Quando a telenovela vira meme: como a Zuera e o Melodrama se articulam a partir dos memes da reprise de Avenida Brasil

• Autor(a) principal: Vieira, Eloy Santos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
• Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9856
• topic: ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Comunicação; Cultura digital; Memes; Telenovelas; Gêneros midiáticos; Social TV; Mapa das mediações; Digital culture; Media genres; Map of mediations

O principal objetivo desta tese é suscitar algumas reflexões sobre as articulações entre os elementos da Cultura de Massa e da Cultura Digital. Para isto, a pesquisa parte da centralidade do audiovisual e o papel estratégico dos memes de internet, enquanto grandes articuladores desses dois polos. A hipótese principal é de que a Zuera poderia ser enquadrada como um gênero midiático contemporâneo, a partir das articulações entre ela e o Melodrama identificada nos memes produzidos e circulados entre as audiências de telenovelas nos ambientes digitais brasileiros. No caso deste trabalho em especificamente, a investigação se deu a partir dos memes referentes à reprise de Avenida Brasil (2012/2019) que circularam no Twitter durante a exibição da obra. A partir deles, foi possível propor categorias de análise sobre os memes que circularam sobre a novela, compreender alguns padrões de comportamento das audiências e da circulação dos memes encontrados no corpus e investigar qual a papel da Zuera dentro do mapa das mediações tendo como base as reflexões dos pontos anteriores. Para isso, passei a utilizar o conceito de gênero midiático (GOMES 2011; GROHMANN, 2009) porque revelou-se a mais adequada à complexidade demandada pelo material empírico coletado. E, numa tentativa de articular a discussão teórico-epistemológica com a metodológica, os procedimentos metodológicos tiveram inspiração cartográfica (MARTÍN-BARBERO, 2002, 2010, 2014; LOPES, 2018) em conjunto com uma abordagem interseccional (CARRERA, 2020). O que culminou numa reflexão sobre a compreensão atual do conceito gênero midiático, além de alguns tensionamentos sobre o mapa das mediações suas intersecções com a Cultura Digital.