Humanização do parto e do nascimento no contexto do SUS a partir das experiências das usuárias em uma maternidade de Porto Alegre, RS
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10188 |
Resumo: | Com os processos de medicalização da vida das populações e a institucionalização da assistência ao parto, esse passou a ser visto apenas como um evento puramente biológico, desconsiderando sua complexidade, individualidade e inserção sociocultural. Esse processo veio acompanhado pela perda de autonomia da mulher e pela transferência de algumas decisões aos profissionais da saúde quanto a condutas sobre o corpo feminino e o parto. No Brasil, esse modelo de atenção ao parto levou a necessidade de criar estratégias que visem modificar e melhorar a assistência à saúde da mulher e da criança, entre elas, o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Diante disso, torna-se pertinente a problemática de questões que permeiam a transição paradigmática dos modelos de atenção ao parto e nascimento. Por isso, esta pesquisa teve o objetivo de analisar as experiências das mulheres em relação à assistência ao parto e nascimento numa maternidade de Porto Alegre, RS, tentando captar se as mudanças institucionais referentes à humanização do parto e nascimento estão refletindo nessas experiências. Para isso, foi realizado um estudo qualitativo, de abordagem etnográfica. Para a coleta de dados foi utilizada a técnica de observação participante e entrevistas semi-estruturadas. A pesquisa de campo ocorreu entre os meses de novembro de 2014 e janeiro de 2015. Participaram deste estudo 25 mulheres puérperas, com idades entre 17 e 38 anos que receberam assistência durante o trabalho de parto, parto e pós-parto nessa maternidade. Os relatos das participantes e as anotações do campo foram examinados por meio da análise de discurso. Os resultados mostraram que existe uma movimentação institucional na tentativa de implantar as políticas de humanização do parto e nascimento, que foi reconhecida pela maioria das participantes e contribuíram para que elas tivessem uma boa percepção da assistência recebida. No entanto, também foi observada uma abundância de práticas tecnocráticas de atenção ao parto, onde persiste o uso rotineiro de intervenções obstétricas. Dessa maneira, as práticas consideradas humanizadas vêm acontecendo de forma muito fragmentada, como se fosse apenas mais um protocolo de rotina que precisa ser cumprido. Sendo assim, percebemos que ainda é necessária uma transformação profunda da lógica de assistência, da relação dos profissionais da saúde com as mulheres gestantes e parturientes, (re)criando uma intersubjetividade que favoreça o protagonismo da mulher no processo de parto/nascimento e seu bem-estar para além do cumprimento de normativas, protocolos e metas institucionais. |
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2021-09-24T14:17:21Z2021-09-24T14:17:21Z2015-07-26Submitted by Anna Barbara Alves Beraldine (annabarbara@unisinos.br) on 2021-09-24T14:17:21Z No. of bitstreams: 1 Clarissa Niedarauer Leote da Silva Pedroso_.pdf: 1858505 bytes, checksum: 7c0e3a3e736b6409e10d060db31774c4 (MD5)Made available in DSpace on 2021-09-24T14:17:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Clarissa Niedarauer Leote da Silva Pedroso_.pdf: 1858505 bytes, checksum: 7c0e3a3e736b6409e10d060db31774c4 (MD5) Previous issue date: 2015-07-26Com os processos de medicalização da vida das populações e a institucionalização da assistência ao parto, esse passou a ser visto apenas como um evento puramente biológico, desconsiderando sua complexidade, individualidade e inserção sociocultural. Esse processo veio acompanhado pela perda de autonomia da mulher e pela transferência de algumas decisões aos profissionais da saúde quanto a condutas sobre o corpo feminino e o parto. No Brasil, esse modelo de atenção ao parto levou a necessidade de criar estratégias que visem modificar e melhorar a assistência à saúde da mulher e da criança, entre elas, o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Diante disso, torna-se pertinente a problemática de questões que permeiam a transição paradigmática dos modelos de atenção ao parto e nascimento. Por isso, esta pesquisa teve o objetivo de analisar as experiências das mulheres em relação à assistência ao parto e nascimento numa maternidade de Porto Alegre, RS, tentando captar se as mudanças institucionais referentes à humanização do parto e nascimento estão refletindo nessas experiências. Para isso, foi realizado um estudo qualitativo, de abordagem etnográfica. Para a coleta de dados foi utilizada a técnica de observação participante e entrevistas semi-estruturadas. A pesquisa de campo ocorreu entre os meses de novembro de 2014 e janeiro de 2015. Participaram deste estudo 25 mulheres puérperas, com idades entre 17 e 38 anos que receberam assistência durante o trabalho de parto, parto e pós-parto nessa maternidade. Os relatos das participantes e as anotações do campo foram examinados por meio da análise de discurso. Os resultados mostraram que existe uma movimentação institucional na tentativa de implantar as políticas de humanização do parto e nascimento, que foi reconhecida pela maioria das participantes e contribuíram para que elas tivessem uma boa percepção da assistência recebida. No entanto, também foi observada uma abundância de práticas tecnocráticas de atenção ao parto, onde persiste o uso rotineiro de intervenções obstétricas. Dessa maneira, as práticas consideradas humanizadas vêm acontecendo de forma muito fragmentada, como se fosse apenas mais um protocolo de rotina que precisa ser cumprido. Sendo assim, percebemos que ainda é necessária uma transformação profunda da lógica de assistência, da relação dos profissionais da saúde com as mulheres gestantes e parturientes, (re)criando uma intersubjetividade que favoreça o protagonismo da mulher no processo de parto/nascimento e seu bem-estar para além do cumprimento de normativas, protocolos e metas institucionais.The medicalization processes of people's life and the institutionalization of childbirth care turn this event as a purely biological occurrence, ignoring its complexity, individuality and socio-cultural integration. This process was accompanied by the loss of autonomy of women and by the transfer of some decisions to health professionals, concerning procedures related to female body and childbirth. In Brazil, this model has led to the need to create strategies to modify and improve the health care of women and children, as the Program for Humanization of Antenatal Care and Childbirth. In this context, becomes worthwhile the problematic of issues that permeate the paradigmatic transition of care models to childbirth. Therefore, this study aimed to analyze the experiences of women in relation to childbirth and birth assistance in a public hospital at Porto Alegre, RS. In addition, it tries to capture if institutional changes related to the humanization of childbirth are reflecting in those experiences. In this sense, it was conducted a qualitative study of ethnographic approach. For data collection participant observation techniques and semi-structured interviews was used. The fieldwork has occurred between November 2014 and January 2015. The study included 25 puerperal women, aged 17 to 38 years who have received assistance in that maternity. The reports of the participants and field notes were examined by means of discourse analysis. The results showed that there is an institutional movement in attempt to deploy the childbirth humanization politics, which was recognized by most participants and contributed to a good perception of the care received. However, it was also observed an abundance of technocratic practices of childbirth care, where persists the routine use of obstetric interventions. Thus, the practices considered humanized are happening in very fragmented way, as if it were just another routine protocol that needs to be fulfilled. Thus, we realize that is still required a profound transformation concerning assistance procedures and the relationship between health professionals and pregnant women/parturients, (re) creating an inter-subjectivity that favors the role and well-being of women in childbirth/birth process beyond compliance with regulations, protocols and institutional goals.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorPedroso, Clarissa Niederauer Leote da Silvahttp://lattes.cnpq.br/9733601875793482http://lattes.cnpq.br/0621367687187866López, Laura CeciliaUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaUnisinosBrasilEscola de SaúdeHumanização do parto e do nascimento no contexto do SUS a partir das experiências das usuárias em uma maternidade de Porto Alegre, RSACCNPQ::Ciências da Saúde::Saúde ColetivaParto humanizadoSaúde da mulherAssistência perinatalHumanizing deliveryWomen's healthPerinatal careinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10188info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALClarissa Niedarauer Leote da Silva Pedroso_.pdfClarissa Niedarauer Leote da Silva Pedroso_.pdfapplication/pdf1858505http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/10188/1/Clarissa+Niedarauer+Leote+da+Silva+Pedroso_.pdf7c0e3a3e736b6409e10d060db31774c4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/10188/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/101882021-09-24 11:18:26.548oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/10188Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2021-09-24T14:18:26Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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