Nas “Quebradas do Inhanduí”, gênesis e exercício do bipartidarismo brasileiro: o regime civil-militar e as relações entre a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). (1966 – 1979)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5400 |
Resumo: | A presente pesquisa parte da temática do regime civil-militar brasileiro, voltada à fronteira oeste sul-rio-grandense, para analisar o sistema bipartidário brasileiro (1966-1979), bem como as relações intra e interpartidárias envolvendo a Arena e o MDB em Alegrete. Ela se propõe verificar a forma com que as estruturas do regime em questão interagiram com as características da política local e vice-versa. Desse modo, o estudo de caso enfatiza a necessidade do olhar sobre o regime autoritário a partir da perspectiva do interior, muitas vezes portadores de dinâmicas sociais completamente diferentes das do grande centro urbano. Assim, os dois partidos foram avaliados nos âmbitos estrutural, estratégico e competitivo, a partir dos pleitos municipais de 1968, 1972 e 1976, estendendo a abordagem aos desempenhos nos escrutínios alegretenses referentes às eleições gerais. Embasando-se em importantes auxílios da História e da Ciência Política, foi possível discutir com o caso brasileiro aspectos a respeito do funcionamento dos sistemas bipartidários e os domínios dos partidos políticos, bem como o intrincado caminho que reflete sobre os espaços de atuação dos indivíduos e grupos, em vista do autoritarismo e da maior imprevisibilidade do campo politico da época. Isso permitiu que contrariássemos aquilo que indicam muitos estudos, de que o bipartidarismo brasileiro foi artificial e a Arena e o MDB os partidos do “sim” e do “sim, senhor”. De fato, a nível nacional ambos tiveram as suas atribuições significativamente restringidas, principalmente o segundo. Contudo, consideramos esta uma generalização perigosa, pois os dados referentes ao município de Alegrete mostram realidade diferente. O MDB venceu as disputas para o Executivo e conquistou maioria no Legislativo local durante o período de maior repressão do regime. A Arena, por sua vez, reverteu esse cenário na segunda metade dos anos de 1970, época em que enfrentou desgaste em nível nacional, ao contrário do MDB. Em vista disso, verificou-se que os dois tiveram certa autonomia para traçar as suas respectivas estratégias, devido as características da política local, o acirramento das clivagens anteriores a 1966 e a combinação entre aspectos mantidos e outros criados pelo regime autoritário. Acerca deste último, teve-se nas sublegendas importante meio para examinar as disputas partidárias, embora tenham sido criadas para beneficiar a Arena. Assim, avaliamos que o bipartidarismo brasileiro apresentou atributos singulares, sendo, portanto, bastante complexo. Porém, ao relacionar política nacional e local, dificilmente o bipartidarismo pode ser considerado artificial. |
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2016-06-15T16:37:19Z2016-06-15T16:37:19Z2016-04-05Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-06-15T16:37:19Z No. of bitstreams: 1 Diego Garcia Braga_.pdf: 2337757 bytes, checksum: 1cdf262c592391d3d1e9b50243cf3876 (MD5)Made available in DSpace on 2016-06-15T16:37:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Diego Garcia Braga_.pdf: 2337757 bytes, checksum: 1cdf262c592391d3d1e9b50243cf3876 (MD5) Previous issue date: 2016-04-05A presente pesquisa parte da temática do regime civil-militar brasileiro, voltada à fronteira oeste sul-rio-grandense, para analisar o sistema bipartidário brasileiro (1966-1979), bem como as relações intra e interpartidárias envolvendo a Arena e o MDB em Alegrete. Ela se propõe verificar a forma com que as estruturas do regime em questão interagiram com as características da política local e vice-versa. Desse modo, o estudo de caso enfatiza a necessidade do olhar sobre o regime autoritário a partir da perspectiva do interior, muitas vezes portadores de dinâmicas sociais completamente diferentes das do grande centro urbano. Assim, os dois partidos foram avaliados nos âmbitos estrutural, estratégico e competitivo, a partir dos pleitos municipais de 1968, 1972 e 1976, estendendo a abordagem aos desempenhos nos escrutínios alegretenses referentes às eleições gerais. Embasando-se em importantes auxílios da História e da Ciência Política, foi possível discutir com o caso brasileiro aspectos a respeito do funcionamento dos sistemas bipartidários e os domínios dos partidos políticos, bem como o intrincado caminho que reflete sobre os espaços de atuação dos indivíduos e grupos, em vista do autoritarismo e da maior imprevisibilidade do campo politico da época. Isso permitiu que contrariássemos aquilo que indicam muitos estudos, de que o bipartidarismo brasileiro foi artificial e a Arena e o MDB os partidos do “sim” e do “sim, senhor”. De fato, a nível nacional ambos tiveram as suas atribuições significativamente restringidas, principalmente o segundo. Contudo, consideramos esta uma generalização perigosa, pois os dados referentes ao município de Alegrete mostram realidade diferente. O MDB venceu as disputas para o Executivo e conquistou maioria no Legislativo local durante o período de maior repressão do regime. A Arena, por sua vez, reverteu esse cenário na segunda metade dos anos de 1970, época em que enfrentou desgaste em nível nacional, ao contrário do MDB. Em vista disso, verificou-se que os dois tiveram certa autonomia para traçar as suas respectivas estratégias, devido as características da política local, o acirramento das clivagens anteriores a 1966 e a combinação entre aspectos mantidos e outros criados pelo regime autoritário. Acerca deste último, teve-se nas sublegendas importante meio para examinar as disputas partidárias, embora tenham sido criadas para beneficiar a Arena. Assim, avaliamos que o bipartidarismo brasileiro apresentou atributos singulares, sendo, portanto, bastante complexo. Porém, ao relacionar política nacional e local, dificilmente o bipartidarismo pode ser considerado artificial.This research about the Brazilian civil-military regime, is focused on the western border of Rio Grande do Sul state, to analyze the Brazilian two-party system (1966-1979), as well as intra- and inter-party relations involving the Arena and the MDB in Alegrete. It proposes to verify the way the typical structures of the dictatorship interacted with the characteristics of local politics and "vice versa". This way, the case study emphasizes the need to look at the authoritarian regime from the inland perspective, with held social dynamics completely different of the large urban centers. Thus, the two parties have been evaluated in structural, strategic and competitive levels, from municipal elections of 1968, 1972 and 1976, extending the approach to performance in the votings of Alegrete, relative for the General elections. Grounded on the contribution of History and Political Science, it discusses with the Brazilian case and the aspects regarding the operation of the two-party systems and in the fields of political parties as well as the intricate path that reflects on the areas of action of individuals and groups, in view of authoritarianism and increased unpredictability of the political field of the time. This allowed us to contradict many studies that indicate that the Brazilian bipartisanship was artificial and Arena and the MDB was the parties of "yes" and "yes, sir". In fact, nationally, both had their powers significantly restricted, especially the second. However, we consider this a dangerous generalization, because the search data of Alegrete city shows a different reality. The MDB won the elections for the executive and won majority in the local legislature during the period of greatest repression of the dictatorship. Arena, in turn, reversed this scenario in the second half of the 1970s, time when faced wear and tear in the national level, unlike the MDB. As a result, was founded that the two had some autonomy to chart their respective strategies, due to the local political characteristics, the intensification of fissions prior to 1966 and for the combination between other aspects created by the authoritarian regime. About this latter, the sublegendas are a important way to examine the parties disputes, although they have been created to benefit the Arena. Thus, we conclude that the Brazilian bipartisanship presented unique attributes, and is therefore quite complex. However, by linking national and local politics, the two-party system hardly can be considered artificial.FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do SulBraga, Diego Garciahttp://lattes.cnpq.br/7204600165379633http://lattes.cnpq.br/3958588915779963Ramírez, Hernán RamiroUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUnisinosBrasilEscola de HumanidadesNas “Quebradas do Inhanduí”, gênesis e exercício do bipartidarismo brasileiro: o regime civil-militar e as relações entre a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). (1966 – 1979)ACCNPQ::Ciências Humanas::HistóriaDitaduraBipartidarismoAlegreteDictatorshipTwo-party systeminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5400info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALDiego Garcia Braga_.pdfDiego Garcia Braga_.pdfapplication/pdf2337757http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5400/1/Diego+Garcia+Braga_.pdf1cdf262c592391d3d1e9b50243cf3876MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5400/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/54002016-06-15 13:38:18.696oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/5400Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2016-06-15T16:38:18Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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