“No alvoroço da festa, não havia corrente de ferro que os prendesse, nem chibata que intimidasse”: a comunidade negra e sua Irmandade do Rosário (Santa Maria, 1873-1942)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5765 |
Resumo: | Este estudo tem por finalidade analisar a trajetória da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e a de alguns de seus integrantes no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, criada pela comunidade negra de Santa Maria da Boca do Monte, na região central do Rio Grande do Sul. As irmandades religiosas foram um importante instrumento de implantação e consolidação do catolicismo em diferentes partes do mundo. No Rio Grande do Sul, essas organizações confraternais foram fundamentais na construção e manutenção dos templos e na oferta dos serviços religiosos. Sua criação e organização eram realizadas por leigos e os acessos nessas instituições religiosas eram feitos de acordo com critérios sociorraciais, o que levaram as populações pobres e escravizadas a criarem suas próprias organizações. Entre a população negra, a irmandade mais popular era a de Nossa Senhora do Rosário, identificada como defensora dos escravos e amplamente utilizada na expansão do cristianismo. Santa Maria da Boca do Monte, localizada no centro do Rio Grande do Sul, também estava integrada na experiência associativa e religiosa das irmandades e nos seus critérios de hierarquização social. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário foi o centro aglutinador dos negros de Santa Maria, tanto na década de 1870, como no período pós-abolição e tornou-se um espaço de protagonismo e de reconstrução da identidade negra. Os interesses dos irmãos do Rosário e os desejos do clero eram divergentes sobre o modelo de comportamento da Irmandade e a posse da Capela do Rosário, o que ocasionou uma disputa jurídica e depois uma disputa de versões. O período entre a criação da Irmandade do Rosário em 1873 e a demolição de seu templo em 1942 foram estabelecidos como os marcos cronológicos desta pesquisa, para que se possa compreender a trajetória desta instituição e de seus integrantes em diferentes contextos políticos e sociais. Além da pesquisa bibliográfica, foram utilizadas uma variedade de fontes documentais obtidas em diferentes arquivos. Para a análise desse período, foram utilizados alguns princípios metodológicos da micro-história italiana, cujos resultados estão divididos em oito capítulos e demonstram os diferentes desafios enfrentados pela população negra, seja em tempos de cativeiro ou de liberdade. Revela uma comunidade negra ativa, organizada e dinâmica que buscava autonomia a partir da fundação de suas instituições sociais e religiosas. |
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2016-10-04T16:09:25Z2016-10-04T16:09:25Z2016-06-01Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-10-04T16:09:25Z No. of bitstreams: 1 Ênio Grigio_.pdf: 4490183 bytes, checksum: f3ddee4a0e8235215f427cc02947de5d (MD5)Made available in DSpace on 2016-10-04T16:09:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ênio Grigio_.pdf: 4490183 bytes, checksum: f3ddee4a0e8235215f427cc02947de5d (MD5) Previous issue date: 2016-06-01Este estudo tem por finalidade analisar a trajetória da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e a de alguns de seus integrantes no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, criada pela comunidade negra de Santa Maria da Boca do Monte, na região central do Rio Grande do Sul. As irmandades religiosas foram um importante instrumento de implantação e consolidação do catolicismo em diferentes partes do mundo. No Rio Grande do Sul, essas organizações confraternais foram fundamentais na construção e manutenção dos templos e na oferta dos serviços religiosos. Sua criação e organização eram realizadas por leigos e os acessos nessas instituições religiosas eram feitos de acordo com critérios sociorraciais, o que levaram as populações pobres e escravizadas a criarem suas próprias organizações. Entre a população negra, a irmandade mais popular era a de Nossa Senhora do Rosário, identificada como defensora dos escravos e amplamente utilizada na expansão do cristianismo. Santa Maria da Boca do Monte, localizada no centro do Rio Grande do Sul, também estava integrada na experiência associativa e religiosa das irmandades e nos seus critérios de hierarquização social. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário foi o centro aglutinador dos negros de Santa Maria, tanto na década de 1870, como no período pós-abolição e tornou-se um espaço de protagonismo e de reconstrução da identidade negra. Os interesses dos irmãos do Rosário e os desejos do clero eram divergentes sobre o modelo de comportamento da Irmandade e a posse da Capela do Rosário, o que ocasionou uma disputa jurídica e depois uma disputa de versões. O período entre a criação da Irmandade do Rosário em 1873 e a demolição de seu templo em 1942 foram estabelecidos como os marcos cronológicos desta pesquisa, para que se possa compreender a trajetória desta instituição e de seus integrantes em diferentes contextos políticos e sociais. Além da pesquisa bibliográfica, foram utilizadas uma variedade de fontes documentais obtidas em diferentes arquivos. Para a análise desse período, foram utilizados alguns princípios metodológicos da micro-história italiana, cujos resultados estão divididos em oito capítulos e demonstram os diferentes desafios enfrentados pela população negra, seja em tempos de cativeiro ou de liberdade. Revela uma comunidade negra ativa, organizada e dinâmica que buscava autonomia a partir da fundação de suas instituições sociais e religiosas.Este estudio tiene como objetivo analizar la trayectoria de la Hermandad de la Virgen del Rosario y de algunos de sus miembros en el final del siglo XIX y en las primeras décadas del siglo XX, creada por la comunidad negra de Santa Maria da Boca do Monte, en la región central del Rio Grande del Sur. Las hermandades religiosas fueron una importante herramienta de implantación y consolidación del catolicismo en diferentes partes del mundo. En Rio Grande del Sur, esas organizaciones confraternales tuvieron un papel decisivo en la construcción y mantenimiento de los templos y en la oferta de servicios religiosos. Su creación y organización se llevaron a cabo por laicos y los accesos en esas instituciones religiosas se hicieron de acuerdo con los criterios socio raciales, lo que llevaron a las poblaciones pobres y esclavizadas a crearen sus propias organizaciones. Entre la población negra, la hermandad más popular era de la Virgen del Rosario, identificada como una defensora de los esclavos y ampliamente utilizada en la expansión del cristianismo. Santa Maria da Boca do Monte, situada en el centro del Rio Grande del Sur, también se integró en la experiencia asociativa y religiosa de las hermandades y en sus criterios de jerarquía social. La Hermandad de la Virgen del Rosario fue el centro unificador del negro de Santa María, tanto en la década de 1870, como en el período posterior a la abolición y se convirtió en un espacio de protagonismo y de reconstrucción de la identidad negra. Los intereses de los hermanos del Rosario y los deseos de los clérigos eran diferentes sobre el modelo de comportamiento de la Hermandad y la propiedad de la Capilla del Rosario, lo que llevó a una disputa jurídica y luego una disputa de versiones. El período comprendido entre la creación de la Hermandad del Rosario en 1873 y la demolición de su templo en 1942 se establecieron como los hitos cronológicos de esta investigación, para que se pueda entender la historia de esta institución y de sus miembros en diferentes contextos sociales y políticos. Además de la literatura, se utilizó una variedad de fuentes documentales obtenidas en diferentes archivos. Para el análisis de este período, se utilizaron algunos principios metodológicos de la micro-historia italiana, cuyos resultados se dividen en ocho capítulos y demuestran los diferentes retos que enfrentan la población negra, ya sea en tempos de cautividad o de libertad. Revela una comunidad negra activa, organizada y dinámica que busca autonomía desde la fundación de sus instituciones sociales y religiosas.IFFar - Instituto Federal FarroupilhaPIQP - Programa de Incentivo a Qualidade ProfissionalGrigio, Êniohttp://lattes.cnpq.br/2810630912921242http://lattes.cnpq.br/7416066730700319Moreira, Paulo Roberto StaudtUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUnisinosBrasilEscola de Humanidades“No alvoroço da festa, não havia corrente de ferro que os prendesse, nem chibata que intimidasse”: a comunidade negra e sua Irmandade do Rosário (Santa Maria, 1873-1942)ACCNPQ::Ciências Humanas::HistóriaIgrejaIrmandade de Nossa Senhora do RosárioSanta Maria da Boca do MontePós-aboliçãoAssociativismo negroIglesiaHermandad de la Virgen del RosarioPostaboliciónAsociación negrainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5765info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALÊnio Grigio_.pdfÊnio Grigio_.pdfapplication/pdf4490183http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5765/1/%C3%8Anio+Grigio_.pdff3ddee4a0e8235215f427cc02947de5dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5765/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/57652016-10-04 13:15:42.157oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/5765Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2016-10-04T16:15:42Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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