O artista parasita: a gambiarra como processo experimental em artemídias sonoras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11242 |
Resumo: | Nesta dissertação, investigo técnicas de gambiarra realizadas em trabalhos de artemídias. Para tanto, exploro a ideia de artista parasita, observando procedimentos criativos de artistas que fazem uso de técnicas experimentais em dispositivos obsoletos para criação de obras sonoras. Primeiramente, parto do campo da biologia para definir o que vem a ser um parasita, conforme indicado por Ramos e Azevedo (2010), para então avançar sobre a relação de parasitose como um conjunto de interferências comunicacionais, segundo o pensamento de Michel Serres (1982). Situo esta pesquisa no âmbito da arqueologia das mídias, amparada principalmente por Parikka (2015; 2017). Como orientação metodológica, proponho uma abordagem cartográfica, conforme descrito por Canevacci (1997) e Molder (2010); também desenvolvo o procedimento de cartoescavação, que se refere à intervenção metodológica sobre os objetos empíricos. Esta cartoescavação aponta para questões a serem observadas em um laboratório de hacking, um espaço de experimentação conceitual e aplicada onde “escavo” dispositivos tecnológicos/artísticos/comunicacionais. Neste laboratório, a cartoescavação permite a abertura das caixas pretas, bem como o acesso a uma camada mais aprofundada de análise intitulada escuta geológica, que é conceituada a partir de Parikka (2015) e Ernst (2019). Como objetos empíricos analisados, apresento a banda indonésia Senyawa, que constrói seus próprios instrumentos sonoros; uma cartoescavação realizada em laboratório de hacking, intitulada Theremin Gambiarrístico; uma análise do instrumento sonoro Theremidi; e outra cartoescavação intitulada Objeto sonoro não-identificado (O.S.N.I). A partir destas análises foi possível observar o laboratório gambiarrístico do parasita, conhecer como ele desenvolve estratégias próprias para criação de suas obras sonoras, bem como observar de que formas este ambiente de estudos gambiarrísticos foi capaz de criar acessos para outras formas conhecimento sobre as materialidades e tecnologias trabalhadas. |
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2022-05-06T16:42:52Z2022-05-06T16:42:52Z2022-04-01Submitted by Anna Barbara Alves Beraldine (annabarbara@unisinos.br) on 2022-05-06T16:42:52Z No. of bitstreams: 1 Bibiana de Paula_.pdf: 4345662 bytes, checksum: 412f83f4cb2aa8a809ca6b04ce9feb68 (MD5)Made available in DSpace on 2022-05-06T16:42:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bibiana de Paula_.pdf: 4345662 bytes, checksum: 412f83f4cb2aa8a809ca6b04ce9feb68 (MD5) Previous issue date: 2022-04-01Nesta dissertação, investigo técnicas de gambiarra realizadas em trabalhos de artemídias. Para tanto, exploro a ideia de artista parasita, observando procedimentos criativos de artistas que fazem uso de técnicas experimentais em dispositivos obsoletos para criação de obras sonoras. Primeiramente, parto do campo da biologia para definir o que vem a ser um parasita, conforme indicado por Ramos e Azevedo (2010), para então avançar sobre a relação de parasitose como um conjunto de interferências comunicacionais, segundo o pensamento de Michel Serres (1982). Situo esta pesquisa no âmbito da arqueologia das mídias, amparada principalmente por Parikka (2015; 2017). Como orientação metodológica, proponho uma abordagem cartográfica, conforme descrito por Canevacci (1997) e Molder (2010); também desenvolvo o procedimento de cartoescavação, que se refere à intervenção metodológica sobre os objetos empíricos. Esta cartoescavação aponta para questões a serem observadas em um laboratório de hacking, um espaço de experimentação conceitual e aplicada onde “escavo” dispositivos tecnológicos/artísticos/comunicacionais. Neste laboratório, a cartoescavação permite a abertura das caixas pretas, bem como o acesso a uma camada mais aprofundada de análise intitulada escuta geológica, que é conceituada a partir de Parikka (2015) e Ernst (2019). Como objetos empíricos analisados, apresento a banda indonésia Senyawa, que constrói seus próprios instrumentos sonoros; uma cartoescavação realizada em laboratório de hacking, intitulada Theremin Gambiarrístico; uma análise do instrumento sonoro Theremidi; e outra cartoescavação intitulada Objeto sonoro não-identificado (O.S.N.I). A partir destas análises foi possível observar o laboratório gambiarrístico do parasita, conhecer como ele desenvolve estratégias próprias para criação de suas obras sonoras, bem como observar de que formas este ambiente de estudos gambiarrísticos foi capaz de criar acessos para outras formas conhecimento sobre as materialidades e tecnologias trabalhadas.In this thesis, I investigate gambiarra techniques performed in media art works. To do so, I explore the idea of the parasite-artist, observing creative procedures of artists that make use of experimental techniques applied to obsolete devices in order to create sound artworks. Firstly, I derive a definition of parasite from the field of biology, as indicated by Ramos and Azevedo (2010), and then describe the parasitic relationships as a set of communicational interferences, according to the thought of Michel Serres (1982). I situate this research in the scope of media archaeology, supported mainly by Parikka (2015; 2017). As a methodological orientation, I present a cartographic approach and the organization of constellations assembled with the observed research objects, as described by Canevacci (1997) and Molder (2010); I also develop the procedure of cartoexcavation, which refers to the methodological intervention on the empirical objects. This cartoexcavation points to further issues to be observed in a hacking laboratory, a space of conceptual and applied experimentation where I “excavate” technological/artistic/communicational devices. Grounded in Parikka (2015) and Ernst (2019) the cartoexcavation procedures conducted in this lab refer to the opening of black boxes, giving access to a deeper layer of analysis entitled geological listening. As for the empirical objects analyzed, I observe the Indonesian band Senyawa, which builds its own musical instruments; a cartoexcavation conducted in the hacking laboratory, entitled Theremin Gambiarrístico; an analysis of the musical instrument Theremidi; and another cartoexcavation entitled Unidentified Sonic Object (O.S.N.I).CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorPaula, Bibiana da Silva dehttp://lattes.cnpq.br/5241139410389419http://lattes.cnpq.br/5596822950536203Lopes, Tiago Ricciardi CorreaUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ComunicaçãoUnisinosBrasilEscola da Indústria CriativaO artista parasita: a gambiarra como processo experimental em artemídias sonorasACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::ComunicaçãoGambiarraArtemídiaArqueologia das mídiasArtista parasitaMedia artMedia archaeologyParasite-artistinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11242info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALBibiana de Paula_.pdfBibiana de Paula_.pdfapplication/pdf4345662http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/11242/1/Bibiana+de+Paula_.pdf412f83f4cb2aa8a809ca6b04ce9feb68MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/11242/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/112422022-05-06 13:43:25.987oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/11242Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2022-05-06T16:43:25Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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