Povoadores do rio Jauru: arqueologia pré-colonial e fronteira no povoamento do extremos oeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pestana, Marlon Borges
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3317
Resumo: A área de pesquisa se estende por 16,0 km a partir dos 21L 0323756E 8298272N até os 21L0317212E 8307359N. O ambiente é de cerrado, limitado ao sul pelo bioma do Pantanal matogrossense, ao norte pela floresta amazônica. No espaço da pesquisa existem três tipos de vegetação característica: a floresta aluvial, em neossolo quartzarênico, na planície de inundação; a savana arbórea densa ou cerradão, em argissolo vermelho-amarelo eutrófico, no terraço fluvial; e a savana arbórea aberta em galeria ou campo cerrado, em solo podzólico com a presença de um horizonte de cascalho a cerca de 0,60 m de profundidade, na meia encosta. O estudo de 34 sítios cerâmicos aponta para três formas de implantação: o predominante é em cima da borda do terraço fluvial, distante entre 30,0 e 80,0 m do rio, com 40,0 a 65,0 m de tamanho, espessura estratigráfica entre 20,0 e 40,0 cm e de 5,0 a 10,0 cm abaixo da superfície; a 2ª ocorre na planície de inundação, entre 20,0 e 45,0 m distante da linha d?água, com 20,0 a 45,0 m de tamanho, uma camada arqueológica variando entre 20,0 e 60,0 cm, a partir de 10,0 a 20,0 cm da superfície; e a 3ª, na meia encosta, afastada entre 120,0 e 340,0 m da margem do rio Jauru, com 10,0 a 15,0 m de extensão, predominantemente superficial, eventualmente com uma camada arqueológica entre 5,0 e 10,0 cm a partir da superfície. O resultado da análise do material e da implantação dos sítios indica a presença de diferentes culturas; ele foi comparado com as culturas ceramistas da área propostas em trabalhos anteriores que se referem à tradição Uru, característica dos cerrados do Brasil Central, à tradição Descalvado característica da borda setentrional do Pantanal e à tradição Descalvado/Pantanal, característica do ambiente alagado. O estudo pretendeu dar uma contribuição para uma área hoje ambiental e socialmente de fronteira, comprovando a existência, no passado arqueológico, da mesma característica. Observando o povoamento por cultivadores é possível separar claramente dois sistemas de assentamento. Ambos ocuparam os vários ambientes disponíveis, mas de forma diferenciada. O ambiente de Cerrado, entre o Pantanal e a Amazônia, oferece uma combinação de clima, solo e vegetação que produz um espaço favorável ao estabelecimento de populações que realizam cultivos nas áreas mais florestadas ao longo do rio ou em manchas isoladas de floresta, ao mesmo tempo em que exploram os abundantes recursos do Cerrado. O sistema que usa cerâmica temperada com areia é semelhante à ocupação denominada por diversos pesquisadores da área de tradição Descalvado. O sistema que usa cerâmica temperada com cariapé é semelhante à ocupação denominada por diversos pesquisadores da área de tradição Uru. A tradição Descalvado costuma ser atribuída a grupos da família lingüística Arawak. A tradição Uru costuma ser atribuída a grupos da família lingüística Macro-Jê.
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No espaço da pesquisa existem três tipos de vegetação característica: a floresta aluvial, em neossolo quartzarênico, na planície de inundação; a savana arbórea densa ou cerradão, em argissolo vermelho-amarelo eutrófico, no terraço fluvial; e a savana arbórea aberta em galeria ou campo cerrado, em solo podzólico com a presença de um horizonte de cascalho a cerca de 0,60 m de profundidade, na meia encosta. O estudo de 34 sítios cerâmicos aponta para três formas de implantação: o predominante é em cima da borda do terraço fluvial, distante entre 30,0 e 80,0 m do rio, com 40,0 a 65,0 m de tamanho, espessura estratigráfica entre 20,0 e 40,0 cm e de 5,0 a 10,0 cm abaixo da superfície; a 2ª ocorre na planície de inundação, entre 20,0 e 45,0 m distante da linha d?água, com 20,0 a 45,0 m de tamanho, uma camada arqueológica variando entre 20,0 e 60,0 cm, a partir de 10,0 a 20,0 cm da superfície; e a 3ª, na meia encosta, afastada entre 120,0 e 340,0 m da margem do rio Jauru, com 10,0 a 15,0 m de extensão, predominantemente superficial, eventualmente com uma camada arqueológica entre 5,0 e 10,0 cm a partir da superfície. O resultado da análise do material e da implantação dos sítios indica a presença de diferentes culturas; ele foi comparado com as culturas ceramistas da área propostas em trabalhos anteriores que se referem à tradição Uru, característica dos cerrados do Brasil Central, à tradição Descalvado característica da borda setentrional do Pantanal e à tradição Descalvado/Pantanal, característica do ambiente alagado. O estudo pretendeu dar uma contribuição para uma área hoje ambiental e socialmente de fronteira, comprovando a existência, no passado arqueológico, da mesma característica. Observando o povoamento por cultivadores é possível separar claramente dois sistemas de assentamento. Ambos ocuparam os vários ambientes disponíveis, mas de forma diferenciada. O ambiente de Cerrado, entre o Pantanal e a Amazônia, oferece uma combinação de clima, solo e vegetação que produz um espaço favorável ao estabelecimento de populações que realizam cultivos nas áreas mais florestadas ao longo do rio ou em manchas isoladas de floresta, ao mesmo tempo em que exploram os abundantes recursos do Cerrado. O sistema que usa cerâmica temperada com areia é semelhante à ocupação denominada por diversos pesquisadores da área de tradição Descalvado. O sistema que usa cerâmica temperada com cariapé é semelhante à ocupação denominada por diversos pesquisadores da área de tradição Uru. A tradição Descalvado costuma ser atribuída a grupos da família lingüística Arawak. A tradição Uru costuma ser atribuída a grupos da família lingüística Macro-Jê.The study area extends over 16.0 km from 21L 0323756E 8298272N 8307359N 0317212E up to 21L 0317212E 8307359N. The environment is closed, bounded on the south by biome Pantanal, to the north by Amazon. In the research area there are three types of characteristic vegetation: alluvial forest in Psament, the floodplain, dense wooded savanna or cerrado, red - Ultisol in fluvial terrace and open wooded savanna or cerrado grassland in gallery in podzolic soil with the presence of a horizon of gravel at about 0.60 m depth in the hillside. The study of 34 ceramic sites points to three ways of implementation: the predominant is on the edge of the river terrace, far between 30.0 and 80.0 m from the river, with 40.0 to 65.0 m in size, thickness stratigraphic between 20.0 cm and 40.0 and 5.0 at 10.0 cm below the surface; the 2nd is in the flood plain, between 20.0 and 45.0 m away from the waterline, with 20.0 to 45.0 m in size, an archaeological layer varying between 20.0 and 60.0 cm , from 10.0 to 20.0 inches from the surface; and 3rd, the hillside away between 120.0 and 340.0 m from the bank of the river Jauru, with 10.0 15.0 m in length predominantly superficial, possibly with an archaeological layer between 5.0 and 10,0 cm from the surface. The result of the analysis of the material and the deployment of sites indicates that different types of sites represent different cultures; it was compared with the cultures of the proposed area potters in previous papers related to Uru tradition, characteristic of savannas of central Brazil, the tradition Descalvado characteristic of the northern edge of the Pantanal and Descalvado/Pantanal wetland environment characteristic of tradition. This study attempts to make a contribution to an environmental area today and socially border, proving that archaeological past she would have the same feature. Watching the settlement by growers is possible to separate clearly two systems of settlement. Both occupied the various environments available, but differently. The environment Cerrado, Pantanal and the Amazon between, offering a combination of climate, soil and vegetation that produces favorable to the establishment of populations that carry crops in more wooded areas along the river or in isolated patches of forest area, while in exploiting the abundant resources of the Cerrado. The system uses tempered pottery with sand is similar to the occupation called by various researchers in Descalvado tradition. The system uses tempered pottery with cariapé is similar to the occupation called by various researchers in Uru tradition. The Descalvado tradition is often attributed to groups of Arawak linguistic family. The Uru tradition is often attributed to groups of Macro-Jê linguistic family.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorPestana, Marlon Borgeshttp://lattes.cnpq.br/9346646414450899http://lattes.cnpq.br/1125239815915680Rogge, Jairo Henriquehttp://lattes.cnpq.br/7963148769474775Schmitz, Pedro IgnacioUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUnisinosBrasilEscola de HumanidadesPovoadores do rio Jauru: arqueologia pré-colonial e fronteira no povoamento do extremos oeste brasileiroPrehistoric settlers of the Jauru River: Archaeology and boundary of the far west Brazilian peoplelingACCNPQ::Ciências Humanas::HistóriaArqueologia pré-colonialPovoamentoFronteiraVale do JauruPrehistoric archaeologySettlingBoundaryJauru valleyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3317info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALMarlon Borges Pestana.pdfMarlon Borges Pestana.pdfapplication/pdf87887729http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3317/1/Marlon+Borges+Pestana.pdf74cddc228ed3b0cba3dd27d7af2e7ae0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82173http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3317/2/license.txt5f6f2e4c758f6f32e6a732cc5786e55fMD52UNISINOS/33172015-04-30 11:00:56.457oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/3317Tk9UQTogQ09MT1FVRSBBUVVJIEEgU1VBIFBSw5NQUklBIExJQ0VOw4dBCkVzdGEgbGljZW7Dp2EgZGUgZXhlbXBsbyDDqSBmb3JuZWNpZGEgYXBlbmFzIHBhcmEgZmlucyBpbmZvcm1hdGl2b3MuCgpMSUNFTsOHQSBERSBESVNUUklCVUnDh8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSDDoCAKVW5pdmVyc2lkYWRlIGRvIFZhbGUgZG8gUmlvIGRvcyBTaW5vcyAoVU5JU0lOT1MpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgCmRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgCmVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gCnBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgCmRpc3NlcnRhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIApuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSAKY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIApkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgw6AgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIApvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgCmlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgVEVTRSBPVSBESVNTRVJUQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIApBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyBPUkdBTklTTU8gUVVFIE7Dg08gU0VKQSBBIFNJR0xBIERFIApVTklWRVJTSURBREUsIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIApUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCkEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSAKZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgCmNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2015-04-30T14:00:56Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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