, checksum: 5167a4a0ffeabd2c3ab1f8d59cd2d212 (MD5)Made available in DSpace on 2021-03-29T19:04:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jacildo da Silva Duarte_.pdf: 2174183 bytes, checksum: 5167a4a0ffeabd2c3ab1f8d59cd2d212 (MD5) Previous issue date: 2020-12-14O cenário religioso brasileiro sofreu mudanças a partir do final do século XIX, quando chegaram ao país as igrejas protestantes históricas, e no começo do século XX, com o início do movimento pentecostal. As igrejas pentecostais, principalmente, provocaram a quebra do monopólio da Igreja Católica no cenário religioso. Ocorreu uma ressignificação da religiosidade, com o despertar de lideranças emergentes nas igrejas, que iniciaram novas igrejas, implantando inovações na liturgia, no louvor e na pregação. Surgiu o fenômeno chamado neopentecostalismo. A nova metodologia/estratégia contribuiu para que milhares de pessoas começassem a frequentar o novo formato de culto, no que foram imitadas pela maioria das igrejas pentecostais e por algumas não pentecostais. Esta tese retoma a concepção de Paul Freston, também utilizada por Ricardo Mariano e por outros, a partir da qual se definem caracteristicamente três grandes ondas do pentecostalismo no Brasil, para, mediante variado material empírico, primário e secundário, juntar argumentos a fim de demonstrar a existência de características de uma quarta onda do pentecostalismo que vem sendo desenhada por meio do fenômeno crescente dos “desigrejados”, ou, mais propriamente, da desinstitucionalização religiosa no meio pentecostal e neopentecostal. O objetivo geral foi compreender as causas desse movimento. Especificamente, buscou-se identificar: i) a relação entre a liturgia praticada pelas igrejas pentecostais e neopentecostais e o afastamento das pessoas; ii) os principais motivos ou razões da rejeição e do afastamento dos membros das igrejas pentecostais e neopentecostais; iii) as novas expectativas por parte dos “desigrejados” após a desinstitucionalização. Teoricamente, a pesquisa fundamentou-se, principalmente, nos trabalhos realizados por Freston (1994); Mariano (2004; 2014); Romeiro (2005) nas abordagens e comentários sobre o neopentecostalismo; Berger (1985; 2017; 2017b) acerca das questões relacionadas ao processo de secularização; Hervieu-Léger (2015) ao comparar o movimento de secularização nas igrejas brasileiras e francesa; Souza e Martino (2004) e Teixeira e Menezes (2011) tendo em vista a relação da sociologia da religião e mudança social; Matos (2011; 2017) ao tratar da história das igrejas protestantes brasileiras. Além dessas obras, foram fundamentais a abordagem feita por Bauman (2013) conceituando o que chamou de modernidade líquida, expressão que ele adota para falar da volatilidade das relações interpessoais e sociais, de modo geral, tendo em vista que esse comportamento tem sido um dos indicadores do processo de desinstitucionalização, bem como os artigos publicados por Follmann (2006; 2007) com esclarecimentos sobre a mudança de comportamento religioso em diversas igrejas. Foram, sobretudo, essenciais dezenas de entrevistas informais realizadas com as pessoas nas igrejas. Aplicou-se ainda dois questionários semiestruturados, um dirigido aos “desigrejados”, obtendo-se 31 respostas de 45, ou seja 69%, e outro aos pastores e líderes das igrejas pentecostais e neopentecostais, obtendo-se 17 respostas de 48, ou seja 35,4%. O estudo conseguiu desenhar um quadro de debate suficiente para que se possa manter a hipótese da quarta onda do pentecostalismo no Brasil, caracterizada basicamente pelo fenômeno da crescente multiplicação dos “desigrejados” ou da desinstitucionalização religiosa no meio pentecostal e neopentecostal. O estudo também assume um caráter de ciência aplicada, na medida em que buscou entrar em interlocução com preocupações pastorais internas presentes nas igrejas.The Brazilian religious scenario has suffered changes since the end of the 19th century when the historical protestant churches arrived in the country in the beginning of the 20th century with the start of the Pentecostal movement. The Pentecostal churches, in special, provoked the rupture of the Catholic Church’s monopoly in the religious scenario. It occurred a religious resignification with the awakening of emerging church leaders and the opening of new churches bringing innovations on liturgy, worship and preaching. It emerged a phenomenon called Neo-Pentecostalism. The new modus operandi contributed so that thousands of people started to attend the new format de culto, which was copied by the majority of the pentecostal churches and also a few Non-Pentecostal ones. The thesis resumes Paul Freston’s conception, also utilized by Ricardo Mariano and others, from which it is defined characteristically three big waves of Pentecostalism in Brazil in order to collect arguments to demonstrate, through various empiric material, primary and secondary, the existence of characteristics of a fourth wave of Pentecostalism that is being designed by this rising phenomenon of the “unchurched” or, more properly, of the religious deinstitutionalization among the Pentecostal and Neo-Pentecostal. The main purpose was to comprehend the causes of this movement. Specifically, it was sought to identify: i) the correlation between the liturgy practiced by Pentecostal and Neo-Pentecostal churches and the disengagement of people; ii) the main motives or reasons of rejection and of the disengagement of the members of these aforementioned churches; iii) the new expectancies of the “unchurched” after the deinstitutionalization. Theoretically, the research was based, mainly, on the works done by Freston (1994); Mariano (2004;2014); Romeiro (2005) on the approaches and comments about Neo-Pentecostalism; Berger (1985; 2017; 2017b) on the process of secularization matters; Hervieu-Léger (2015) comparing the secularization movement of the Brazilian and French churches; Souza and Martino (2004), and Teixeira and Menezes (2011) on the correlation of the religious sociology and social change; Matos (2011; 2017) on the history of the Brazilian protestant churches. Beyond these works, the approach taken by Bauman conceptualizing what he called liquid modernity, an expression he adopts to talk about the volatility of interpersonal and social relationships, in general, considering that this behavior has been one of the indicators of the deinstitutionalization process Bauman (2013), the papers published by Follmann (2006 and 2007) with clarifications about the change of religious behavior on many churches were of the most importance. It was also, and above all, required to be performed dozens of informais interviews with people at churches. Two semi-structured questionnaires were applied, one for the “unchurched”, obtaining 31 answers out of 45 (i.e., 69%), and another directed to pastors and leaders of the Pentecostal and Neo-Pentecostal churches, obtaining 17 answers out of 48 (i.e., 35, 4%). The research was able to draw a line of debate that is sufficient to maintain the hypothesis of a fourth wave of Pentecostalism in Brazil, characterized basically by the phenomenon of the increasing multiplication of “unchurched” people or the religious deinstitutionalization in the mid of the Pentecostal and Neo-Pentecostal. The study also takes up a character of applied sciences, in the degree that it sought to enter in interlocution with pastoral internal concerns present at churches.NenhumaDuarte, Jacildo da Silvahttp://lattes.cnpq.br/5980518157823561http://lattes.cnpq.br/2801367846512759Follmann, José IvoUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUnisinosBrasilEscola de HumanidadesA desinstitucionalização religiosa nas igrejas diante da nova realidade nas igrejas pentecostais e neopentecostais brasileiras: novos caminhos de uma quarta onda do pentecostalismoACCNPQ::Ciências Humanas::SociologiaDesigrejadosDesinstitucionalizadoNeopentecostalismoOndas do PentecostalismoPentecostalismoProtestantismoPentecostalismNeo-PentecostalismUnchurchedDeinstitutionalizationWaves of PentecostalismProtestantisminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9678info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALJacildo da Silva Duarte_.pdfJacildo da Silva Duarte_.pdfapplication/pdf2174183http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9678/1/Jacildo+da+Silva+Duarte_.pdf5167a4a0ffeabd2c3ab1f8d59cd2d212MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9678/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/96782021-03-29 16:05:55.007oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9678Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2021-03-29T19:05:55Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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