Apresentação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Significação (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/65566 |
Resumo: | Neste número, escolhemos, dentre os trabalhos selecionados após análise, um conjunto de artigos em que a diversidade de pontos de vista teóricos e de temas oferecem ao leitor um quadro bastante heterogêneo, um quadro em que aspectos relevantes da narrativa, da fotografia, do cinema, do design, da retórica e da televisão são abordados criteriosamente. Pode-se dizer que, nos trabalhos aqui reunidos, dois eixos fundamentais ganham destaque: o da significação e o da enunciação. Entretanto, o que nos parece mais específico é que, como em números anteriores da Revista, neste as idéias dos autores, também se integram e, em certa medida, reiteram, a partir de pressupostos diferentes, perspectivas que definem seus respectivos pontos de fuga num domínio semântico em que os vínculos da significação com a enunciação se fazem sensíveis. Isso ocorre até em trabalhos cujas formulações e assuntos se afiguraram como distantes, caso, para citar um exemplo, do texto de Raymundo Mier sobre a fotografia de Norma Patino, destacada artista mexicana que, a nosso ver, prolonga a tradição criada por Alvarez Bravo, e as considerações de Kinkenberg sobre o papel argumentativo da metáfora: se o primeiro busca, na interpretação das fotos, a significação do corpo, o segundo, por sua vez, procura mostrar como os processos retóricos são o corpo da enunciação. Por outro lado, a narratividade, tal qual definida por Bertand, mantém pontos de contato com os níveis de significação analisados por Ferreira. E, ainda, como espelhos desses mecanismos de integração, no conceito de design defendido por Quadros não só se reflete a questão da heterogeneidade semiótica dos textos visuais e mediáticos, mas também essas miragens intertextuais de que se vale a pós-modernidade nos traços isolados por Pucci em sua leitura de O Quinto dos Infernos. Some-se a tudo isso, o fato de que dois textos diferentes, o de Fischer e o de Furuiti, mesmo que se ancorem em premissas distintas, ambos lidam com o texto fílmico, deixando de lado o que seria uma interpretação sociológica do texto cinematográfico. O trabalho de Marie é panorâmico, mas não deixa de ser oportuno neste momento em que a Nouvelle Vague vem sendo retomada pelos estudiosos do cinema. Enfim, a Revista, mantendo seu compromisso com o estudo das relações entre linguagens verbais e não-verbais, incorporou também o estudo dedicado a essa questão: o artigo de Arnaldo Cortina. |
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