Manifesto-outro : educação escrileitófaga popular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaicëulionis, Joja da Silva
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13191
Resumo: Esta dissertação se constitui da teorização, experimentação e da análise de oficinas de escrileitufagia desenvolvidas na interface entre literatura, artes e filosofia pela própria pesquisadora em uma turma de nono ano de uma escola da rede pública do município de São Leopoldo/RS. Sendo assim, esta Dissertação tem como objetivo analisar como inventar outras relações com a escrita na escola, consigo e com os outros a partir da elaboração de manifestos de rexistência, tomando a antropofagia como conceito e método e a escola como inventora de povo. Operei com os conceitos de antropofagia, manifesto, escola popular e escrita e leitura como ferramentais analíticos. Como material empírico, utiliza objetos de arte e escritas desenvolvidos pelos alunos e alunas durante as oficinas entre maio e dezembro de 2023, marcados por lutas contemporâneas, modos de existência e experimentações artísticas. Nesse percurso, fez-se importante atentar para os deslocamentos produzidos a partir do contato com as referências apresentadas e as experimentações com a escrileitufagia na escola. Tal organização e processo de criação artístico-literário está intimamente ligado a ritualística antropofágica. Para tanto, a pesquisa compõe uma analogia estrutural de um corpo a ser antropofagizado, performando um corpo-manifesto a ser devorado substancialmente por cada leitora que com ele ousar se relacionar, substituindo a organização por capítulos, por momentos de deglutição, contanto histórias de devorar outros corpos. Utiliza como base metodológica a antropofagia e as estilísticas de existência, colocando foco nas possibilidades de subjetivação a partir de práticas de escrita e de leitura, tomadas pelo viés não utilitarista e não mercadológico. No decorrer das análises mostra a emergência de temáticas sensíveis aos alunos, delineando modos de existir que problematizam suas vivências no presente a partir da elaboração de manifestos de rexistência de suas próprias experiências e da relação com as discussões filosóficas, tais como o racismo, a misoginia, a gordofobia e a desigualdade social. Por fim, dá a ver as relações que durante o processo de pesquisa foram tecidas e que fazem desse corpo-manifesto uma manifestação de existências outras, plurais e marginais insurgentes, que outraram-se a si mesmas pela e com a relação com outrem, produzindo alteridades e possibilidades de outros espaços. Relações que manifestaram existências inconstantes, dizendo-a-antropofagia como verdade de si, que pertence a si, mas que seja de bem-comum, pertence a si como a todos e a qualquer um, para o outro, francamente e tecnizadamente assumindo riscos da relação e se manifestando no tecimento do próprio corpo, de sua própria vida como espaço heterotópico. A partir, pois, de duas dimensões de análise: outrar-se e a constante lúdica viveu-se outras possibilidades na escola via leitura e escrita. Verdades-tropicais da inconstância da existência. Outrar-se com a relação. Outrarse com a arte. Outrar-se com a filosofia. Outrar-se com a literatura. E, sobretudo, outrar-se com a proposição de que cada um se relacione com esse corpo-manifesto plural a seu modo, pois a pesquisadora se entrega corajosa e virtuosamente para que cada leitora a antropofagize e se outre com suas linhas a seu modo. Relacione-se e devore-a. A vida é devoração.
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spelling 2024-08-22T19:16:45Z2024-08-22T19:16:45Z2024-03-26Submitted by Jeferson Carlos da Veiga Rodrigues (jveigar@unisinos.br) on 2024-08-22T19:16:45Z No. of bitstreams: 1 Joja da Silva Vaicëulionis_PROTEGIDO.pdf: 14164331 bytes, checksum: 44fea3e182a86db79d492d99e07d411a (MD5)Made available in DSpace on 2024-08-22T19:16:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Joja da Silva Vaicëulionis_PROTEGIDO.pdf: 14164331 bytes, checksum: 44fea3e182a86db79d492d99e07d411a (MD5) Previous issue date: 2024-03-26Esta dissertação se constitui da teorização, experimentação e da análise de oficinas de escrileitufagia desenvolvidas na interface entre literatura, artes e filosofia pela própria pesquisadora em uma turma de nono ano de uma escola da rede pública do município de São Leopoldo/RS. Sendo assim, esta Dissertação tem como objetivo analisar como inventar outras relações com a escrita na escola, consigo e com os outros a partir da elaboração de manifestos de rexistência, tomando a antropofagia como conceito e método e a escola como inventora de povo. Operei com os conceitos de antropofagia, manifesto, escola popular e escrita e leitura como ferramentais analíticos. Como material empírico, utiliza objetos de arte e escritas desenvolvidos pelos alunos e alunas durante as oficinas entre maio e dezembro de 2023, marcados por lutas contemporâneas, modos de existência e experimentações artísticas. Nesse percurso, fez-se importante atentar para os deslocamentos produzidos a partir do contato com as referências apresentadas e as experimentações com a escrileitufagia na escola. Tal organização e processo de criação artístico-literário está intimamente ligado a ritualística antropofágica. Para tanto, a pesquisa compõe uma analogia estrutural de um corpo a ser antropofagizado, performando um corpo-manifesto a ser devorado substancialmente por cada leitora que com ele ousar se relacionar, substituindo a organização por capítulos, por momentos de deglutição, contanto histórias de devorar outros corpos. Utiliza como base metodológica a antropofagia e as estilísticas de existência, colocando foco nas possibilidades de subjetivação a partir de práticas de escrita e de leitura, tomadas pelo viés não utilitarista e não mercadológico. No decorrer das análises mostra a emergência de temáticas sensíveis aos alunos, delineando modos de existir que problematizam suas vivências no presente a partir da elaboração de manifestos de rexistência de suas próprias experiências e da relação com as discussões filosóficas, tais como o racismo, a misoginia, a gordofobia e a desigualdade social. Por fim, dá a ver as relações que durante o processo de pesquisa foram tecidas e que fazem desse corpo-manifesto uma manifestação de existências outras, plurais e marginais insurgentes, que outraram-se a si mesmas pela e com a relação com outrem, produzindo alteridades e possibilidades de outros espaços. Relações que manifestaram existências inconstantes, dizendo-a-antropofagia como verdade de si, que pertence a si, mas que seja de bem-comum, pertence a si como a todos e a qualquer um, para o outro, francamente e tecnizadamente assumindo riscos da relação e se manifestando no tecimento do próprio corpo, de sua própria vida como espaço heterotópico. A partir, pois, de duas dimensões de análise: outrar-se e a constante lúdica viveu-se outras possibilidades na escola via leitura e escrita. Verdades-tropicais da inconstância da existência. Outrar-se com a relação. Outrarse com a arte. Outrar-se com a filosofia. Outrar-se com a literatura. E, sobretudo, outrar-se com a proposição de que cada um se relacione com esse corpo-manifesto plural a seu modo, pois a pesquisadora se entrega corajosa e virtuosamente para que cada leitora a antropofagize e se outre com suas linhas a seu modo. Relacione-se e devore-a. A vida é devoração.This paper presents a theoretical and analytical exploration of escrileitufagia workshops developed at the intersection between literature, arts, and philosophy. These workshops were conceived by the researcher and implemented with a ninth-grade classroom at a public school in São Leopoldo/RS. In this context, the research aims to explore new avenues for encouraging connections with writing within the school environment, with oneself and with the others through the creation of rexistance writes based on the concept of anthrophofagy and its method and considering the school as the inventor of people. The art objects and the texts produced by the students along different experimentations conducted between May and December 2023 are the primary materials for analysis. To support this analysis, this paper presents contemporary struggles, modes of existence, and artistic experimentations. It also analyzes the sequence of displacements resulting from engagement with the referenced materials. Both the organization and the artistic-literary creation process are closely linked to anthropophagic ritualism. Therefore, the research composes a structural analogy of a body to be anthropophagized, performing a manifesto-body to be substantially devoured by each reader who dares to relate to it, replacing the organization by chapters with moments of deglutition, narrating stories of devouring other bodies. It employs the anthropophagy and the stylistics of existence as methodologies, focusing on the potentials of subjectivation through writing and reading practices, approached from a non-utilitarian and nonmarket perspective. Throughout the analyses, it shows the emergence of themes that resonate deeply with students, outlining ways of existing that problematize their present experiences through the elaboration of resistance manifestos of their own experiences and their engagement with philosophical discussions, including racism, misogyny, fatphobia, and social inequality. Finally, it reveals the relationships that were woven during the research process transforming this manifesto-body into a tangible embodiment of diverse and insurgent marginal existences which, in their engagement with others, generate alterities and open up possibilities for alternative spaces, collectively "othering" themselves. These relationships embody fluid and divergent existences, asserting anthropophagy as a personal truth while simultaneously embracing it as a shared asset, belonging not only to oneself but also to the collective frankly and technologically assuming risks of the relationship and manifesting itself in the weaving of one's own body, of one's own life as a heterotopic space. Tropical truths of the inconsistency of existence. "Othering" with the relationship. "Othering" with art. "Othering" with philosophy. "Othering" with literature. Above all, "othering" with this plural manifesto-body embracing the proposition that each one relates to it uniquely, because the researcher courageously and virtuously surrenders herself so that each reader may anthropophagize her and "other" themselves with her lines. Engage with and devour it. Life is devouring.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorVaicëulionis, Joja da Silvahttp://lattes.cnpq.br/4005678217112347http://lattes.cnpq.br/5324014715865436Schuler, BetinaUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUnisinosBrasilEscola de HumanidadesManifesto-outro : educação escrileitófaga popularACCNPQ::Ciências Humanas::EducaçãoManifesto artístico-literárioAntropofagiaEscola filosófica popularEstilísticas canibaisEscrileitufagiaRessistance writeAnthropophagyPublic philosophical schoolCannibalistic stylisticsEscrileitufagiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13191info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/13191/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52ORIGINALJoja da Silva Vaicëulionis_PROTEGIDO.pdfJoja da Silva Vaicëulionis_PROTEGIDO.pdfapplication/pdf14164331http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/13191/1/Joja+da+Silva+Vaic%C3%ABulionis_PROTEGIDO.pdf44fea3e182a86db79d492d99e07d411aMD51UNISINOS/131912024-08-22 16:18:09.936oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/13191Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2024-08-22T19:18:09Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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