Configurações de elementos organizacionais de cooperativas de plataforma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zuliani, André Luis Baumhardt
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11822
Resumo: As plataformas digitais tiveram grande crescimento na última década, organizando transações econômicas entre pares e impactando vários domínios. Essa trajetória é marcada por controvérsias, pois, ao mesmo tempo em que as plataformas digitais geraram grande volume de riqueza ao mobilizar prestadores de serviço e recursos privados, o crescente domínio de empresas globais fomentou uma reação de contestação. Em vista disso, a organização de plataformas tem sido repensada, sendo apontadas muitas direções futuras. Uma dessas direções prescreve a organização de plataformas digitais segundo uma orientação cooperativa, na qual os próprios trabalhadores serão os responsáveis pela gestão e organização do modelo, bem como pela definição das regras às quais estarão submetidos. As plataformas cooperativas são colocadas como uma alternativa capaz de reorientar operações na economia do compartilhamento, mas existem uma variedade de formatos para se organizar essas iniciativas. O presente estudo buscou, então, compreender os elementos organizacionais das plataformas digitais cooperativas. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com estudos de caso em três plataformas cooperativas do setor de mobilidade urbana, organizadas pelos próprios motoristas. O estudo identificou que as plataformas cooperativas mobilizam elementos organizacionais para estabelecer uma ordem social decidida, incluindo os cooperados no processo decisório. Contrariando proposições anteriores de que as plataformas cooperativas podem ser consideradas como organizações parciais, que não mobilizam elementos organizacionais por se valerem da ordem social do ambiente, verificou-se que as plataformas cooperativas são organizações formais estruturadas pelos elementos organizacionais delineados na abordagem de organização parcial, a saber: associação, hierarquia, regras, monitoramento e sanções. Embora as plataformas cooperativas tenham se estabelecido a partir de relações sociais nas quais já havia aspectos de ordem, a decisão sobre elementos organizacionais fez dessas iniciativas organizações formais completas. Destaca-se que o estudo sugere o elemento organizacional da Associação como o primário para o estabelecimento de plataformas cooperativas. Ao decidir sobre elementos organizacionais, as plataformas cooperativas passam a atuar como organizadoras de mercados de compartilhamento, permitindo a interação entre provedores e usuários e regulando as transações entre pares, com a participação de partes interessadas no processo decisório. O estudo acrescenta à literatura evidências empíricas de um contexto que tem sido amplamente discutido, mas que ainda carece de experiências práticas. O estudo sugere que associação e hierarquia são elementos organizacionais proeminentes e que os demais elementos se manifestam no mercado de compartilhamento organizado na periferia das plataformas cooperativas.
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Uma dessas direções prescreve a organização de plataformas digitais segundo uma orientação cooperativa, na qual os próprios trabalhadores serão os responsáveis pela gestão e organização do modelo, bem como pela definição das regras às quais estarão submetidos. As plataformas cooperativas são colocadas como uma alternativa capaz de reorientar operações na economia do compartilhamento, mas existem uma variedade de formatos para se organizar essas iniciativas. O presente estudo buscou, então, compreender os elementos organizacionais das plataformas digitais cooperativas. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com estudos de caso em três plataformas cooperativas do setor de mobilidade urbana, organizadas pelos próprios motoristas. O estudo identificou que as plataformas cooperativas mobilizam elementos organizacionais para estabelecer uma ordem social decidida, incluindo os cooperados no processo decisório. Contrariando proposições anteriores de que as plataformas cooperativas podem ser consideradas como organizações parciais, que não mobilizam elementos organizacionais por se valerem da ordem social do ambiente, verificou-se que as plataformas cooperativas são organizações formais estruturadas pelos elementos organizacionais delineados na abordagem de organização parcial, a saber: associação, hierarquia, regras, monitoramento e sanções. Embora as plataformas cooperativas tenham se estabelecido a partir de relações sociais nas quais já havia aspectos de ordem, a decisão sobre elementos organizacionais fez dessas iniciativas organizações formais completas. Destaca-se que o estudo sugere o elemento organizacional da Associação como o primário para o estabelecimento de plataformas cooperativas. Ao decidir sobre elementos organizacionais, as plataformas cooperativas passam a atuar como organizadoras de mercados de compartilhamento, permitindo a interação entre provedores e usuários e regulando as transações entre pares, com a participação de partes interessadas no processo decisório. O estudo acrescenta à literatura evidências empíricas de um contexto que tem sido amplamente discutido, mas que ainda carece de experiências práticas. O estudo sugere que associação e hierarquia são elementos organizacionais proeminentes e que os demais elementos se manifestam no mercado de compartilhamento organizado na periferia das plataformas cooperativas.Digital platforms have seen tremendous growth over the past decade, organizing economic peer-to-peer transactions and impacting multiple domains. This trajectory is marked by controversy, as, while digital platforms generated a great volume of wealth by mobilizing service providers and private resources, the growing dominance of global companies fostered a reaction of contestation. In view of this, the organization of platforms has been rethought, with many future directions being pointed out. One of these directions prescribes the organization of digital platforms according to a cooperative orientation, in which the workers themselves will be responsible for the management and organization of the model, as well as for the definition of the rules to which they will be subject. Cooperative platforms are presented as an alternative capable of reorienting operations in the sharing economy, but there are a variety of formats for organizing these initiatives. The present study therefore sought to understand the organizational elements of cooperative digital platforms. For that, qualitative research was developed, with case studies in three cooperative platforms of the urban mobility sector, organized by the drivers themselves. The study identified that cooperative platforms mobilize organizational elements to establish a decided social order, including cooperative members in the decision-making process. Contrary to previous propositions that cooperative platforms can be considered as partial organizations, which do not mobilize organizational elements because they make use of the social order of the environment, it was found that cooperative platforms are formal organizations structured by organizational elements outlined in the partial organization approach, namely: association, hierarchy, rules, monitoring, and sanctions. Although cooperative platforms were established from social relationships in which there were already aspects of order, the decision on organizational elements made these initiatives complete formal organizations. It is noteworthy that the study suggests the organizational element of the Association as the primary one for the establishment of cooperative platforms. When deciding on organizational elements, cooperative platforms begin to act as organizers of sharing markets, allowing interaction between providers and users and regulating transactions between peers, with the participation of stakeholders in the decision-making process. The study adds to the literature empirical evidence from a context that has been widely discussed, but which still lacks practical experiences. The study suggests that association and hierarchy are prominent organizational elements and that the other elements are manifested in the sharing market organized on the periphery of cooperative platforms.NenhumaZuliani, André Luis Baumhardthttp://lattes.cnpq.br/8298307845615857http://lattes.cnpq.br/3273936462544903Silveira, Alexandre Borba dahttp://lattes.cnpq.br/8074084735735599Bittencourt, Bruno AnicetUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUnisinosBrasilEscola de Gestão e NegóciosConfigurações de elementos organizacionais de cooperativas de plataformaACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::AdministraçãoCooperativismoEconomia do compartilhamentoGovernançaPlataformaCooperativismGovernanceSharing economyPlatforminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11822info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/11822/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52ORIGINALAndré Luis Baumhardt Zuliani_.pdfAndré Luis Baumhardt Zuliani_.pdfapplication/pdf1238032http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/11822/1/Andr%C3%A9+Luis+Baumhardt+Zuliani_.pdfab41e80dfe5b0a2657b83e635c782a17MD51UNISINOS/118222022-08-15 12:03:41.045oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/11822Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2022-08-15T15:03:41Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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