Absence Of Zonation In A Mangrove Forest In Southeastern Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmiegelow, João Marcos Miragaia
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Gianesella, Sônia Maria Flores
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Brazilian Journal of Oceanography
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/bjoce/article/view/83729
Resumo: O manguezal do sistema estuarino de Santos, Brasil, ocupa uma área de 71 km2, consistindo de um complexo sistema de canais e rios, em ambiente predominantemente deposicional. O clima apresenta alta pluviosidade, sem déficit hídrico e com temperatura mínima de 18ºC. Foram mensuradas, contadas e identificadas 3.870 árvores de mangue em 20 seções aleatórias e medida a produção mensal de serapilheira. Os dados fitossociológicos (densidade, altura e área basal) foram medidos em parcelas a diferentes distâncias da linha da água. Três espécies de árvores foram identificadas: Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana e Laguncularia racemosa. Os dados mostraram grande variabilidade entre bosques, mas sem zonação perpendicular à franja, em relação a todas as variáveis fitossociológicas, à distribuição das espécies arbóreas e à produção de serapilheira. Atribuiu-se este fenômeno ao baixo subsídio de energia devido ao regime de micromarés, à reduzida velocidade da água nas regiões internas do sistema estuarino, à homogeneidade do sedimento (silte), e, principalmente, à ausência de déficit hídrico na região. Todos estes fatores reduzem o gradiente ambiental da franja para a bacia. Alguns bosques apresentaram feições de imaturidade o que foi atribuído aos impactos antropogênicos de diversas naturezas, principalmente nos últimos 60 anos, que estariam obstando o pleno desenvolvimento do manguezal.
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