Conversas com açorianos: entre as memórias e os conflitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Robin, Sinara Santos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3669
Resumo: Nesta pesquisa nos propomos a perguntar para o passado, sempre em movimento, em função das vivências do(s) presente(s), sobre da ocupação açoriana, no Rio Grande do Sul, da presença de marcas identitárias, desse grupo no espaço inicialmente ocupado e como foram construídas algumas concepções hoje naturalizadas sobre os mesmos. A Tese Conversas com Açorianos: entre as memórias e os conflitos trabalha com a ideia de que são as experiências, as memórias , as temporalidades organizadas pelo mundo imaginal que atualizam a história da açorianidade destas comunidades que vivem na Região do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Território que compreende parte do litoral sul do Estado, entre os Municípios de Mostardas até a chamada Vila do Bojuru, passando por Tavares e região das Lagoas. A Lagoa do Peixe exerce um papel bastante importante nesse território porque aparece nas narrativas de cronistas, nos relatórios oficiais e está presente na vida destas comunidades ainda hoje. A pesca na região enfocada é tida como um ofício, uma arte manual, uma obrigação natural dos que ali residem. Para os pescadores profissionais, credenciados pelo IBAMA, é o meio de vida. Porém, a pesquisa de campo demonstrou que tal atividade é praticada por muitas pessoas (além das credenciadas), como lazer e como “ofício” e por sua vez, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe abrange, como área de preservação um território muito frequentado por nativos locais. Nesta pesquisa as “imagens da memória” construídas através dos registros historiográficos, num primeiro momento e pelos relatos dos “açorianos do presente”, são concebidas como camadas de tempo sobrepostas e quem comanda este tempo é a duração dos acontecimentos. A colonização portuguesa e sua política de ocupação e povoamento providenciou a vinda de “casais açorianos”. Muitos deles obtiveram as “terras prometidas”, porém outros tantos não. Eles itineraram sob um vasto território, formaram as primeiras freguesias e de lá para cá muita coisa mudou. Esta temporalidade está registrada na história e na historiografia sul-rio-grandense. Também está acolhida e protegida pelo folclore. Verificar as marcas e os sinais da açorianidade hoje implica em trabalhar com as múltiplas temporalidades contidas na história dos açorianos no Rio Grande do Sul e presentes nos rituais, nas artes, nos ofícios, nos saberes deste “açoriano-brasileiro do presente”. É a história, registrada na historiografia, na arquitetura da época, nos objetos, que atualizam esta memória que é transportada no tempo pelos sujeitos envolvidos. Estes movimentos de idas, vindas e retornos só podem ser percebidos através da perspectiva da “longa duração” e percorrendo a poética das narrativas que passeiam nas múltiplas temporalidades.
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A Tese Conversas com Açorianos: entre as memórias e os conflitos trabalha com a ideia de que são as experiências, as memórias , as temporalidades organizadas pelo mundo imaginal que atualizam a história da açorianidade destas comunidades que vivem na Região do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Território que compreende parte do litoral sul do Estado, entre os Municípios de Mostardas até a chamada Vila do Bojuru, passando por Tavares e região das Lagoas. A Lagoa do Peixe exerce um papel bastante importante nesse território porque aparece nas narrativas de cronistas, nos relatórios oficiais e está presente na vida destas comunidades ainda hoje. A pesca na região enfocada é tida como um ofício, uma arte manual, uma obrigação natural dos que ali residem. Para os pescadores profissionais, credenciados pelo IBAMA, é o meio de vida. Porém, a pesquisa de campo demonstrou que tal atividade é praticada por muitas pessoas (além das credenciadas), como lazer e como “ofício” e por sua vez, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe abrange, como área de preservação um território muito frequentado por nativos locais. Nesta pesquisa as “imagens da memória” construídas através dos registros historiográficos, num primeiro momento e pelos relatos dos “açorianos do presente”, são concebidas como camadas de tempo sobrepostas e quem comanda este tempo é a duração dos acontecimentos. A colonização portuguesa e sua política de ocupação e povoamento providenciou a vinda de “casais açorianos”. Muitos deles obtiveram as “terras prometidas”, porém outros tantos não. Eles itineraram sob um vasto território, formaram as primeiras freguesias e de lá para cá muita coisa mudou. Esta temporalidade está registrada na história e na historiografia sul-rio-grandense. Também está acolhida e protegida pelo folclore. Verificar as marcas e os sinais da açorianidade hoje implica em trabalhar com as múltiplas temporalidades contidas na história dos açorianos no Rio Grande do Sul e presentes nos rituais, nas artes, nos ofícios, nos saberes deste “açoriano-brasileiro do presente”. É a história, registrada na historiografia, na arquitetura da época, nos objetos, que atualizam esta memória que é transportada no tempo pelos sujeitos envolvidos. Estes movimentos de idas, vindas e retornos só podem ser percebidos através da perspectiva da “longa duração” e percorrendo a poética das narrativas que passeiam nas múltiplas temporalidades.In this research in we consider them to ask for the past, always in movement, related to experiences in the present, concerning the azorian occupation, in Rio Grande do Sul, in the presence of identity marks, this group in the initially busy space and as some conceptions today naturalized on the same ones had been constructed. The Thesis: Colloquies with Azorian: between the memories and the conflicts works with the idea that they are the experiences, the memories, the temporalities organized for the imaginal world that brings up to date the history of azorianity of these communities that live in the Region of the National Park of the Lagoa do Peixe. Territory that is located in the South coast of the state, between the Cities of Mostardas until the Bojuru Village, passing over Tavares and the Lagoons. The Lagoa do Peixe, exerts a sufficiently important job in this territory because it appears in the narratives of story tellers, in the official reports and is present in the life of these communities until today. The fishing there is focused as a craft, a manual art, a natural obligation of that inhabits there. For the professional, credential fishing for the IBAMA, it is the way of life. However, the field research demonstrated that such activity is practiced by many people (beyond the credential ones), as "legal-size" leisure because of the occurrences, the National Park of the Lagoa do Peixe encloses, as preservation area a territory very frequented by local natives. In this research “images of the memory" were constructed through the historiographical registers, at a first moment and by the stories of the "azorian in the present", are conceived as overlapping layers of time and who commands this time is the duration of the events. The Portuguese settling and its politics of occupation and, provided the coming of "azorian couples". Many of them had gotten "attached lands" however others didn't. They traveled under a vast territory, had formed the first clienteles and since then a lot of things changed. This temporality is registered in history and the historiography south-riograndense. Also it is received and protected for the folklore. To verify the marks and the signals of the azorianity today implies in working with the multiple temporalities contained in the history of the azorians in Rio Grande do Sul and also in the rituals, the arts, the crafts, knowledge of this "azorian - Brazilian of the present". It is the history, registered in the historiography, in the architecture of the time, in the objects, that bring up to date this memory that is carried in the time for the involved citizens. These movements of departures and arrivals, alone can be perceived through the perspective of the "long duration" and covering the poetical narratives that take a walk in the multiple temporalities.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorPROSUP - Programa de Suporte à Pós-Gradução de Instituições de Ensino ParticularesRobin, Sinara Santoshttp://lattes.cnpq.br/5991523854481729http://lattes.cnpq.br/5165417275334692Ramos, Eloisa Helena Capovilla da LuzUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUnisinosBrasilEscola de HumanidadesConversas com açorianos: entre as memórias e os conflitosACCNPQ::Ciências Humanas::HistóriaRelações homem/naturezaAçorianosAçorianidadeConflitoMemóriaImagináriosRelations man/natureAzoriansAzorianityConflictMemoryImaginaryinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3669info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALSinara Santos Robin.pdfSinara Santos Robin.pdfapplication/pdf5092580http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3669/1/Sinara+Santos+Robin.pdf237739b979cffc910ca8873aff98140eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3669/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/36692015-05-26 13:42:32.412oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/3669Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2015-05-26T16:42:32Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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