Hidratação do cimento portland na presença de elevados teores de fíler dolomito com diferentes finuras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jordani, Bárbara
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9494
Resumo: Devido à crescente demanda por cimentos e à necessidade de reduzir as emissões de CO2 durante a sua produção, novos cimentos contendo elevados teores de fíler e materiais cimentícios suplementares têm sido investigados. O fíler calcário em substituição parcial ao cimento é uma dessas alternativas, observando-se a adoção de teores crescentes em cimentos de diferentes países, inclusive no Brasil, com a aprovação recente da norma NBR 16697. Entretanto, o emprego de calcário dolomítico como fíler ainda é pouco difundido e a formação de produtos de hidratação provenientes da reação de finos de calcário dolomito – como presente na região sul do Brasil, com elevado teor de MgO – em pastas de cimento Portland ainda é pouco conhecida. Embora o desempenho do fíler calcário tenha sido investigado no passado, em termos de durabilidade, a formação de taumasita ainda é pouco estudada no Brasil, pois a maioria das publicações internacionais relatam que a taumasita se desenvolve em temperaturas baixas, na faixa de 5º e 15ºC. Desta forma, esta pesquisa buscou investigar os produtos de hidratação do cimento na presença de dolomita, buscando-se a formação de taumasita. Adotou-se um fíler dolomito com 20% de MgO, empregado em teores de 0%, 15%, e 35% em substituição ao cimento, com D50 de 10 µm, 6 µm e 4 µm. As pastas foram curadas em temperaturas de 5ºC e 20ºC. Os resultados da pesquisa indicam que, em relação ao comportamento reológico, todas as pastas de cimento com incorporação de dolomito apresentaram melhor homogeneidade em relação as pastas sem a presença de dolomito, e que o teor de 35% de fíler apresentou a maior taxa de viscosidade. A análise por calorimetria isotérmica apontou que a presença de dolomito apresentou efeito de nucleação e diluição reduzindo o calor de hidratação das pastas. Nos resultados de resistência à compressão, identificou-se comportamento semelhante entre as pastas analisadas. Quanto aos diferentes teores de dolomito, os mesmos não apresentaram diferenças significativas, e a finura 4µm demostrou o melhor empacotamento em microescala, também evidenciando maiores valores de resistência. O DRX detectou a presença de taumasita apenas na temperatura de 20ºC, indicando a possibilidade de formação deste composto em temperaturas mais elevadas.
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Entretanto, o emprego de calcário dolomítico como fíler ainda é pouco difundido e a formação de produtos de hidratação provenientes da reação de finos de calcário dolomito – como presente na região sul do Brasil, com elevado teor de MgO – em pastas de cimento Portland ainda é pouco conhecida. Embora o desempenho do fíler calcário tenha sido investigado no passado, em termos de durabilidade, a formação de taumasita ainda é pouco estudada no Brasil, pois a maioria das publicações internacionais relatam que a taumasita se desenvolve em temperaturas baixas, na faixa de 5º e 15ºC. Desta forma, esta pesquisa buscou investigar os produtos de hidratação do cimento na presença de dolomita, buscando-se a formação de taumasita. Adotou-se um fíler dolomito com 20% de MgO, empregado em teores de 0%, 15%, e 35% em substituição ao cimento, com D50 de 10 µm, 6 µm e 4 µm. As pastas foram curadas em temperaturas de 5ºC e 20ºC. Os resultados da pesquisa indicam que, em relação ao comportamento reológico, todas as pastas de cimento com incorporação de dolomito apresentaram melhor homogeneidade em relação as pastas sem a presença de dolomito, e que o teor de 35% de fíler apresentou a maior taxa de viscosidade. A análise por calorimetria isotérmica apontou que a presença de dolomito apresentou efeito de nucleação e diluição reduzindo o calor de hidratação das pastas. Nos resultados de resistência à compressão, identificou-se comportamento semelhante entre as pastas analisadas. Quanto aos diferentes teores de dolomito, os mesmos não apresentaram diferenças significativas, e a finura 4µm demostrou o melhor empacotamento em microescala, também evidenciando maiores valores de resistência. O DRX detectou a presença de taumasita apenas na temperatura de 20ºC, indicando a possibilidade de formação deste composto em temperaturas mais elevadas.Due to the growing demand for cements and the need to reduce CO2 emissions during their production, new cements containing high levels of filler and additional cementitious materials have been investigated. The limestone filler in partial replacement to cement is one of these alternatives, observing the adoption of increasing levels in cement from different countries, including Brazil, with the recent approval of the NBR 16697 standard. However, the use of dolomitic limestone as a filler is still it is not widespread and the formation of hydration products from the reaction of dolomite limestone fines - as present in southern Brazil, with high MgO content - in Portland cement pastes is still little known. Although the performance of limestone filler has been investigated in the past, in terms of durability, the formation of thaumasite is still poorly studied in Brazil, as most international publications report that thaumasite develops at low temperatures, in the range of 5º and 15ºC. Thus, this research sought to investigate the cement hydration products in the presence of dolomite, looking for the formation of thaumasite. A dolomite filler with 20% MgO was adopted, used in contents of 0%, 15%, and 35% to replace cement, with D50 of 10 µm, 6 µm and 4 µm. The pastes were cured at temperatures of 5ºC and 20ºC. The research results indicate that, in relation to rheological behavior, all cement pastes with dolomite incorporation showed better homogeneity compared to pastes without the presence of dolomite, and that the 35% filler content had the highest viscosity rate. The analysis by isothermal calorimetry showed that the presence of dolomite showed a nucleation and dilution effect, reducing the hydration heat of the pastes. In the results of resistance to compression, it was identified that the pastes submitted to a temperature of 5ºC showed the best mechanical performance. As for the different levels of dolomite, they did not present significant differences, and the 4µm fineness showed the best packaging in microscale, also showing higher strength values. The XRD detected the presence of thaumasite only at a temperature of 20ºC, indicating the possibility of formation of this mineral at higher temperatures.NenhumaJordani, Bárbarahttp://lattes.cnpq.br/1483525114314974http://lattes.cnpq.br/5195306459511343Mancio, Mauriciohttp://lattes.cnpq.br/4760250136044505Kulakowski, Marlova PivaUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Engenharia CivilUnisinosBrasilEscola PolitécnicaHidratação do cimento portland na presença de elevados teores de fíler dolomito com diferentes finurasACCNPQ::Engenharias::Engenharia Civilcalcário dolomitohidrataçãotaumasitalimestonedolomitecement hydrationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9494info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALBarbara Jordani_.pdfBarbara Jordani_.pdfapplication/pdf2694196http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9494/1/Barbara+Jordani_.pdf1d9295b9d4f49c7ee3b113a78dcd178bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9494/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/94942021-01-18 11:37:03.096oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9494Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2021-01-18T14:37:03Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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