Associativismo operário, educação e autonomia na formação da classe trabalhadora em São Paulo (1889-1930)
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/157373 |
Resumo: | O presente artigo traz parte de uma pesquisa mais ampla sobre as visões de educação e as formas pelas quais as classes trabalhadoras de São Paulo promoveram, entre 1889 e 1930, sua própria educação. Debruçamo-nos sobre uma série documental – os estatutos de associações de trabalhadores presentes no fundo do Primeiro Registro de Imóveis da Comarca da Capital (1883-1941), guardados pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Cotejados com documentação diversa, como a imprensa operária e resoluções dos primeiros Congressos Operários brasileiros, os estatutos constituíram-se, ao mesmo tempo, em fonte e objeto de pesquisa. A análise das fontes foi feita em diálogo com referenciais da história social inglesa e da historiografia sobre a formação da classe trabalhadora e o associativismo no Brasil. Verificamos a presença da educação na arquitetura jurídica dessas entidades. Foi possível aferir a relevância e as finalidades da educação para essas associações e analisar tanto os tipos de ações educativas formais por elas desenvolvidas quanto a educação que acontecia no bojo da cultura associativa. Concluímos que a educação foi parte fundamental do processo de formação da classe trabalhadora, não exatamente como predominância de uma educação escolarizada, mas sim de uma experiência educativa relativamente autônoma e horizontal, quando tomamos como referência o Estado e a forma escolar hegemônica – o que estamos chamando de educar-se das classes trabalhadoras. |
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Associativismo operário, educação e autonomia na formação da classe trabalhadora em São Paulo (1889-1930)Workers’ associativism, education and autonomy in the making of the working class in São Paulo (1889-1930)AssociativismWorking classEducationExperienceAssociativismoClasse trabalhadoraEducaçãoExperiênciaO presente artigo traz parte de uma pesquisa mais ampla sobre as visões de educação e as formas pelas quais as classes trabalhadoras de São Paulo promoveram, entre 1889 e 1930, sua própria educação. Debruçamo-nos sobre uma série documental – os estatutos de associações de trabalhadores presentes no fundo do Primeiro Registro de Imóveis da Comarca da Capital (1883-1941), guardados pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Cotejados com documentação diversa, como a imprensa operária e resoluções dos primeiros Congressos Operários brasileiros, os estatutos constituíram-se, ao mesmo tempo, em fonte e objeto de pesquisa. A análise das fontes foi feita em diálogo com referenciais da história social inglesa e da historiografia sobre a formação da classe trabalhadora e o associativismo no Brasil. Verificamos a presença da educação na arquitetura jurídica dessas entidades. Foi possível aferir a relevância e as finalidades da educação para essas associações e analisar tanto os tipos de ações educativas formais por elas desenvolvidas quanto a educação que acontecia no bojo da cultura associativa. Concluímos que a educação foi parte fundamental do processo de formação da classe trabalhadora, não exatamente como predominância de uma educação escolarizada, mas sim de uma experiência educativa relativamente autônoma e horizontal, quando tomamos como referência o Estado e a forma escolar hegemônica – o que estamos chamando de educar-se das classes trabalhadoras.In this article I present a slice of a broader study about the visions and practices of selfeducation by the working classes in São Paulo, between 1889 and 1930. I took a deep look at a series of documents - the bylaws of workers´ associations - found in the First Real Estate Registry of the Capital´s County (1883-1941), stored by the São Paulo State Archives. Compared with other documentation such as the workers’ press, and resolutions of the first Workers Congresses in Brazil, the bylaws were simultaneously source and object of the research. The analysis of the sources was made in dialogue with references of the English social history and the historiography on the making of the working class and associativism in Brazil. I found that education is embedded in the very juridical framework of the workers associations. It was possible to assess the importance and goals of education for those associations. I analyzed the types of formal educational actions carried out by the associations, and the informal educational processes that developed within the associative culture. I concluded that education was a fundamental component in the making of the working class. However, the predominant form of education was not a schooled one. It was a relatively autonomous and non-hierarchical educational experience, if compared to the State and the hegemonic schooling forms. I have chosen to call this autonomous and horizontal experience as “the self-education of the working classes”.Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2019-04-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/15737310.1590/s1678-4634201844179976Educação e Pesquisa; v. 44 (2018); e179976Educação e Pesquisa; Vol. 44 (2018); e179976Educação e Pesquisa; Vol. 44 (2018); e1799761678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/157373/152738Copyright (c) 2019 Educação e Pesquisainfo:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Ana Luiza Jesus da2019-04-25T16:53:20Zoai:revistas.usp.br:article/157373Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2019-04-25T16:53:20Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false |
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