Childhood and education in Plato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kohan, Walter Omar
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Educação e Pesquisa
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27895
Resumo: Este trabalho estuda, desde uma perspectiva filosófica, o conceito de infância em Platão, com ênfase nos seguintes diálogos: Alcibíades I, Górgias, A República e As Leis. Num primeiro momento, situamos a questão da infância no marco mais ampliado do projeto filosófico e político de Platão. A seguir, propomos quatro traços principais do conceito de infância em Platão: a) como possibilidade (as crianças podem ser qualquer coisa no futuro); b) como inferioridade (as crianças - como as mulheres, estrangeiros e escravos - são inferiores em relação ao homem adulto cidadão); c) como superfluidade (a infância não é necessária à pólis); d) como material da política (a utopia se constrói a partir da educação das crianças). Não há a pretensão de levar Platão a algum tribunal. Busca-se apenas delimitar um problema e uma forma específica de enfrentá-lo, com vistas a contribuir para a análise da produtividade dessa perspectiva na história da filosofia da infância e da educação ocidental, bem como nas atuais teorias e práticas educacionais. Ao mesmo tempo, de forma implícita, procura-se oferecer elementos para problematizar uma visão já consolidada entre os historiadores da infância - particularmente desde o já clássico História social da infância e da família de Philippe Ariès -, segundo a qual a infância seria uma invenção moderna e ela não teria sido "pensada" pelos antigos enquanto tal.
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